ABSTRACT
OBJECTIVE:To investigate the relationship between butyrylcholinesterase (BChE) activities (total and band specific) and diabetes mellitus. SUBJECTS AND METHODS: BChE activities (BChEA, AC 4/5, AC OF and RC5) were analyzed in 101 type 1 (DM1) and in 145 type 2 (DM2) diabetic patients, in relation to phenotype, weight and incidence of metabolic syndrome (MS) in these patients. The C4/5 and C5 complex were separated from other molecular forms (C OF) using an acid agar gel. RESULTS: The BChE activity (BChEA) and the absolute activities of C4/5 (AC4/5) and C OF (AC OF) showed a high positive correlation coefficient to weight in the CHE2 C5- group, while the relative activity of C5 complex (RC5) showed a negative correlation to weight. CONCLUSIONS: The present study suggests that the positive correlation of the BChE activities to diabetes mellitus and to insulin resistance may depend on the CHE2 locus variability. High values of BChE activities were associated with insulin resistance only in CHE2 C5- diabetic patients, while in CHE2 C5+ diabetic patients, the presence of C5 complex, especially in a relatively high proportion, leads to less fat storage and better protection against metabolic syndrome.
OBJETIVO: Investigar a associação entre as atividades (total e banda específica) da butirilcolinesterase (BChE) e diabetes melito. SUJEITOS E MÉTODOS: As atividades da BChE (BChEA, AC4/5, AC OF e RC5) foram analisadas em 101 pacientes diabéticos do tipo 1 (DM1) e 145 do tipo 2 (DM2) em relação aos fenótipos, ao peso e à incidência da síndrome metabólica. Os complexos C4/5 e C5 foram separados das outras formas moleculares (C OF), usando gel de ágar ácido. RESULTADOS: A atividade da BChE (BChEA) e as atividades absolutas de C4/5 (AC4/5) e de C OF (AC OF) mostraram altos coeficientes de correlações positivos com peso no grupo de CHE2 C5-, enquanto a atividade relativa do complexo C5 (RC5) mostrou correlação negativa com o peso. CONCLUSÕES: O presente estudo sugere que as correlações positivas das atividades da BChE com diabetes melito e com a resistência à insulina podem depender da variabilidade do loco CHE2. Altos valores nas atividades da BChE estão associados com a resistência à insulina somente nos pacientes diabéticos CHE2 C5-, enquanto nos pacientes diabéticos CHE2 C5+ a presença do complexo C5, especialmente em alta proporção relativa, leva a um menor estoque de gordura e à maior proteção contra a síndrome metabólica.
Subject(s)
Adult , Female , Humans , Male , Middle Aged , Butyrylcholinesterase/blood , Cholinesterases/genetics , Diabetes Mellitus, Type 1/enzymology , /enzymology , Body Mass Index , Body Weight/physiology , Butyrylcholinesterase/genetics , Case-Control Studies , Diabetes Mellitus, Type 1/blood , /blood , Insulin Resistance/physiology , Metabolic Syndrome/blood , Phenotype , Regression AnalysisABSTRACT
OBJETIVO: Avaliar a prevalência de sobrepeso e obesidade em pacientes ambulatoriais com diabetes mellitus tipo 2 (DM2) em diferentes regiões do Brasil. PACIENTES E MÉTODOS: Avaliamos aleatoriamente 2.519 pacientes em 11 hospitais, 2 ambulatórios especializados e um posto de saúde em 10 cidades brasileiras. Consideramos sobrepeso um índice de massa corporal (IMC) > 25 e obesidade um IMC > 30 kg/m². O controle glicêmico (CG) foi avaliado pelo índice de CG [ICG= HbA1 e ou HbA1c do paciente/limite superior de normalidade do método x 100]. RESULTADOS: Os pacientes tinham idade de 58,8 ± 11,6 anos, tempo de diagnóstico clínico de DM de 9,0 ± 7,3 anos, IMC de 28,3 ± 5,2 kg/m², e 39 por cento eram do sexo masculino. Do total da amostra, 265 pacientes (10,5 por cento) não apresentavam avaliação do IMC. Os pacientes da região Nordeste apresentaram menor IMC em comparação com os das regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul, respectivamente (26,4 ± 4,7 vs. 27,9 ± 4,8 vs. 29,2 ± 5,1 vs. 29,4 ± 5,4 kg/m²; p< 0,001). Houve maior prevalência de obesidade na região Sudeste e Sul em comparação à região Nordeste (p< 0,001) e nos pacientes do sexo feminino, respectivamente (69 vs. 31 por cento; p< 0,001). Os pacientes com peso normal apresentaram menor ICG. Aqueles em tratamento com associação de duas ou mais drogas orais e associação de insulina + droga oral apresentaram maior IMC do que aqueles em tratamento com dieta, hipoglicemiante oral e insulina; p< 0,001. O IMC não diferiu entre os pacientes assistidos ou não por especialistas. CONCLUSÕES: Da população estudada, 75 por cento não estava na faixa de peso ideal, sendo que um terço tinha obesidade. Nossos dados indicam que o sobrepeso e a obesidade já atingem um percentual de pacientes com DM2 no Brasil semelhante ao relatado em estudos europeus, mas ainda menor do que o observado nos EUA. A prevalência de obesidade nos pacientes diabéticos foi três vezes maior do que a observada na população brasileira em geral de acordo com os dados do IBGE.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Adult , Middle Aged , Body Mass Index , /complications , Obesity/epidemiology , Brazil/epidemiology , Cross-Sectional Studies , Overweight , Obesity/complications , PrevalenceABSTRACT
Foi avaliado o comportamento imunológico de pacientes diabéticos tipo I frente a mudança do tratamento com insulina mista NPH para insulina suína ou humana semi-sintética (IHSS), comparando-se os níveis de anticorpos antiinsulina com o controle metabólico. 28 diabéticos do tipo I trocaram suas doses habituais de insulina mista por insulina suína ou IHSS em ordem aleatória, de maneira que o mesmo número de pacientes foi inicialmente exposto a cada uma das insulinas testadas. Após 90 dias foram dosados anticorpos IgG antiinsulina pelo método ELISA, Hb glicosilada, glicosúria de 24 horas e glicemia. Nesta ocasiao, cada paciente foi submetido à troca da insulina em uso pela insulina alternativa e ao final de 180 dias foram repetidas as mensuraçoes referidas. No grupo que iniciou com IHSS a média dos anticorpos diminuiu de maneira significativa (O,55 ñ O,11 para O,39 ñ O,07 índice de ELISA) nos primeiros 90 dias e permaneceu reduzida (O,37 ñ O,1O) na segunda fase do estudo, com insulina suína. Nos pacientes que iniciaram com insulina suína houve uma diminuiçao gradativa, porém nao significativa, dos títulos de anticorpos (basal = O,61 + O,41; 90 dias = O,57 ñ O,13 e 180 dias = O,47 ñ O,08 índice de ELISA). No primeiro grupo a Hb glicosilada variou de 8,80ñ O,79 para 7,30 ñ O,62 por cento enquanto no seguinte a variaçao foi de 8,80 ñ O,48 para 7,42 ñ O,38 por cento. As vantagens do uso de insulina humana e suína, em relaçao às insulinas com menor grau de purificaçao (mistas), prenderam-se a reduçao nos níveis de anticorpos. A longo prazo, nao houve correlaçao entre os títulos de anticorpos e o controle do diabetes, assim como nao houve diferença no tratamento com uso de insulina humana e suína monocomponente, visto que o grau de antigenicidade e a ocorrência de hipoglicemias com o uso de ambas foram semelhantes.