ABSTRACT
It is known that the invasin molecule of Yersinia pseudotuberculosis stimulates human peripheral B cells in vitro. In this work we evaluated the in vivo role ofinvasin as polyclonal activator of B lymphocytes in the mouse experimental model, by comparing strains of Y.pseudotuberculosis expressing invasin and isogenic inv mutants. Swiss mice were infected intravenously with two strains expressing invasin (YpIII pIB1 and an isogenic virulence plasmid-cured strain, YpIII) and with two invasin mutant strains (Yp100 pIB1 and Yp100, plasmid-cured). Spleen cells were sampled on days 7, 14, 21 and 28 after infection. Immunoglobulin (Ig)-secreting spleen cells were detected by protein A plaque assay and specific antibodies were detected in sera by ELISA. The virulent strain YPIII pIB1 (wild type) did not provoke polyclonal activation of B lymphocytes in vivo. In general, fewer Ig-secreting spleen cells of all isotypes were foundin the infected animals than in the control animals. Specific IgG antibodies were detected in the sera of animals infected with all strains. The peak response occurred on the 21st day post-infection, and the Yp100 strain provoked the highest level of these antibodies. We concluded that invasin is not a polyclonal activator of murine B cells.
Subject(s)
Animals , Female , Mice , Antibodies , B-Lymphocytes/microbiology , Yersinia pseudotuberculosisABSTRACT
O gênero Yersinia compreende três espécies patogênicas para humanos: Y. pestis, Y. enterocolitica e Y. pseudotuberculosis. A patogenicidade de Yersinia está ligada à presença do plasmideo de 70-kb (pYV) que é comum às três espécies e codifica um sistema de secreção do tipo III e um conjunto de proteínas de virulência, incluindo aquelas conhecidas como Yops (Yersinia outer proteins), que são exportadas por este sistema quando as células do hospedeiro são infectadas pela bactéria. Duas Yops translocadoras (YopB e YopD) se inserem na membrana plasmática e funcionam no transporte de seis efetoras (YopO, YopH, YopM, YopJ e YopT) para o citosol da célula do hospedeiro. As Yops efetoras funcionam interferindo em múltiplas vias de sinalização da célula infectada. Como consequência, a resposta imune inata e adaptativa do hospedeiro fica afetada. Este trabalho enfoca o papel das Yops na modulação da resposta imune do hospedeiro
Subject(s)
Humans , Yersinia/immunology , Yersinia/pathogenicity , Antibodies/immunology , Cytokines/immunology , Phagocytosis/immunology , Yersinia Infections/immunology , Yersinia Infections/pathologyABSTRACT
O plasmídeo de virulência, comum às espécies patogênicas de Yersinia codifica um conjunto de proteínas secretadas denominadas Yops ("Yersinia outer proteins"). As "Yops" efetoras têm sido relacionadas e uma série de propriedades biológicas, incluindo resitência à fagocitose, citotoxicidade e desfosforilação de proteínas do hospedeiro. Porém, a associação das "Yops" de Yersinia com a resposta imune adaptativa do hospedeiro não está bem esclarecida. Yops secretadas por Yersinia enterocolitica O:3 provocam ativação policlonal de linfócitos B, quando inoculadas em camundongos. Neste trabalho, Yops secretadas po Y. pseudotuberculosis foram inoculadas por via intravenosa em camundongos Swiss livres de patógenos específicos (SPF), com objetivo de se verificar o papel in vivo destas proteínas sobre a ativação de linfócitos B esplênicos. Para tanto, foi determinada a cinética de células secretoras de imunoglobulinas inespecíficas e específicas dos diferentes isotipos (IgG, IgM e IgA), pela técnica de ELISPOT e pesquisada a presença de anticorpos específicos anti-Yersinia nos soros dos animais inoculados, através de ELISA. Foi verificado que ocorreu um aumento significativo apenas no número de linfócitos secretores de Igs inespecíficas do isotipo IgG no 21º dia poó-inoculação (aumento de 2,5 vezes em relação aos controles). O número de linfócitos secretores dos outros isotipos foi semelhante aos controles, com exceção de IgA, que sofreu uma diminuição de 3,1 vezes no 7º dia pós-inoculação. Quanto às células secretoras de imunoglobulinas específicas, a resposta dos animais inoculados foi muito individual. Em alguns camundongos inoculados, foram detectadas células secretoras de Igs anti-Yersinia do isotipo IgG, no 7º e 14º dia pós-inoculação e do isotipo IgM, no 7º e 28º dia pós-inoculação. Por outro lado, foram detectados anticorpos séricos anti-Yersinia foram detectados apenas no 7º dia pós-inoculação. Estes resultados demonstram que existe uma diferença na capacidade imunomoduladora das Yops secretadas por Y.pseudotuberculosis e Y.enterocolitica.