ABSTRACT
Introdução: Acidentes envolvendo a face apresentam incidência crescente nas últimas quatro décadas. A literatura médica faz referência ao aumento das colisões automobilísticas e à violência urbana, como as principais causas desses traumatismos, principalmente em indivíduos jovens. Objetivo: Levantar o perfil epidemiológico de 222 pacientes de fraturas faciais do Hospital Santo Antônio de 2004 a 2009. Método: Estudo de casos com análise retrospectiva de prontuários de pacientes com diagnóstico de fratura facial. Foram consideradas as variáveis gênero, idade, profissão, grau de escolaridade, procedência, local e número de ossos envolvidos, etiologia e tempo médio de internação dos pacientes. Resultados: O sexo masculino predominou com 178 casos (80,1%), a média de idade foi de 29,6 anos, 86 (38,73%) tinham emprego fixo. Os solteiros 178 casos (80,18%). Primeiro grau completo predominou entre os pacientes, 74 (33,34%), e a maioria residia na cidade de Blumenau, 175 (78,82%). A agressão física foi a principal responsável pela indicação cirúrgica com 79 casos (35,58%), com envolvimento de um osso em 193 casos (86,9%). O principal osso acometido foi a mandíbula com 90 casos (40,54%). A média de tempo de internação foi de 2,5 dias. Conclusão: O perfil epidemiológico dos 222 pacientes é: individuo masculino, na faixa etária de 20 a 29 anos, solteiro, com baixa escolaridade e empregado. A etiologia prevalente foi a agressão, com envolvimento de um osso, sendo a mandíbula o osso mais acometido.
Introduction: Accidents involving the face have increased incidence in the last four decades. The medical literature refers to the increase in motor vehicle collisions and urban violence as the major causes of injuries, especially in young individuals. Objective: Raise the epidemiological profile of 222 patients with facial fractures at the Hospital Santo Antonio from 2004 to 2009. Method: Case study with retrospective analysis of records of patients diagnosed with facial fractures. Several variables were considered: gender, age, occupation, education level, origin, location and number of bones involved, etiology, and mean hospital stay of patients. Results: The male sex predominated with 178 cases (80.1%), the average age was 29.6 years, 86 (38.73%) had a steady job. Unmarried 178 cases (80.18%). Primary school predominated among the patients, 74 (33.34%), and most live in the city of Blumenau, 175 (78.82%). The assault was primarily responsible for the surgical indication in 79 cases (35.58%), involving a bone in 193 cases (86.9%). The main bone involved was the mandible in 90 cases (40.54%). The average length of stay was 2.5 days. Conclusions: The epidemiological profile of 222 patients is an individual male, aged 20-29 years old, unmarried, low education and employee. The most prevalent etiology was assault, involving a bone, the mandible being the most involved bone.
Subject(s)
Humans , Male , Adult , Aggression , Fractures, Bone/surgery , Fractures, Bone/epidemiology , Hospitals, General , Maxillofacial Injuries/surgery , Maxillofacial Injuries/epidemiology , ViolenceABSTRACT
O teto da órbita pode ser sede de afecções que podem variar de tumores invasivos a fraturas causadas por impactos indiretos sobre o rebordo supra-orbital. A reconstrução do teto orbitário possibilita não só um ganho cosmético, mas também um bom resultado funcional. Há muitos materiais disponíveis para reconstrução orbitária. Nos últimos anos, tem havido grande interesse pela cirurgia craniofacial na utilização de materiais biobsovíveis, como placas, parafusos e telas, e estudos têm demonstrado sua suficiente rigidez para permitir a cicratização óssea antes de serem totalmente absorvidos. A literatura é farta em reportar o uso desse material, especialmente em pacientes pediátricos. O presente trabalho pretende relatar o caso de um paciente de 19 anos, vítima de acidente automobilístico, apresentando trauma facial com fratura de osso frontal e teto orbitário. Ao exame clínico, o paciente apresentou limitação da movimentação superior do globo ocular, pseudoptose da pápebra superior e diplopia. A confirmação diagnóstica foi obtida por meio de tomografia computadorizada com cortes coronais e reconstrução tridimensional. A correção da fratura foi realizada com utilização de uma tela bioabsorvível, desenhada especificamente para uso em assoalho orbitário, que foi mofificada em seu formato para utilização como fixação da fratura do teto orbitário. A fratura do osso frontal foi incluída na área da fixação da tela. O paciente evoluiu bem no pós-operatório, com a normalização da visão, mobiblidade ocular e aparência estética.