ABSTRACT
OBJETIVO: Verificar se existe associação entre as alterações no sono dos bebês aos 12 meses de vida e a depressão pós-parto materna. MÉTODOS: Estudo do tipo transversal aninhado a uma coorte. A amostra foi constituída por mulheres que realizaram o acompanhamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), nas unidades básicas de saúde do município de Pelotas, e que tiveram seus partos a partir de junho/2006. Os bebês de 12 meses oriundos dessa gestação também fazem parte da amostra. Para avaliar a presença de sintomas depressivos nas mães, foi utilizada a Edinburgh Postnatal Depression Scale (EPDS) e foram investigados os seguintes comportamentos do sono dos bebês: horas de sono por dia, regularidade do horário para dormir e acordar, sono agitado e despertar noturno. Para análise, foi utilizada Regressão de Poisson. RESULTADOS: 35,7 por cento dos bebês possuem alteração no padrão de sono. Após o ajuste ao modelo hierárquico proposto, a alteração no sono infantil manteve associação com a sintomatologia depressiva da mãe (p < 0,01). CONCLUSÕES: Os profissionais de saúde devem investigar rotineiramente os comportamentos de sono dos bebês e dar atenção à saúde mental das mães, a fim de identificar os problemas precocemente e oferecer suporte no manejo do sono dos bebês.
OBJECTIVE: Verify whether there is association between sleep disorders in babies at 12 months of age and postpartum depression in motherhood. METHODS:Cross sectional study. The sample was made up of women who had done their prenatal medical care at the National Health System (SUS), at the health basic units in Pelotas and who had their deliveries from June, 2006. The 12 month old babies from these women are also part of the sample. In order to assess depressive symptoms in the mothers, Edinburgh Postnatal Depression Scale was used and the following sleeping behaviors of the babies were investigated: hours of sleep per day, regularity of sleep and wake up time, disturbed sleep and night awakening. Poisson Regression was used for the analysis. RESULTS: 35.7 percent of the babies showed alterations in their sleeping patterns. After adjusting for the proposed hierarchal model, sleep alteration of the babies was still associated with the depressive symptoms of the mothers (p < 0,01). CONCLUSIONS: Health professionals should regularly investigate sleeping behaviors of babies and pay attention to mothers' mental health in order to identify problems early and offer support in the management of babies' sleep.