ABSTRACT
Resumo A conexão com a natureza pode favorecer o bem-estar e a adoção de práticas alimentares sustentáveis. Profissionais de saúde seriam agentes fundamentais nesta interface, promovendo a saúde ambiental. Estudo transversal com 146 profissionais da atenção primária avaliou a associação entre conexão com a natureza e os motivos para escolhas alimentares consideradas importantes à saúde humana e ambiental. Aplicou-se Escala de Conexão com a Natureza (ECN), contendo 14 itens que medem o quanto a pessoa se sente integrada ao meio ambiente, variando de 14 a 70 pontos; e o Questionário sobre Motivos para as Escolhas Alimentares (FCQ), com 36 itens distribuídos em nove fatores, dentre os quais elegeu-se para este estudo: "Saúde", "Conteúdo Natural" e "Preocupação Ética". A pontuação média na ECN foi de 53,8, (± 9). "Apelo Sensorial" e "Preço" foram os fatores mais pontuados; "Preocupação Ética" ocupou a última posição. Houve associação positiva significativa da ECN com a pontuação nos fatores "Saúde" (p = 0,031), "Conteúdo Natural" (p = 0,001) e "Preocupação Ética" (p < 0,001). Os resultados desta pesquisa inédita permitiram concluir que aumentar conexão com a natureza pode favorecer escolhas alimentares mais saudáveis e sustentáveis.
Abstract Connectedness to nature can boost well-being and lead to healthier and more sustainable food choices. Health professionals have the potential to be key agents in promoting environmental health. A cross-sectional study was conducted with 146 primary healthcare professionals to determine the association betweennature connectedness and food choicemotives considered important for human and environmental health. We used the 14-item Connectedness to Nature Scale (CNS) and the Food Choice Questionnaire (FCQ), consisting of 36 items distributed between nine factors, including "health", "natural content", and "ethical concern". The average CNS score was 53.8 (± 9). The highest scoring factors of the FCQ were sensory appeal and price.Ethical concern was ranked last. There was a significant positive association between degree of nature connectedness and scoring for the factors health (p = 0.031), natural content (p = 0.001), and ethical concern (p <0.001). The results of this unprecedented studyshow that increased connectedness to nature may lead to healthier and more sustainable food choices.
Subject(s)
Food Preferences , Motivation , Primary Health Care , Cross-Sectional Studies , Surveys and Questionnaires , Health PersonnelABSTRACT
Objetivo: Investigar fatores associados ao bem-estar subjetivo (BES) em profissionais da Atenção Primária a Saúde (APS). Métodos: Estudo transversal realizado em 2017 com 142 profissionais da APS de um município paulista que responderam aos instrumentos: Escala de BES (EBES), Escala de Conexão com a Natureza (ECN); Maslach Burnout Inventory (MBI); Estado de Saúde Autorreferido (ESA); Questionário sociodemográfico. Aplicou-se análise estatística, ajustados modelos de regressão linear múltipla, com resposta normal para explicar pontuações dos 3 domínios da escala EBES, em função das variáveis independentes estatisticamente mais fortes (p<0,20), em análise prévia bivariada. Considerou-se estatisticamente significativo se p<0,05. Resultados: Amostra com predomínio de pessoas do sexo feminino (n=116; 81,7%), cor da pele autoatribuída branca (n=123;86,6%), idade até 35 anos (n=77; 54,2%), casadas ou em união estável (n= 91; 64,1%), com graduação ou pós (n=83; 58,5%) e trabalhadoras da saúde há mais de 5 anos (n= 102; 71,8). Maiores níveis de BES associados à escolaridade (ter graduação ou pós, p=0,039) e menores à idade (acima de 35 anos, p=0,025), ESA ruim ou muito ruim (p=0,005 para satisfação com a vida e p=0,028 para afetos positivos), hospitalização no último ano (p=0,017), morar sozinho (p=0,007) e burnout (p=0,004 na pontuação geral e p=0,030 na dimensão despersonalização" do MBI). Conclusão: Aspectos sociodemográficos (idade acima de 35 anos e residir sozinho) impactam negativamente o bem-estar dos profissionais investigados, assim como condição ruim de saúde e grau de estresse relacionado ao trabalho. Ter graduação ou pós pode favorecer a satisfação com a vida.
Objective: To investigate factors associated with subjective well-being (SWB) in Primary Health Care (PHC) professionals. Methods: Cross-sectional study conducted in 2017 with 142 PHC professionals from a city in São Paulo State who answered the instruments: SWB Scale (SWBS), Connectedness to Nature Scale (CNS); Maslach Burnout Inventory (MBI); Self-Reported Health Status (SRHS); sociodemographic questionnaire. Statistical analysis was applied and adjusted for multiple linear regression models, with normal responses to explain scores of the three domains of the SWBS scale as a function of the statistically stronger independent variables (p<0.20) in former bivariate analysis. It was considered statistically significant if p<0.05. Results: Sample with a predominance of females (n=116; 81.7%), white self-assigned skin colour (n=123; 86.6%), aged up to 35 years (n=77; 54.2%), married or in a stable relationship (n=91; 64.1%), graduated or postgraduate (n=83; 58.5%) and health workers for more than 5 years (n= 102; 71.8). Higher levels of SWB associated with schooling (being undergraduate or graduate, p=0.039) and underage (over 35 years, p=0.025), bad or very bad SRHS (p=0.005 for life satisfaction and p=0.028 for positive affects), hospitalization in the last year (p=0.017), living alone (p=0.007) and Burnout (p=0.004 in the overall score and p=0.030 in the depersonalization dimension of the MBI). Conclusion: Sociodemographic aspects (over 35 years old and living alone) negatively impact the well being of the professionals investigated as poor health status and work-related stress level. Having an undergraduate or graduate degree can promote life satisfaction.
