ABSTRACT
Objetivos: Descrever a técnica de coagulação neuroendoscópica do plexo coroide e divulgá-la como opção de tratamento primário da hidranencefalia e da hidrocefalia extrema. Mostrar a casuística de coagulação endoscópica de plexo coroide do Serviço de Neurocirurgia do Hospital da Baleia em BeloHorizonte, MG, Brasil. Métodos: Imagens tomográficas foram avaliadas por um neurocirurgião, sendo selecionadas crianças portadoras de hidranencefalia e hidrocefalia extrema com cavidade ventricular única. Os pacientes foram acompanhados por até três anos no pós-operatório. Resultados: Foram tratadas seis crianças com hidranencefalia e seis com hidrocefalia extrema. Um paciente faleceu na primeira semana de pós-operatório em função de choque hipovolêmico e hipernatremia graves e outro cursou com aumento progressivo do perímetro cefálico e necessidade de derivação ventriculoperitoneal. Um terceiro paciente apresentou óbito tardio não relacionado à cirurgia endoscópica. Os demais apresentaram evolução adequada no pós-operatório. Conclusão: A coagulação endoscópica do plexo coroide mostrou-se alternativa eficaz no tratamento da hidranencefalia e da hidrocefalia extrema.
Objectives: Describing the neuroendoscopic technique for coagulation of the choroid plexus and publicize it as an option for the primary treatment of extreme hydrocephalus and hydranencephaly. Display the series of endoscopic coagulation of the choroid plexus of the Neurosurgery Department of the Hospital da Baleia in Belo Horizonte, MG, Brazil. Methods: Tomographic images were used to select children with hydranencephaly and extreme hydrocephalus with single ventricular cavity. Patients were followed for up to three years postoperatively. Results: Six children with hydranencephaly and six with extreme hydrocephalus were treated. One patient died in the first week postoperatively due to hypovolemic shock and severe hypernatremia and another developed progressive increase in head circumference and the need for ventriculoperitoneal shunt. A third patient had late death unrelated to endoscopic surgery. The others had adequate postoperative evolution. Conclusion: The endoscopiccoagulation of the choroid plexus is an effective alternative in the treatment of extreme hydrocephalus and hydranencephaly
Subject(s)
Humans , Male , Female , Child , Choroid Plexus , Hydranencephaly/blood , Hydranencephaly/surgery , Hydrocephalus/blood , Hydrocephalus/surgery , NeuroendoscopyABSTRACT
Meningiomas correspondem a cerca de 20 por cento dos tumores intracranianos, com incidência aproximada em 2,3 por 100000. Considerando-se os achados em autópsia, estes tumores representam 30 por cento dos tumores intracranianos. A maioria destas lesões é benigna, sendo o prognóstico do paciente diretamente relacionado a facilidade de ressecção cirúrgica da lesão. A incidência de meningiomas malignos é baixa, cerca de 0,17 por 100000, representando cerca de 1 a 11 por cento dos meningiomas. Tal variação na incidência entre as séries ocorre devido a diferenças nos critérios de definição de malignidade para estes tumores. Só recentemente têm sido relatados casos de meningiomas com morfologia rabdoide, descritos como tumores de comportamento extremamente agressivo. Relatamos o caso de um meningioma rabdoide, em mulher de 56 anos, tratado cirurgicamente em duas ocasiões num período de 6 meses, com exito letal devido a recidiva local da lesão, apesar de radioterapia e quimioterapia
Subject(s)
Humans , Female , Middle Aged , Meningeal Neoplasms , Meningioma , Rhabdoid Tumor , Cell Transformation, Neoplastic , Fatal Outcome , Meningeal Neoplasms , Meningioma , Neoplasm Recurrence, Local , Rhabdoid TumorABSTRACT
OBJETIVO: Meningiomas intraventriculares sao lesoes raras, mais ainda as que acometem o terceiro ventrículo. Na infância, somente 16 casos foram relatados na literatura. Acrescentamos este relato de meningioma da parte anterior do terceiro ventrículo em uma menina, juntamente com breve revisao da literatura. APRESENTAÇAO E INTERVENÇAO: Criança previamente hígida, de 5 anos, foi internada com história de vômitos e cefaléa de 2 meses de duraçao. Ao exame clínico e neurológico, foi notado somente papiledema. Foi realizada tomografia computadorizada de crânio, que mostrou volumosa lesao na linha média supratentorial, ocupando toda a regiao do terceiro ventrículo, captante, com dilataçao ventricular suprajacente. A paciente foi submetida a craniotomia frontal direita, e a lesao totalmente removida através da via transcalosa interfornical. O pós-operatório foi sem intercorrências, e nao foi necessária derivaçao ventricular permanente. Hoje, dois anos e meio após a alta, a criança está em acompanhamento ambulatorial, sem déficits neurológicos, com bom desempenho escolar e sem evidência de recidiva nas tomografias de controle. CONCLUSAO: Meningiomas da parte anterior do terceiro ventrículo sao lesoes raras na infância. O tratamento cirúrgico dos meningiomas intraventriculares no passado era associado a altas taxas de morbidade e mortalidade. Com o advento das modernas técnicas neuroanestésicas e neurocirúgicas, e do suporte intensivo pós-operatório, atualmente estas lesoes podem ser removidas na sua totalidade, com morbidade e mortalidade praticamente nulas
Subject(s)
Humans , Child, Preschool , Female , Cerebral Ventricle Neoplasms/pathology , Meningeal Neoplasms/pathology , Meningioma/pathology , Cerebral Ventriculography , Follow-Up Studies , Meningeal Neoplasms/surgery , Meningioma/diagnosis , Prognosis , Third Ventricle/pathologyABSTRACT
Registro de dois casos da síndrome de medula presa nos quais o estabelecimento correto do diagnóstico permitiu adotar conduta terapêutica adequada. Esta consiste na ressecçäo cirúrgica do filum terminale. Säo comentados aspectos embriológicos e fisiopatogênicos de interesse à síndrome, bem como säo analisadas suas manifestaçöes clínicas principais, os exames complementares que possibilitam o diagnóstico, particularmente a mielografia, e aspectos da terapêutica cirúrgica