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Tempo psicanál ; 54(2): 28-45, jul.-dez. 2022.
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1450539

ABSTRACT

Neste artigo, retomamos uma trajetória que Gilles Deleuze e Félix Guattari fizeram, sobretudo em O anti-édipo (1972), para mostrar como o capitalismo opera axiomatizando os fluxos desejantes de maneira a centrar na propriedade privada toda a desterritorialização dos processos subjetivos. A reterritorialização única, no caso, no familismo, é também o modo de operar da psicanálise que tem édipo como estrutura, indicam os autores. Aqui, trazemos o cinema como um terceiro acontecimento do final do século XIX, em que uma ordem linguageira e representacional vem a conter as invenções de espaços e tempos de seus primeiros anos. Por fim, voltamo-nos à prática artística e aos processos clínicos que, com o cinema, retomam modos de fazer imagens e fazer a si, e que colocam o cinema como forma que pensa. Apresentamos e discutimos o cinema na clínica retomando os fluxos desejantes e suas possibilidades de encontrar reterritorializações múltiplas, em obras e territórios existenciais.


In this article we resume a trajectory that Gilles Deleuze and Félix Guattari followed, especially in The anti-Oedipus (1972), to show how capitalism operates by axiomatizing desiring flows in a way that centralizes on private property all the deterritorialization of the subjective processes. Unique reterritorialization is also the modus operandi of psychoanalysis which has Oedipus as its structure, indicate the authors. Here we bring cinema as a third event of the late 19th century in which a linguistic and representational order comes to contain the inventions of spaces and times of its early years. Finally, we turn to artistic practice and clinical processes which, with the cinema, take up the ways of making images and oneself, which place cinema as a form that thinks We present and discuss cinema in the clinical processes, retaking the desiring flows and their possibilities of finding multiple reterritorializations in artworks and existential territories.


Dans cet article nous reprenons une trajectoire de Gilles Deleuze et Félix Guattari, notamment dans L'Anti-Œdipe (1972), pour montrer comment le capitalisme opère en axiomatisant les flux désirants afin de centrer toute la déterritorialisation des processus subjectifs sur la propriété privée. La reterritorialisation unique est aussi le mode opératoire de la psychanalyse qui a Œdipe pour structure, indiquent les auteurs. Nous pensons ici le cinéma comme un troisième événement de la fin du XIXe siècle dans lequel un ordre linguistique et figuratif vient calmer les inventions d'espaces et de temps de ses premières années. Enfin, nous nous tournons vers la pratique artistique et les processus cliniques qui, avec le cinéma, reprennent les manières de faire des images et de se faire et qui placent le cinéma comme image qui pense. Nous présentons et discutons le cinéma dans la clinique, reprenant les flux désirants et leurs possibilités de trouver de multiples reterritorialisations, dans des œuvres et des territoires existentiels.

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