ABSTRACT
Abstract Objective Pregnancy in women with lupus poses a higher risk of complications compared with the general population. The present study aimed to determine and describe the obstetric and neonatal outcomes of pregnant women with lupus. Materials and Methods We conducted an observational retrospective study of pregnant women with the diagnosis of lupus, who were selected and followed at the Maternal-Fetal Medicine Clinic of our institution between January 2013 and July 2018. We analyzed 59 pregnancies and 52 newborns, and collected data regarding sociodemographic features, the preconception period, pregnancy, childbirth, postpartum and the newborn. A descriptive analysis of the variables was performed. Results In 58% of the cases, the pregnancy was uneventful. We registered flares in 25% of the cases, preeclampsia in 3%, fetal growth restriction in 12%, gestational loss in 10%, preterm labor in 10%, postpartum complications in 20%, and small for gestational age newborns in 17% of the cases. Conclusions Most pregnancies in women with lupus have favorable obstetric and neonatal outcomes. Prenatal counseling, adequate multidisciplinary surveillance, and optimized treatment of the disease are fundamental pillars for these good results.
Resumo Objetivo A gravidez em mulheres com lúpus representa um risco maior de complicações em comparação com a população em geral. O presente estudo teve como objetivo determinar e descrever os resultados obstétricos e neonatais de gestantes com lúpus. Materiais e Métodos Realizamos um estudo retrospectivo observacional de gestantes com diagnóstico de lúpus, selecionadas e acompanhadas no Ambulatório de Medicina Materno-Fetal de nossa instituição entre janeiro de 2013 e julho de 2018. Analisamos 59 gestações e 52 recém-nascidos e coletamos dados referentes às características sociodemográficas, período pré-concepcional, gravidez, parto, pós-parto e nascimento. Foi realizada uma análise descritiva das variáveis. Resultados Em 58% dos casos, a gravidez transcorreu sem intercorrências. Registramos surtos em 25% dos casos, pré-eclâmpsia em 3%, restrição do crescimento fetal em 12%, perda gestacional em 10%, trabalho de parto prematuro em 10%, complicações pós-parto em 20% e recém-nascidos pequenos para a idade gestacional em 17% dos casos. Conclusões A maioria das gestações em mulheres com lúpus tem resultados obstétricos e neonatais favoráveis. Aconselhamento pré-natal, vigilância multidisciplinar adequada e tratamento otimizado da doença são pilares fundamentais para esses bons resultados.