ABSTRACT
OBJECTIVES: To assess the effects of pursed-lip breathing (PLB) at rest on the behavior of heart rate (HR) and its variability, and on variations in blood pressure (BP), respiratory rate (RR) and pulse oxygen saturation (SpO2) in subjects with chronic obstructive pulmonary disease (COPD). METHODS: Sixteen subjects with COPD (seven in GOLD stage I, three in GOLD stage II and six in GOLD stage III; mean age 64±11 years; mean FEV1 60±25 percent of predicted value) were assessed at rest, in a seated position, under the following conditions: ten minutes of normal breathing without PLB (R1), eight minutes with PLB (R2) and ten minutes of normal breathing once more (R3). HR was recorded, beat-to-beat, by means of a Polar S810 heart monitor. The RMSSD index (root mean square of the difference between successive R-R intervals) was determined. BP, RR and SpO2 were also assessed during the trials. ANOVA for repeated measures followed by the Tukey test and Kruskal-Wallis test were used for data analysis, with a 5 percent significance level. RESULTS: There was a significant increase in the RMSSD index during R2, in comparison with R1. The HR variation between inspiration and expiration was 8.98 bpm, and the variation between HR at rest and HR with PLB was 8.25 bpm. During R2, RR decreased and SpO2 increased significantly in comparison with R1 and R3. BP values did not show significant changes. CONCLUSIONS: The results showed that PLB produced significant changes in HR, RR and SpO2, and did not alter BP in subjects with COPD. Furthermore, analysis of the RMSSD index showed that PLB promoted increased parasympathetic activity in these subjects, thus indicating that this technique influenced the autonomic cardiac modulation.
OBJETIVOS: Avaliar os efeitos da respiração freno-labial (RFL), em repouso, sobre o comportamento da frequência cardíaca (FC) e sua variabilidade e variações na pressão arterial (PA), frequência respiratória (FR) e saturação parcial de oxigênio (SpO2) em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). MÉTODOS: Dezesseis pacientes com DPOC (7: estágio GOLD I, 3: estágio GOLD II e 6: estágio GOLD III; média de idade=64±11; média de VEF1=60±25 por cento do predito) foram avaliados em repouso, na posição sentada, nas seguintes condições: 10 minutos respirando normalmente sem RFL (R1), 8 minutos com RFL (R2) e 10 minutos respirando novamente normalmente (R3). A FC foi registrada, batimento a batimento, por meio do frequencímetro Polar S810, e o índice RMSSD (raiz quadrada da média das diferenças entre intervalos RR sucessivos) foi determinado. PA, FR e SpO2 foram também avaliados durante o protocolo. ANOVA para medidas repetidas, seguida pelo teste de Tukey e teste de Kruskal-Wallis foram usados para análise dos dados, com nível de significância de 5 por cento. RESULTADOS: Ocorreu aumento significante no índice RMSSD durante R2 em comparação com R1. A variação na FC inspiração/expiração foi de 8,98 bpm, e a variação na FC em repouso/RFL foi de 8,25 bpm. Durante R2, FR diminuiu e SpO2 aumentou significativamente em comparação a R1 e R3. Os valores de PA não apresentaram modificações significativas. CONCLUSÕES: Os resultados mostraram que a RFL produziu modificações significativas na FC, FR e SpO2 e não alterou a PA em pacientes com DPOC. Além disso, a análise do índice RMSSD mostrou que a RFL promoveu aumento da atividade parassimpática nesses pacientes, indicando que essa técnica influencia a modulação autonômica cardíaca.
ABSTRACT
INTRODUÇÃO: No contexto da colaboração internacional para desenvolvimento de guias práticos (ou guidelines), a Sociedade Real Holandesa de Fisioterapia (Koninklijk Nederlands Genootschap voor Fysiotherapie, KNGF) se propôs a desenvolver um guia para esclarecimento sobre a prática clínica de Fisioterapia em pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), assim como também optou por estimular a sua tradução para outras línguas, a fim de torná-lo acessível para públicos internacionais. OBJETIVOS: O presente guia é a versão em língua portuguesa do Guia para Prática Clínica de Fisioterapia em pacientes com DPOC desenvolvido pela KNGF, que teve como objetivo descrever a Fisioterapia baseada em evidências para pacientes com DPOC que apresentam limitação da função pulmonar, da função muscular respiratória e periférica, da capacidade de exercício, da depuração mucociliar e da qualidade de vida, além de limitações em relação à atividade física na vida diária pela dispneia e/ou intolerância ao exercício. CONCLUSÃO: O guia propõe-se principalmente a prover recomendações terapêuticas práticas que auxiliem o fisioterapeuta a oferecer o melhor tratamento possível para pacientes com DPOC, consideradas as evidências científicas disponíveis na atualidade.
