ABSTRACT
O herpesvírus equídeo 1 (EHV-1) apresenta distribuição mundial e causa graves prejuízos à equideocultura. É agente de surtos de doença respiratória, reprodutiva e neurológica, em equídeos jovens e adultos. A glicoproteína D (gD) do envelope viral é essencial para ligação e penetração em células permissivas e direcionamento do sistema imunológico do hospedeiro, induz respostas imunes humorais e celulares, sendo um antígeno apropriado para ser utilizado em vacinas e imunodiagnóstico. O objetivo deste trabalho foi expressar e caracterizar a gD do EHV-1 em Pichia pastoris para posterior utilização como antígeno em técnicas de imunodiagnóstico e formulação de vacinas recombinantes. Uma sequência de DNA que codifica uma forma truncada da gDEHV-1 foi clonada no vetor pPICZαA de expressão em P. pastoris. Obteve-se uma proteína de ~41 kDa, como esperado. A proteína apresentou glicosilação entre 4 kDa e 16 kDa, demonstrada por deglicosilação enzimática. A proteína recombinante foi caracterizada antigenicamente e imunogenicamente por Western blot, utilizando-se anticorpos policlonais equinos anti-EHV-1, e por ELISA indireto em modelo murino, demonstrando que a gD recombinante manteve epítopos similares aos da proteína nativa. Esses resultados sugerem que a gDEHV-1 é um antígeno promissor para uso como imunobiológico no controle do EHV-1.(AU)
Equine herpesvirus 1 (EHV-1) has a worldwide distribution and causes serious damage to horse breeding. It is an agent of respiratory, reproductive and neurological disease outbreaks in young and adult equids. Viral envelope glycoprotein D (gD) is essential for binding and penetration into permissive cells and targeting the host immune system, inducing humoral and cellular immune responses, and is an appropriate antigen for use in vaccines and immunodiagnostics. The objective of this work was to express in Pichia pastoris and to characterize EHV-1 gD for later use as an antigen in immunodiagnostic techniques and formulation of recombinant vaccines. A DNA sequence encoding a truncated form of gDEHV-1 has been cloned into the P. pastoris expression vector pPICZαA. A protein of ~41 kDa was obtained as expected. The protein presented glycosylation between 4 kDa and 16 kDa, demonstrated by enzymatic deglycosylation. The recombinant protein was antigenically and immunogenically characterized by Western blot using equine polyclonal anti-EHV-1 antibodies, and by indirect ELISA in a murine model, demonstrating that the recombinant gD maintained epitopes similar to those of the native protein. These results suggest that gDEHV-1 is a promising antigen for use as an immunobiological in the control of EHV-1.(AU)
Subject(s)
Animals , Pichia/isolation & purification , Glycoproteins , Herpesvirus 1, Equid/isolation & purification , Respiratory Tract Diseases/veterinary , Horses/virologyABSTRACT
Este trabalho relata o desenvolvimento e a avaliação de um ensaio imunoenzimático (ELISA) como ferramenta auxiliar no controle da adenite equina. Foi avaliada a presença de anticorpos anti-Streptococcus equi subsp. equi em equinos com doença clínica de garrotilho, portadores assintomáticos e potros vacinados. Equinos doentes demonstraram absorbâncias médias superiores (P<0,05) às médias observadas nas demais categorias examinadas. Equinos portadores assintomáticos apresentaram valores médios de absorbância superiores (P<0,05) aos animais com cultura negativa. Logo após a vacinação, potros apresentaram elevação nos níveis de anticorpos, seguida de um decréscimo nos níveis 90 dias após a segunda vacinação. O "Cell ELISA" foi eficiente para a detecção de anticorpos em equinos expostos a antígenos de S. equi, diferenciando-se de infecções por S. zooepidemicus. O "Cell ELISA" mostrou-se uma alternativa clínica para o diagnóstico indireto da adenite equina, diferenciando-se, entre equinos assintomáticos, os potenciais portadores da infecção. Os resultados observados em potros vacinados confirmam o potencial de utilização desse teste como ferramenta em programas de vacinação contra garrotilho pelo monitoramento de rebanhos pós-vacinação. Esses resultados sugerem que o "Cell ELISA" é uma promissora ferramenta auxiliar no controle da adenite equina.(AU)
This study reports the development and evaluation of the use of "Cell ELISA" as a tool for clinical interpretation for the control of strangles. The presence of anti-S. equi antibodies was evaluated in horses with strangles, in asymptomatic carriers and in vaccinated foals. Equine positive for strangle showed higher average of absorbance (P<0.05) when compared with the average for the other categories of horses studied. Asymptomatic S. equi equine carriers had higher average of absorbance (P<0.05) than equines with negative culture. After vaccination, foals presented an increase in antibody levels, followed by a decrease in antibody levels 90 days post the second vaccination. The "Cell ELISA" was efficient for the detection of antibodies in horses exposed to S. equi antigens, differentiating infections with S. zooepidemicus. Thus, the test might be a clinical tool for indirect diagnosis of the strangles, differentiating, between the asymptomatic horses, the potential carriers of infection. The results observed in vaccinated foals confirm the potential use of this test as an auxiliary instrument for strangles vaccination programs based in the serological monitoring of the herd after immunization. These results suggest that the "Cell ELISA" is a promising auxiliary tool in the control of equine adenitis.(AU)
Subject(s)
Animals , Streptococcus/pathogenicity , Enzyme-Linked Immunosorbent Assay , Horses/immunology , Horses/microbiologyABSTRACT
