ABSTRACT
A mobilidade diafragmática é essencial para a ventilação pulmonar. Pela ultrassonografia sua mensuração é direta, porém o processamento das medidas encontra-se em divergência na literatura. Indica-se pelo valor médio das três incursões respiratórias máximas ou o maior valor dentre elas restringindo à variações de 10%. Dessa forma, não existe um consenso em relação ao processamento da medida de mobilidade diafragmática máxima. Objetivo: Comparar dois diferentes processamentos das medidas pela ultrassonografia para o maior valor de mobilidade diafragmática. Materiais e métodos: Estudo observacional transversal. Avaliou-se a mobilidade diafragmática pela ultrassonografia, com um transdutor convexo (3 MHz) posicionado anteriormente na região subcostal e leve inclinação cranial, em decúbito dorsal. Visualizou-se o hemidiafragma direito pelo ponto médio entre a linha médio clavicular e axilar anterior. Para visualizar a janela do diafragma e mensurar sua mobilidade foi utilizado o modo B, seguido do modo M. Os participantes realizaram inspirações máximas e os maiores valores com diferença máxima de 10% entre eles mensurados e registrados. Para análise, o maior valor e o valor médio obtido das três medidas foram considerados. Para normalidade dos dados foi realizado o teste de Shapiro Wilk. Para diferenças entre os registros, o teste de t student. Resultados: 30 indivíduos (30,33 ± 9,7 anos), 16 mulheres e 14 homens. A medida da mobilidade diafragmática pelo maior valor em comparação ao valor médio apresentou diferença estatisticamente significante (8,11 ± 1,43 cm versus 7,79 ± 1,43 cm; p<0,001). Conclusão: O valor máximo da mobilidade diafragmática foi obtido por meio da análise do maior valor. Ao escolher a média, a mobilidade diafragmática pode ser subestimada.â¯
Diaphragmatic mobility is essential to pulmonary ventilation. It can be directly measured by using ultrasonography, but the processing of the measurements can be found described differently in the literature. It can be measured as the average of at least three different cycles or from the greatest value among them resticting it to a 10% variation. Thus, there is no consensus about the processing of the maximum measurement of diaphragmatic mobility. Objective: Comparisson of two differents ultrasound measurement processings aiming at the diaphragmatic mobility maximum value. Methodology: Cross-sectional observational study. The diaphragmatic mobility was assessed by ultrasonography with convex transducer (3MHz) placed on the subcostal region between the midclavicular and anterior axillary. In order to explore the right diaphragmatic window and mobility, the B mode was used, followed by the M mode. The participants made maximum inspiration, and the highest value with a maximum difference of 10% was recorded. For statistical analysis, the mean and the highest value of three measurements were considered. The data distribution was analyzed with a Shapiro Wilk test and differences among records by the t student test. Results: 30 participants (30.33 ± 9.7 years) - 16 women and 14 men. The measurement of the diaphragmatic mobility obtained by the highest value compared against the mean value presented a statistically significant difference (8.11 ± 1.43 cm vs 7.79 ± 1.43 cm; p<0.001). Conclusions: The maximum value of diaphragmatic mobility was obtained by the analysis of the highest value. By choosing to use the mean value, diaphragmatic mobility may be underestimated.