ABSTRACT
Introdução: Durante a pandemia de COVID-19, tornou-se necessário o uso de estratégias no tratamento dos pacientes que evoluem com insuficiência respiratória aguda. Objetivo: Avaliar o uso de estratégias não invasivas no desfecho de pacientes com insuficiência respiratória aguda ou crônica agudizada por COVID-19. Métodos: Pesquisa de caráter observacional e retrospectivo por meio da coleta de dados em prontuário eletrônico com pacientes submetidos ao uso de cânula nasal de alto fluxo (CNAF) e/ou ventilação mecânica não invasiva (VNI). Resultados: 81 pacientes, sendo 70,4% (57) do sexo masculino, com 56,5 ± 14,6 anos. 49,4% (40) dos indivíduos fizeram uso de CNAF e VNI, 9,9% (8) e 40,7% (33) apenas VNI ou CNAF, respectivamente. O tempo médio de uso da CNAF foi de 4,4 ± 3,7 dias e de VNI foi de 2,7 ± 3,4 dias. Observou-se que 43 (53,1%) dos pacientes pesquisados evoluíram para intubação orotraqueal (IOT) e 40 (49,4%) para óbito. Destes, 22 encontravam-se em IOT. Houve diferença estatística quando comparados idade entre os grupos IOT e não IOT, 60,5 ± 13,9 anos vs 52,1 ± 14,2 anos (p = 0,012), respectivamente. Conclusão: O uso de VNI e/ou CNAF pode ser considerado como alternativa no tratamento de pacientes com COVID-19. Contudo, os diversos fatores intrínsecos e extrínsecos ao paciente ainda contribuem para a alta taxa de IOT e de mortalidade.
ABSTRACT
INTRODUÇÃO: A pandemia de covid-19 tornou necessário estudos sobre o impacto da pandemia e das novas rotinas de trabalho impostas ao trabalhador no estado de saúde de profissionais de saúde, em especial os fisioterapeutas hospitalares. OBJETIVO: Avaliar a qualidade de sono e sonolência diurna de profissionais de fisioterapia hospitalar durante o período de pandemia do covid-19. MATERIAIS E MÉTODOS: Pesquisa observacional, transversal, prospectiva em um hospital público do nordeste brasileiro. A pesquisa teve como público-alvo fisioterapeutas hospitalares atuantes ou não em setores covid durante a pandemia de covid-19. Foram aplicados os instrumentos Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh (IQSP), Escala de Sonolência de Epworth (ESE) e questionários com características demográficas, trabalho, saúde e percepção de estresse. RESULTADOS: Participaram do estudo 45 fisioterapeutas e foi observado que 62,2% eram do sexo feminino, 66,7% relataram trabalhar 60h por semana e 55,6% trabalharam em setor covid e não covid. Observou-se elevada frequência de má qualidade do sono (68,9%) independente de carga horária ou setor de trabalho. Houve maior prevalência de sonolência diurna excessiva (43,3%) entre os fisioterapeutas que trabalhavam 60h por semana. CONCLUSÃO: Os fisioterapeutas hospitalares de uma instituição pública têm má qualidade do sono e aqueles que trabalham com maior carga horária apresentam maior prevalência de sonolência diurna excessiva.
INTRODUCTION: The covid-19 pandemic has made it necessary to study the impact of the pandemic and the new work routines imposed on workers on the health status of health professionals, especially hospital-based physical therapists. OBJECTIVE: To evaluate the quality of sleep and daytime sleepiness of hospital-based physical therapists during the covid-19 pandemic. MATERIALS AND METHODS: This is an observational, cross-sectional, prospective study conducted in a public hospital in northeastern Brazil. The research had as target audience, hospital-based physical therapists working or not in covid sectors during the covid-19 pandemic. We applied the Pittsburgh Sleep Quality Index (PSQI), the Epworth Sleepiness Scale (ESS), and questionnaires with demographic, work, health, and stress perception characteristics. RESULTS: Forty-five physical therapists participated in the study, and it was observed that 62.2% were female, 66.7% reported working 60h per week, and 55.6% worked in the covid and non-covid sectors. A high frequency of poor sleep quality (68.9%) was observed regardless of workload or work sector. In addition, there was a higher prevalence of excessive daytime sleepiness (43.3%) among physical therapists who worked 60h per week. CONCLUSION: Hospital-based physical therapists in a public institution have poor sleep quality, and those who work more hours have a higher prevalence of excessive daytime sleepiness.