Objetivo: Investigar los factores asociados con el bienestar subjetivo (BES) de profesionales de la Atención Primaria de Salud (APS). Métodos: Estudio transversal realizado en 2017 con 142 profesionales de la APS de un municipio de São Paulo que contestaron a los siguientes instrumentos: la Escala de BES (EBES), la Escala de Conexión con la Naturaleza (ECN); el Maslach Burnout Inventory (MBI); el Estado de Salud Auto referido (ESA); el Cuestionario sociodemográfico. Se aplicó el análisis estadístico, ajustados modelos de regresión linear múltiple con respuesta normal para explicar las puntuaciones de los 3 dominios de la escala EBES, según las variables independientes estadísticamente más fuertes (p<0,20), en análisis previo bivariado. Se há considerado estadísticamente significativo si p<0,05. Resultados: Hubo el predominio de personas del sexo femenino (n=116; 81,7%), del color de piel blanco auto atribuido (n=123; 86,6%), edad hasta los 35 años (n=77; 54,2%), casadas o en unión estable (n= 91; 64,1%), con graduación o post grado (n=83; 58,5%) y trabajadoras del área de la salud desde hace más de 5 años (n= 102; 71,8). Mayores niveles de BES asociados con la escolaridad (tener graduación o post grado p=0,039) y los menores de edad (por encima de los 35 años, p=0,025), malo o muy malo ESA (p=0,005 para la satisfacción con la vida y la p=0,028 para los afectos positivos), la hospitalización del último año (p=0,017), vivir solo (p=0,007) y burnout (p=0,004 para la puntuación general y p=0,030 para la dimensión "despersonalización" del MBI). Conclusión: Los aspectos socio demográficos (por encima de los 35 años y vivir solo) impactan negativamente en el bienestar de los profesionales investigados, así como la mala condición de salud y el grado de estrés relacionado con el trabajo. Tener graduación o post grado puede favorecer la satisfacción con la vida.
Subject(s)
Primary Health Care , Stress, Psychological , Environmental Health , Occupational Health , Health PersonnelABSTRACT
Abstract Objective: The objective of this study was to evaluate the effects of two low-dose combined oral contraceptives on bone metabolism in adolescents for one year. Methods: This was a quasi-experimental study. The adolescents were divided into three groups: oral contraceptives 1 (n = 42) (20 µg EE/150 µg desogestrel), oral contraceptives 2 (n = 66) (30 µg EE/3 mg drospirenone), and a control group (n = 70). Adolescents underwent anthropometric assessment and densitometry (dual-energy X-ray). Bone age and bone formation markers (osteocalcin and bone alkaline phosphatase) were evaluated. The oral contraceptives users were evaluated again after 12 months. Linear regression analysis was used to indirectly study the effect of each additional year of chronological age on anthropometric and densitometric variables as well as on bone markers in the control group. Results: At study entry, no significant differences were observed between the oral contraceptives 1, oral contraceptives 2, and controls in the analyzed variables. Linear regression analysis showed an increase in bone mineral density and bone mineral content for each additional year. There was a significant reduction in bone alkaline phosphatase levels; no significant difference was observed for osteocalcin in control individuals. Comparison of dual-energy X-ray variables at baseline and after one year showed no significant differences in the oral contraceptives 1 or oral contraceptives 2 groups. A significant reduction in bone alkaline phosphatase and osteocalcin levels was observed in both the oral contraceptives 1 and oral contraceptives 2 groups. Conclusion: Adolescent women gain peak bone mass during this phase of life. Two low-dose combined oral hormonal contraceptives were associated with lower bone gain and lower bone formation markers than in untreated controls.
Resumo: Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos de dois contraceptivos orais combinados de baixa dosagem por um ano sobre o metabolismo ósseo em adolescentes. Métodos: Este foi um estudo quase experimental. As adolescentes foram divididas em três grupos: contraceptivos orais 1 (n = 42) (20 µg de EE/150 µg de desogestrel), contraceptivos orais 2 (n = 66) (30 µg EE/3 mg de drospirenona) e grupo controle (n = 70). As adolescentes foram submetidas à avaliação antropométrica e densitometria (raio-X de dupla energia). Foram avaliados a idade óssea e os marcadores de formação óssea (osteocalcina e fosfatase alcalina óssea). As usuárias de contraceptivos orais foram novamente avaliadas após 12 meses. A análise de regressão linear foi utilizada para estudar, indiretamente, o efeito de cada ano adicional da idade cronológica sobre as variáveis antropométricas e densitométricas e sobre os marcadores ósseos no grupo de controle. Resultados: No início do estudo, não foram observadas diferenças significativas nas variáveis analisadas entre as usuárias de contraceptivos orais 1, contraceptivos orais 2 e o grupo controle. A análise de regressão linear mostrou um aumento na densidade mineral óssea e no conteúdo mineral ósseo para cada ano adicional. Houve uma redução significativa nos níveis de fosfatase alcalina óssea e não foi observada diferença significativa para osteocalcina nos indivíduos controles. A comparação das variáveis do raio-X de dupla energia no início e após um ano não mostrou diferença significativa no grupo de contraceptivos orais 1 ou contraceptivos orais 2. Foi observada uma redução significativa nos níveis de fosfatase alcalina óssea e osteocalcina nos dois grupos contraceptivos orais 1 e contraceptivos orais 2. Conclusão: As adolescentes atingiram o pico de massa óssea durante essa fase da vida. Duas formulações de contraceptivos hormonais orais de baixa dosagem, após um ano de uso, se associaram a menor incremento na densidade mineral óssea e menor concentração de marcadores de formação óssea quando confrontados com resultados de adolescentes não usuárias de contraceptivos.