ABSTRACT
A percepção que as crianças têm sobre a sua própria saúde é um importante indicador para a definição de estratégias de promoção de saúde infantil. Este estudo correlacional analisa a percepção de saúde de uma amostra probabilística acidental de 216 crianças portuguesas do ensino básico. O questionário de recolha de dados (CHIP-CE) revelou boas propriedades psicométricas (alfa=0,84). Os resultados indicam médias e desvios-padrão de cinco fatores: Conforto (4,34; 0,45); Evitamento de risco (4,18; 0,53); Satisfação (4,03; 0,56); Resiliência (3,75; 0,60); Realização (3,75; 0,60). Resiliência e evitamento de risco são fatores com valores mais baixos. A dificuldade em realizar os trabalhos de casa e conviver com os colegas é indicadora da dimensão resiliência mais problemática. Os resultados permitem descrever o perfil de saúde e planejar uma intervenção de educação para a saúde das crianças, em contexto escolar, especialmente na área do relacionamento e motivação para o estudo.