ABSTRACT
RESUMO Objetivo: Investigar a aplicabilidade do Índice de Oxigenação Respiratória para identificar o risco de falha de cânula nasal de alto fluxo em pacientes com pneumonia. Métodos: Este estudo retrospectivo observacional de 2 anos foi realizado em um hospital de referência em Bogotá, na Colômbia. Incluíram-se no estudo todos os pacientes em que foi utilizada cânula nasal de alto fluxo pós-extubação como terapia-ponte para a extubação. O Índice de Oxigenação Respiratória foi calculado para avaliar o risco de falha pós-extubação de cânula nasal de alto fluxo. Resultados: Incluíram-se no estudo 162 pacientes. Destes, 23,5% apresentaram falha de cânula nasal de alto fluxo. O Índice de Oxigenação Respiratória foi significativamente menor em pacientes que tiveram falha de cânula nasal de alto fluxo. A mediana (IQ 25 - 75%) foi de 10,0 (7,7 - 14,4) versus 12,6 (10,1 - 15,6), com p = 0,006. O Índice de Oxigenação Respiratória > 4,88 apresentou razão de chances bruta de 0,23 (IC95% 0,17 - 0,30) e RC ajustada de 0,89 (IC95% 0,81 - 0,98) estratificada por gravidade e comorbidade. Após a análise de regressão logística, o Índice de Oxigenação Respiratória apresentou razão de chances ajustada de 0,90 (IC95% 0,82 - 0,98; p = 0,026). A área sob a curva Receiver Operating Characteristic para falha de extubação foi de 0,64 (IC95% 0,53 - 0,75; p = 0,06). O Índice de Oxigenação Respiratória não apresentou diferenças entre pacientes que sobreviveram e que morreram durante internação na unidade de terapia intensiva. Conclusão: O Índice de Oxigenação Respiratória é uma ferramenta acessível para identificar pacientes em risco de falha no tratamento pós-extubação com cânulas nasais de alto fluxo. Estudos prospectivos são necessários para ampliar a utilidade nesse cenário.
ABSTRACT Objective: To investigate the applicability of the Respiratory Rate-Oxygenation Index to identify the risk of high-flow nasal cannula failure in post-extubation pneumonia patients. Methods: This was a 2-year retrospective observational study conducted in a reference hospital in Bogotá, Colombia. All patients in whom post-extubation high-flow nasal cannula therapy was used as a bridge to extubation were included in the study. The Respiratory Rate-Oxygenation Index was calculated to assess the risk of post-extubation high-flow nasal cannula failure. Results: A total of 162 patients were included in the study. Of these, 23.5% developed high-flow nasal cannula failure. The Respiratory Rate-Oxygenation Index was significantly lower in patients who had high-flow nasal cannula failure [median (IQR): 10.0 (7.7 - 14.4) versus 12.6 (10.1 - 15.6); p = 0.006]. Respiratory Rate-Oxygenation Index > 4.88 showed a crude OR of 0.23 (95%CI 0.17 - 0.30) and an adjusted OR of 0.89 (95%CI 0.81 - 0.98) stratified by severity and comorbidity. After logistic regression analysis, the Respiratory Rate-Oxygenation Index had an adjusted OR of 0.90 (95%CI 0.82 - 0.98; p = 0.026). The area under the Receiver Operating Characteristic curve for extubation failure was 0.64 (95%CI 0.53 - 0.75; p = 0.06). The Respiratory Rate-Oxygenation Index did not show differences between patients who survived and those who died during the intensive care unit stay. Conclusion: The Respiratory Rate-Oxygenation Index is an accessible tool to identify patients at risk of failing high-flow nasal cannula post-extubation treatment. Prospective studies are needed to broaden the utility in this scenario.