ABSTRACT
Este artigo descreve a avaliação de um programa preventivo para adolescentes, professores e familiares, focado em direitos sexuais e reprodutivos, resiliência e habilidades sociais assertivas. Foram conduzidas dez sessões psicoeducacionais com os adolescentes (N = 54), três oficinas com os docentes (N = 11) e duas visitas domiciliares às famílias (N = 7). Os resultados, avaliados por medidas qualitativas de autorrelato, mostram que os familiares buscaram serviços da comunidade recomendados na intervenção, os docentes relataram disposição para atuar no fortalecimento da rede social dos adolescentes e estes relataram melhoria na qualidade da comunicação com os pais, prática de sexo seguro e tolerância à diversidade. São discutidas as limitações e possibilidades de intervenções ecológicas e uma agenda de pesquisa na área.
This paper describes the evaluation of a preventive program for adolescents, teachers and family members, focused on sexual and reproductive rights, resilience and assertive social skills. Ten psychoeducational sessions were conducted with adolescents (N = 54), three workshops with teachers (N = 11) and two home visits to the families (N = 7). The results, evaluated by self report qualitative measures, pointed that families searched community services recommended during the intervention, teachers demonstrated sensitiveness to strengthening the adolescents' social support network, and adolescents reported improvement related to quality of adolescents-parents communication, safe sex practice and tolerance toward the human diversity. Possibilities and limits of ecological interventions are discussed, as a research agenda in this field as well.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Adolescent , Adult , Psychology, Adolescent/education , Sex Education , Reproductive Health , Sexuality/psychologyABSTRACT
Este artigo descreve uma avaliação de necessidades para um programa de transição para a parentalidade, feita em dois estudos. Participaram do primeiro estudo treze casais, cujo bebê contava entre 18 a 36 meses. Entrevistas revelaram como estressores os cuidados com o bebê, as mudanças nos papéis familiares e a intrusividade da rede de apoio. Um segundo estudo investigou, através de entrevistas, o conhecimento de oito casais, com filhos recém-nascidos, sobre as suas experiências pessoais de apego e práticas educativas parentais, capacidades sensoriais do bebê, estressores e enfrentamento usado. Os resultados apontaram a exposição a práticas educativas parentais coercitivas e apego inseguro como fatores de risco para a relação pais-bebê. São discutidas as implicações para o planejamento de programas preventivos.
This paper describes a needs assessment for the implementation of a parenthood transition program. Two studies were realized using interviews. Thirteen couples, with babies of 18 to 36 months, participated in the first study. This study revealed the following stressors: taking care of the baby, changes in family roles and intrusiveness of the social support group. In the second study eight couples with a newborn baby participated. In this study diverse topics were addressed: personal attachment experiences, parental educational practices, sensorial capacities of the baby, stressors and coping methods used. The results indicated coercive educational practices and insecure attachment as risk factors in the relation between parents and baby. The implications for the planning of preventive programs are discussed.