ABSTRACT
O envelhecimento é um processo dinâmico e progressivo que proporciona a diminuição gradual da capacidade funcional, aumentando a dependência dos idosos e culminando, muitas vezes, na sua institucionalização. Neste contexto, a Realidade Virtual Não Imersiva (RVNI) vem se mostrando uma ferramenta segura e efetiva para estimular a funcionalidade em idosos, inclusive diante da situação de distanciamento social que vivemos atualmente. Objetivo: Avaliar, preliminarmente, o efeito do treinamento com jogos de RVNI sobre a funcionalidade de idosos institucionalizados. Método: Estudo intervencional randomizado, com amostra composta por 17 idosos de quaisquer gêneros (idade 87 anos ±5,4 anos), residentes em uma instituição de Porto Alegre, divididos em dois grupos: Grupo Treinamento (GT) e Grupo Controle (GC). Foram avaliadas a escala de independência funcional (MIF) e a circunferência da panturrilha e do braço, bem como foram realizados o teste de Força de Preensão Palmar (FPP) e o Timed Get Up and Go (TUG). O protocolo de intervenção teve duração de 8 semanas, com duas sessões semanais de 30 minutos. Resultados: Os grupos demostraram ser homogêneos em relação ao gênero e idade. O GT apresentou melhora significante em 4 das 5 variáveis analisadas, já o GC apenas no teste de FPP. O GT no FPP apresentou uma diferença estatisticamente significativa de 21,1 ± 12,60 kg para 23,8 ± 13,51 kg (p<0,003). Conclusão: O presente estudo sugere que o treinamento com RVNI é efetivo na melhora da funcionalidade de idosos institucionalizados e pode ser uma opção de intervenção física segura, especialmente em momentos de restrição.
Aging is a dynamic and progressive process leading to reduction in functional capacity, dependence, and institutionalization in many cases. In this context, Non-Immersive Virtual Reality (RVNI) has been proposed as a safe and effective tool to stimulate functionality in the older adults, even in situations of social distance, similarly we are currently experiencing. Objective: To evaluate, preliminally, the effect of RVNI training on functional outcomes of institutionalized older adults. Method: Randomized interventional study, with a sample composed of 17 participants of any gender (age 87 ± 5.4 years), living in a home-institution for the aged in Porto Alegre, divided into two groups: Training Group (TG) and Control Group (CG). The functional independence scale (FIM) and the circumference of the calf and arm were evaluated, as well as the Palmar Grip Strength test (FPP) and the Timed Get Up and Go (TUG). The intervention protocol lasted 8 weeks, with two weekly sessions of 30 minutes. Results: Both groups were homogeneous in relation to gender and age. The TG showed a significant improvement in 4 of the 5 variables analyzed, whereas the CG only in the FPP test. The FPP showed a statistically significant difference from 21.1 ± 12.60 kg to 23.8 ± 13.51 kg (p <0.003) in the TG. Conclusion: The present study suggests RVNI training may be effective in improving functional outcomes in institutionalized older adults and should be considered as a safe physical intervention, especially in times of restriction.