ABSTRACT
Introdução: Pacientes com doença renal crônica em hemodiálise necessitam orientações adequadas quanto a escolha de uma alimentação equilibrada, pois a qualidade da dieta pode influenciar diretamente no curso da doença. Objetivo: Caracterizar e avaliar o consumo de alimentos processados e ultraprocessados, fósforo e potássio em relação às recomendações para pacientes com doença renal crônica em hemodiálise. Métodos: Estudo transversal e quantitativo, realizado em uma Clínica de Nefrologia, no Vale do Taquari/RS, Brasil. A amostra foi por conveniência, composta por 47 pacientes. Foi utilizado registro alimentar de três dias não consecutivos, sendo avaliado o consumo de carboidrato, proteína, lipídios, fósforo e potássio para posteriormente serem comparados aos valores preconizados para pacientes com doença renal crônica renal. Para avaliar o consumo de alimentos processados e ultraprocessados, foi avaliada a frequência dos alimentos correspondentes encontrados no registro alimentar, utilizando como recomendação o Guia Alimentar para a População Brasileira. Resultados: Constatou-se um consumo inferior significativamente ao recomendado para carboidrato e lipídio (p ≤ 0,01), significativamente superior (p ≤ 0,01) em relação às proteínas. A ingestão de potássio estava abaixo da recomendação e do fósforo dentro das recomendações. Para os alimentos processados e ultraprocessados, o consumo médio foi de 17,70% das calorias totais ingeridas. Conclusão: O consumo de carboidrato, proteína, lipídios e potássio foi inadequado, quando comparado às recomendações preconizadas para os pacientes com doença renal crônica em hemodiálise. Quanto aos alimentos processados e ultraprocessados, o percentual encontrado é preocupante, visto que a qualidade desses alimentos pode trazer prejuízos ao estado nutricional e consequentemente ao tratamento dos pacientes avaliados.
Introduction: Patients with chronic kidney disease undergoing hemodialysis require adequate guidelines for the choice of a balanced diet, since diet quality may directly influence the course of the disease. Objective: Tocharacterize and evaluate the consumption of processed and ultra-processed foods, phosphorus and potassium in relation to recommendations for individuals with chronic kidney disease on hemodialysis. Methods: This is a cross-sectional and quantitative study performed at a Nephrology Clinic, in a city at Vale do Taquari/RS. The convenience sampling consisted of 47 patients. The food recall of three-day non-consecutive was used and the values obtained were compared with the values recommended for patients with chronic kidney disease for carbohydrate, protein, lipids, phosphorus and potassium. To evaluate the consumption of processed and ultra-processed foods, the frequency of the corresponding foods found in the food register, we used the recommendations from the Food Guide for the Brazilian Population. Results: It was found a consumption significantly lower than the recommended for carbohydrate and lipid (p ≤ 0.01), and significantly higher for protein (p ≤ 0.01). The potassium intake was below the recommendation and the phosphorus within the recommendations. For processed and ultra-processed foods, the average consumption was 17.70% of the total calories consumed. Conclusion: The consumption of carbohydrate, protein, lipids and potassium was inadequate according to recommendations for patients with chronic kidney disease on hemodialysis. In relation to be processed and ultra-processed foods, the percentage found is worrisome, since the quality of these foods can damage the nutritional status and consequently, the treatment of the evaluated patients.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Renal Insufficiency, Chronic , Phosphorus , Potassium , Carbohydrates , Eating , Renal Dialysis , Industrialized FoodsABSTRACT
Objetivo: Avaliar o consumo de cálcio e vitamina D de pacientes atendidos em um ambulatório de Nutrição de referência. Métodos: Estudo transversal quantitativo realizado no período de novembro de 2015 a junho de 2016 avaliou 1.000 recordatórios alimentares de pacientes na faixa etária de 20 a 59 anos do ambulatório de Nutrição de um centro universitário do interior do Rio Grande do Sul, Brasil. Excluíram-se os recordatórios com medidas caseiras incompletas. Para a padronização dessas medidas utilizou-se registro fotográfico de um livro de medidas caseiras. Utilizou-se como referência para análise de ingestão do cálcio e vitamina D a Dietary Reference Intakes. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva e inferencial com nível de significância de 5%. Resultados: O consumo de cálcio e de vitamina D foi simétrico, apresentando 89,5% (n=895) de inadequação do consumo de vitamina D e 86,6% (n=866) de inadequação do consumo de cálcio, portanto, abaixo da recomendação diária. Homens apresentaram ingestão significativamente maior de cálcio em comparação às mulheres (p<0,001), enquanto o consumo de vitamina D não apresentou diferença significativa entre os sexos (p=0,307). Conclusão: Verificou-se elevada inadequação quanto à ingestão de cálcio e vitamina D pela população estudada.
Objective: To assess calcium and vitamin D intake in patients attending a reference outpatient nutrition clinic. Methods: Quantitative cross-sectional study carried out from November 2015 to June 2016 to analyze 1,000 dietary recalls of patients aged 20 to 59 years attending an outpatient nutrition clinic of a university center in the countryside of Rio Grande do Sul. Recalls with incomplete household measures were excluded. Measures were standardized using pictures from a household measures book. The analysis of calcium and vitamin D intake was based on the Dietary Reference Intakes. Data were analyzed using descriptive and inferential statistics with a significance level of 5%. Results: Calcium and vitamin D intake was symmetrical, with 89.5% (n=895) of inadequate vitamin D intake and 86.6% (n=866) of inadequate calcium intake, i.e., below the daily recommendation. Men presented significantly higher calcium intake compared to women (p<0.001), while vitamin D intake showed no significant differences between genders (p=0.307). Conclusion: There was a high inadequacy of calcium and vitamin D intake in the population analyzed.
Objetivo: Evaluar el consumo de calcio y vitamina D de pacientes asistidos en un ambulatorio de nutrición de referencia. Métodos: Estudio transversal cuantitativo realizado en el período entre noviembre de 2015 y junio de 2016 evaluó 1.000 recordatorios alimentarios de pacientes en la franja de edad entre 20 y 59 años del ambulatorio de nutrición de un centro universitario de un pueblo de Rio Grande do Sul, Brasil. Se excluyeron los recordatorios con las medidas caseras incompletas. Para la estandarización de esas medidas se utilizó el registro fotográfico de un libro de medidas caseras. Se utilizó como referencia para el análisis de la ingesta de calcio y vitamina D la Dietary Reference Intakes. Los datos fueron analizados a través de la estadística descriptiva e inferencial con el nivel de significación del 5%. Resultados: El consumo de calcio y vitamina D ha sido simétrico presentando el 89,5% (n=895) de inadecuación para el consumo de vitamina D y el 86,6% (n=866) de inadecuación para el consumo de calcio, por lo tanto, abajo de la recomendación diaria. Los hombres presentaron ingesta significativamente mayor de calcio en comparación con las mujeres (p<0,001) mientras el consumo de vitamina D no ha presentado diferencia significativa entre los sexos (p=0,307). Conclusión: Se verificó una elevada inadecuación de la ingesta de calcio y vitamina D de parte de la población estudiada.