INTRODUCTION: In the context of international collaboration for the development of practice guidelines, the Royal Dutch Society for Physical Therapy (Koninklijk Nederlands Genootschap voor Fysiotherapie, KNGF) has developed guidelines for the clinical practice of physical therapy in patients with Chronic Obstructive Pulmonary Disease (COPD). It has also stimulated its translation into other languages to make it accessible to international audiences. OBJECTIVES: The present document brings the Portuguese version of the KNGF Clinical Practice Guidelines for physical therapy in COPD patients. Its purpose was to describe evidence-based physical therapy for COPD patients with impairments in pulmonary function, peripheral and respiratory muscle function, exercise capacity, mucus clearance and quality of life, in addition to limitations in physical activity in daily life due to dyspnea and/or exercise intolerance. CONCLUSION: The guideline provides practical and therapeutic recommendations based on currently available scientific evidence to help the physical therapist provide the best possible treatment to COPD patients.
ABSTRACT
Pacientes com doenca pulmonar obstrutiva cronica (DPOC) frequentemente apresentam capacidade de exercicio reduzida, entretanto, a influencia da saturacao de O2 ao repouso (SpO2r) e/ou da dessaturacao de O2 ao exercicio(DES) na capacidade de exercicio de pacientes com DPOC grave nao esta totalmente esclarecida. O objetivo deste estudo foi analisar a distancia percorrida em seis minutos (DP6) por pacientes com DPOC grave, classificados de acordo com a SpO2r e a DES. Metodos: Foram estudados 20 pacientes (12 homens e 8 mulheres) com DPOC grave ]VEF 30,95]+-6,90(por cento) que apresentaram dessaturacao >- 4(por cento) durante teste DP6. Os pacientes faram divididos em dois grupos, de acordo com a SpO2r: baixa saturacao ao repouso (BSR) ]SpO2<-92 (por cento) (n=11) e baixa saturacao ao exercico (BSE) ]SpO2>92 (por cento) (n=9). Para analise estatistica utilizou-se teste t de Student e o teste de Chi-quadrado. Resultados: DP6 foi 339,09+-111,35m (grupo BSR) e 456,78+-48,54m (grupo BSE), p=0,004. A frequencia de interrupcao do teste da DP6 foi maior no grupo BSR(p=0,01). Houve correlacao significativa entre a SpO2 durante o teste e a velocidade de caminhada a cada minuto no grupo BSR(r=0,86, p=0,03), enquanto no grupo BSE nao houve correlacao significativa (r=0,59, p=0,22). Conclusao: O grupo BSR apresentou menor capacidade de exercicio funcional que o grupo BSE. Alem disso, nos pacientes do grupo BSR ha relacao entre SpO2 e a velocidade de caminhada no teste da DP6
Subject(s)
Exercise , Lung Diseases, Obstructive , WalkingABSTRACT
Este estudo tem por objetivo verificar a influencia da capacidade ventilatoria na capacidade de exercicio do paciente com doenca pulmonar obstrutiva cronica (DPOC). Participaram do estudo 38 pacientes com DPOC moderada-grave (VEF <60 por cento do previsto e VEF/CVF< 90 por cento do previsto), sendo 19 homens e 19 mulheres, com idade media de 65,00+-9,94 anos, peso 59,78+-15,74 kg, altura 157, 76 +-8,65 com VEF 36,94 +-11,74 do previsto (media+-dpm). Os pacientes foram submetidos a espirometria, prova de pressoes respiratorias maximas e teste da distancia percorrida em seis minutos (DP6min). Foi realizada a prova de ventilacao voluntaria maxima (VVM) e calculados os valores da reserva ventilatoria (RV) e o indice de reserva ventilatoria (IRV) baseados na VVM e no volume minuto (VM). A forca muscular respiratoria foi medida pela pressao inspiratoria maxima (PImax) e pressao expiratoria maxima(PEmax). A capacidade de exercicio foi avaliada pela DP6min. Para analise estatistica utilizou-se a correlacao simples de Pearson (p<0,05). Os pacientes apresentaram DP6min media de 410, 29+-129, 57m, RV 23,64+-11,45 litros, IRV 66,89+-13,84 POR CENTO, VVM 34,01+-12,49 por cento do previsto, PImax -55,26+-22,02 cmH2O e PEmax 100,74+-31,78cmH2O. A RV (r=0,76), a IRV (r=0,71), a VVM (r=0,68) e a PImax (r=0,43) apresentaram correlacao significativa com a DP6min. Portanto, a VVM, a RV, o IRV e a PImax influenciam a capacidade de exercicio submaximo de pacientes com DPOC moderada-grave