There have been significant efforts towards the development of more efficient vaccines for animal health. A strategy that may be used to improve vaccine efficacy is the use of probiotics to enhance the immune response of the host, leading to increased immunogenicity of antigen preparations. Bovine herpesvirus 5 (BoHV-5) is an example of an important animal pathogen for which vaccines have provided only limited protection. In this study, we examined the use of the probiotic Saccharomyces boulardii (Sb) as a potential adjuvant to improve vaccine efficiency. We found that the supplemented animals exhibited an enhanced systemic IgG antibody response toward a Th1 response in favor of IgG2a and increased mRNA expression levels of the cytokines IFN-y, IL-12, IL-17 and IL-10 in the spleen. These results suggest that Sb supplementation may provide a promising means for improving the efficiency of vaccines, particularly those that rely on a cell-mediated immune response.(AU)
Esforços significativos têm sido realizados para o desenvolvimento de vacinas mais eficientes em saúde animal. Uma estratégia que pode ser usado para melhorar a eficácia da vacina é o uso de probióticos para melhorar a resposta imune do hospedeiro, conduzindo ao aumento da imunogenicidade de preparações de antígenos. Herpesvírus bovino 5 (BoHV-5) é um exemplo de um importante patógeno animal para os quais vacinas têm fornecido apenas uma protecção limitada. Neste estudo, examinou-se o uso do probiótico Saccharomyces boulardii (Sb) como um adjuvante potencial para melhorar a eficiência da vacina. Verificou-se que os animais suplementados apresentaram uma produção de anticorpos IgG superior e com desvio para Th1 em favor de IgG2, além do aumento dos níveis de expressão de mRNA para as citocinas IFN-γ, IL-12, IL-17 e IL-10. Esses resultados sugerem que a suplementação de Sb pode fornecer um meio promissor para melhorar a eficiência de vacinas, particularmente aquelas que dependem de uma resposta imune mediada por células.(AU)
Subject(s)
Encephalitis, Viral , Herpesviridae Infections , Herpesvirus 5, Bovine/immunology , Meningoencephalitis , Saccharomyces boulardii/classificationABSTRACT
The strangles is an infectious disease that affects horses from all ages and causes important economic losses in the equine-related business. The aim of this work was to evaluate the immunogenicity of the recombinant M protein from Streptococcus equi (rSeM) co-administered with the recombinant heat-labile enterotoxin B subunit from Escherichia coli (rLTB) in mice and horses. A total of 72 female Balb-c mice were divided into eight groups and 18 horses were divided into six groups. The animals were inoculated by intramuscular (IM) or intranasal (IN) routes with different treatments of rSeM, rLTB and/or Al(OH)3. The results obtained in both species, independent of administration routes, demonstrated that rSeM + rLTB had higher levels of specific serum immunoglobulins, however, in mucosal immunity the increase was not identified. Thus, the use of rSeM as vaccine antigen and rLTB as adjuvant can be a potential tool in the control of equine strangles.(AU)
Subject(s)
Animals , Mice , Enterotoxins/administration & dosage , Horses/immunology , Streptococcus equi , Viral Matrix ProteinsABSTRACT
Strangles is an economically important horse disease caused by Streptococcus equi subsp. equi. The diagnosis can be confirmed either directly by bacterial isolation and PCR or by ELISA, which is an indirect method based on the detection of serum antibodies. The aim of this study was to clone, express and characterize the SeM protein of Streptococcus equi subsp. equi, evaluate its use as antigen in indirect ELISA and determine its performance to distinguish sera of negative, vaccinated and positive animals. This was initially performed by cloning the gene encoding the SeM protein and its expression in Escherichia coli. Subsequently, the protein produced was characterized and used as antigen in ELISA. Serum samples for evaluation were taken from 40 negative foals, 46 horses vaccinated with a commercial vaccine against strangles and 46 horses diagnosed with the disease. The test showed high specificity and sensitivity, allowing discrimination between negative and positive, positive and vaccinated animals, and vaccinated animals and negative sera. Thus, it was concluded that the protein produced rSeM, which can be used as antigen for disease diagnosis, and the described ELISA might be helpful to evaluate the immune status of the herd...
A adenite equina é uma enfermidade economicamente importante de equinos, causada por Streptococcus equi subsp. equi. Seu diagnóstico pode ser confirmado de forma direta, por meio de isolamento bacteriano e de PCR, ou de forma indireta, por meio de ELISA, método baseado na detecção de anticorpos séricos. O objetivo deste estudo foi clonar, expressar e caracterizar a proteína SeM de Streptococcus equi subsp. equi, avaliar sua utilização como antígeno em um ELISA indireto e determinar a capacidade do teste de distinguir soros de animais negativos, vacinados e positivos. Para tal, foi inicialmente realizada a clonagem do gene que codifica para a proteína SeM e sua expressão em Escherichia coli. Posteriormente, a proteína produzida foi caracterizada e utilizada como antígeno em um teste de ELISA indireto. Para avaliação do teste, foram utilizadas amostras de soro de 40 potros negativos, de 46 equinos vacinados com uma vacina comercial contra adenite equina e de 46 equinos com diagnóstico da doença. O teste demonstrou alta sensibilidade e especificidade, permitindo discriminar entre soros negativos e positivos, positivos e de animais vacinados, e negativos e de animais vacinados. Assim, conclui-se que a proteína rSeM produzida pode ser usada como antígeno para o diagnóstico da enfermidade e que o ELISA descrito pode ser útil para avaliar o estado imunológico do rebanho...