ABSTRACT
Os objetivos deste estudo foram investigar a existência de diferenças na evolução dos parâmetros de Pressão respiratória máxima (PImáx e PEmáx), do Volume Corrente (VC), Volume minuto (Vm), índice de Tobin e índice de oxigenação, em pacientes sob Ventilação Mecânica (VM), submetidos a um Treinamento Muscular Respiratórios (TMR), verificar se esse tipo de intervenção contribui para o sucesso de desmanche da VM e comparar os dois tipos de TMR utilizados. Foram estudados 45 pacientes com mais de uma semana sob VM e com pelo menos uma tentativa de desmame, mal sucedida. Destes, 20 participaram de um TMR, utilizando o ajuste da sensibilidade do respirador e compuseram o grupo 2 (G-1) (9M e 11H), 5 pacientes participaram do TMR com uso do theshold, constituindo TMR foi utilizada uma carga de resistência inspiratória com 40 por cento a PImáx, obtida na avaliação inicial dos pacientes. Todos os pacientes participaram da rotina convencional do hospital e da UTI e foram sobmetidos a uma avaliação clínica constante realizada durante todo o período de internação. O protocolo constou de duas sessões ao dia, nas quais foram realizadas cinco séries de dez inspirações. Comparando os resultados dos três grupos, constatou-se que não houve diferenças significativas (p = 0,05) na evolução das variáveis entre os grupos G-1 e G-2 na maior parte das sessões, e os dois grupos diferenciaram do G-3. Por meio de um programa de TMR especifíco, observou-se um aumento significativo da PImáx (G-1 - 79 por cento e G-2 - 58 por cento), PEmáx (G-1 - 79 por cento e G-2 - 61 por cento), VC (G - 152 por cento e G - 235 por cento ), PaO2/FiO2 (G - 132 por cento e G - 212 por cento) e Vm diminui no G - 1 (10 por cento). O índice de Tobin diminuiu nos pacientes dos grupos G-1 (50 por cento) e G-2 (45 por cento) e aumentou nos pacientes do G-3 (30 por cento). Com efeito do TMR , os músculos respiratórios responderam eficientemente ao programa de TMR, pois estes tiveram um aumento da FMR e, como tal, contribuiu para o processo de desmame e redução no número de óbitos e de retorno ao aparelho.