ABSTRACT
This is the first study to investigate mercury (Hg) contamination in felid species in the Brazilian Amazon. We collected 26 fur samples from wild felids of four species (Puma concolor, Panthera onca, Leopardus pardalis and Leopardus wiedii) occurring in the Mamirauá and Amanã sustainable development reserves, in the state of Amazonas. Samples were from museum specimens, except for five P. onca samples collected from free-living individuals. Total Hg concentrations ranged from 0.12 to 48.1 µg g-1. Concentrations of Hg did not differ significantly between museum specimens and live individuals of P. onca, but varied significantly among species, with significantly higher concentrations for P. onca and L. pardalis, which could be related to factors such as diet and habitat. (AU)
Subject(s)
Metals, Heavy , Bioaccumulation , Mammals , Amazonian Ecosystem , Mercury/toxicityABSTRACT
Brycon falcatus is one of the most highly consumed species of fish within the region in the Teles Pires basin, and has great commercial importance in sport and professional artisanal fishing. The objective of this study was to analyze the presence and concentration of total mercury (THg) in the muscle, liver and gills of B. falcatus, and calculate the risk to human health of THg contamination from ingestion of the fish. THg concentrations were similar in the liver (0.076 mg kg-1) and muscle (0.052 mg kg-1), and higher than in the gills (0.009 mg kg-1). The levels of HgT present in B. falcatus tissues did not influence weight gain and nutritional status. Based on the condition factor, weight and length ratio and hepatosomatic index, it seems that the concentrations of THg did not influence the health and well-being of B. falcatus collected in the Teles Pires River basin. THg concentrations in the muscle of B. falcatus are below the limit recommended by the World Health Organization for people who consume until 250 g of fish per week. The risk of deleterious effects on human health may exist if there is a greater consumption of B. falcatus such as 340 g/day, that is the mean of fish consumption by indigenous and riverine.(AU)
Brycon falcatus é um dos peixes mais consumidos na região da bacia do rio Teles Pires, tendo grande importância comercial na pesca esportiva e profissional artesanal. O objetivo deste estudo foi analisar a presença e concentrações de mercúrio total (HgT) no músculo, fígado e brânquias do peixe B. falcatus. Foi calculado o risco para a saúde humana de contaminação por Hg pela ingestão deste pescado. As concentrações de HgT foram similares no fígado (0,076 mg.kg-1) e no músculo (0,052 mg.kg-1) e maiores do que nas brânquias (0,009 mg.kg-1). Os níveis de HgT presentes nos tecidos de B. falcatus não influenciaram no incremento de peso e estado nutricional. Com base no fator de condição, relação peso e comprimento e índice hepatossomático, aparentemente as concentrações de THg não influenciaram a saúde e o bem-estar de B. falcatus coletados na bacia do rio Teles Pires. As concentrações de THg no músculo de B. falcatus estão abaixo do limite recomendado pela Organização Mundial de Saúde para pessoas que consomem até 250 g de peixe por semana. O risco de efeitos deletérios para a saúde humana pode existir se houver um maior consumo de B. falcatus, como 340 g/dia, que é a média do consumo de peixe por indígenas e ribeirinhos.(AU)
Subject(s)
Characiformes/abnormalities , Chemical Contamination , Eating , Mercury/toxicity , Characiformes/growth & developmentABSTRACT
Concentrations of organic (OrgHg) and inorganic mercury (InorgHg) were assessed in different fish tissues (liver, muscle, kidney, gut and gonads) and trophic levels collected in an impacted tropical reservoir in southeastern Brazil. Organic mercury concentrations in muscle were remarkably higher in the carnivorous species Hoplias malabaricus and Oligosarcus hepsetus. The ratios of OrgHg in relation to total mercury ( percentOrgHg) in muscle also varied according to the species trophic level: 93 percent for carnivores, 84 percent for omnivores, 73 percent for algivores/planktivores and 58 percent for detritivores. The percentOrgHg in the gut tissue of carnivores (78 percent) was much higher than that found in omnivores (30 percent), possibly reflecting a process of trophic biomagnification in the reservoir. On the other hand, the InorgHg concentrations in muscle decreased with the trophic level increase, suggesting that this form of mercury did not biomagnify through the food web. Gonads contained the least total mercury, and approximately all of this mercury was represented by the organic form (83 to 98 percent). The kidney and the liver of all fish species contained less than 50 percent OrgHg. We suggest that the low percentOrgHg in the liver is related to different capacities or strategies of OrgHg detoxification by the fish.(AU)
Concentrações de mercúrio orgânico (OrgHg) e inorgânico (InorgHg) foram avaliadas em diferentes tecidos e níveis tróficos de peixes (fígado, músculo, rim, trato digestivo e gônadas) coletados em um reservatório tropical impactado, no sudeste do Brasil. Concentrações de OrgHg no músculo foram notavelmente maiores em carnívoros (Hoplias malabaricus e Oligosarcus hepsetus). As porcentagens de OrgHg em relação ao mercúrio total ( por centoOrgHg) no músculo também variaram de acordo com o nível trófico das espécies: 93 por cento para os carnívoros, 84 por cento para os onívoros, 73 por cento para os algívoros/planctívoros e 58 por cento para os peixes detritívoros. Além disso, a por centoOrgHg encontrada no trato digestivo dos peixes carnívoros (78 por cento) foi substancialmente superior a encontrada nos onívoros (30 por cento), possivelmente refletindo um processo de biomagnificação trófica no reservatório. Por outro lado, as concentrações de InorgHg no músculo diminuíram com o aumento do nível trófico, sugerindo que esta forma do mercúrio não biomagnificou ao longo da cadeia alimentar. As gônadas apresentaram as menores concentrações de mercúrio total e grande parte deste estava na forma orgânica (83 a 98 por cento). Por outro lado, rins e fígado de todas as espécies de peixes apresentaram menos que 50 por cento de OrgHg. Sugere-se que a baixa por centoOrgHg no fígado possa estar relacionada às diferentes capacidades ou estratégias de destoxificação do OrgHg nesses peixes(AU)