ABSTRACT
RESUMO: A partir de textos de Freud, Ogden, Leader, Ricœur e da análise de S. Bernardo, propomos três características de uma autobiografia melancólica: é uma forma literária da autorrecriminação; do espaço privado; e que não é produto de um trabalho de rememoração, mas de uma compulsão de repetição. Em seguida, comparamos a escrita de Infância e S. Bernardo, particularmente em relação às imagens sonoras, às ideias e atitudes e à relação entre pais e filhos. Por último, defendemos que a estrutura melancólica é uma potência, e não um limite criativo.
Abstract: From the writings of Freud, Ogden, Leader, Ricœur, and a Sao Bernardo's analysis, we propound some characteristics of a melancholic autobiography: it is a literary form of self-loathing; of privacy; and that is not the outcome of a remembrance work, but of a compulsion to repetition. We then compare the writing of Infancia and Sao Bernardo, particularly concerning sonant images, ideas and attitudes, and a relationship between parents and children. Finally, we argue that the melancholy structure is a power and not a creative limit.