ABSTRACT
A questão do exílio é um dos temas onipresentes no mundo. Ele se insinua em eventos que afetam o cotidiano das pessoas e o rumo dos países. Indo além da política, uma leitura psicológica permite refletir sobre esse impacto, não apenas no indivíduo ou coletivo, mas no que se relaciona à família exilada. A noção de família mítica ou arquetípica auxiliaria a clarificar o que emerge do contato entre dois povos e os desafios de sua integração. O estudo de um caso específico - famílias portuguesas em adaptação à vida na região de língua francesa da Suíça - revela um padrão que se reproduz em outros lugares. O choque cultural trazido pela aproximação de dinâmicas tão distintas resulta em um quadro de resistência psicológica em ambos os lados. O trabalho com adolescentes portugueses em análise permite vislumbrar o entrelaçamento desta matéria com as psicologias pessoais, apontando para sua solução criativa por meio da resolução dos conflitos e a abertura à diversidade, protagonizada pelas novas gerações. ■
The subject of exile is one of the ubiquitous themes in the World. It insinuates itself into events that affect people's daily lives and the course of countries. Beyond politics, a psychological reading enables us to reflect on this impact, not only on the individual or collective but also on what relates to the exiled family. The notion of a mythical or archetypal family would help to clarify what emerges from the contact between two communities and the challenges of their integration. The study of a specific case - Portuguese families, adjusting to life in the French-speaking region of Switzerland - reveals a pattern reproduced elsewhere. The cultural shock brought by an approach of distinct dynamics results in psychological resistance on both sides. The work with Portuguese adolescents under analysis allows us to glimpse the intertwining of this query with personal psychologies, pointing to its creative solution through the resolution of conflicts and openness to diversity, carried out by the new generations. ■
La cuestión del exilio es uno de los temas omnipresentes en el mundo. Se insinúa en eventos que afectan la vida cotidiana de las personas y el curso de los países. Yendo más allá de la política, una lectura psicológica permite reflexionar sobre este impacto, no sólo en lo individual o colectivo, sino en lo que se relaciona con la familia exiliada. La noción de familia mítica o arquetípica ayudaría a aclarar lo que surge del contacto entre dos pueblos y los desafíos de su integración. . El estudio de un caso específico - familias portuguesas que se adaptan a la vida en la región francófona de Suiza - revela un patrón que se reproduce en otros lugares. El choque cultural provocado por la aproximación de dinámicas tan diferentes da como resultado un marco de resistencia psicológica en ambos lados. El trabajo con adolescentes portugueses bajo análisis nos permite vislumbrar el entrelazamiento de este asunto con las psicologías personales, señalando su solución creativa a través de la resolución de conflictos y la apertura a la diversidad, liderada por las nuevas generaciones. ■