ABSTRACT
ABSTRACT BACKGROUND: Weight regain in the postoperative period after bariatric surgery is directly related to the relapse of preoperative comorbidities and a negative impact on the patients' biochemical profile. AIMS: To assess the metabolic impact of weight regain on preoperative comorbidities and on patients' biochemical profiles, in order to show the impact of the complications on the metabolic outcomes of bariatric surgery. METHODS: A retrospective study was carried out with 75 women in the late postoperative period of bariatric surgery who presented pathological weight regain (≥20% of the maximum weight loss). Data of interest consisted of glycemic, lipid, and inflammatory profile measurements at three different moments of evaluation: preoperative period, at the weight nadir (minimum weight), and after weight regain. A multivariate analysis was performed. RESULTS: The mean age was 46.39±12.09 years. Preoperative body mass index was 40.10±4.11 kg/m2. There was an overall increase of 3.36 points in the mean body mass index between the nadir and after regain: from 26.30±3.9 kg/m2 to 29.66±4.66 kg/m2. The mean time to reach the nadir was 18±7.6 months, with an average percentage of excess weight loss of 91.08±11.8%. The median time for pathological weight regain was 48 months, and the mean regain amongst the sample was 8.85±5.65 kg. There was a significant correlation between pathological weight regain and levels of insulin (r=0.351; p<0.011), C-peptide (r=0.303; p<0.011), C-reactive protein (r=0.402; p<0.001), and vitamin D (r=-0.435; p<0.001), the last two being the most influenced by the percentage of weight regained. CONCLUSIONS: The pathological weight regain in the postoperative period of bariatric surgery results in losses in the patients' metabolic and inflammatory profiles. However, the biochemical benefits are sustained up to the preoperative levels of the parameters analyzed.
RESUMO RACIONAL: Reganho de peso no pós-operatório de cirurgia bariátrica está diretamente relacionado à recidiva das comorbidades pré-operatórias e a um impacto negativo no perfil bioquímico desses pacientes. OBJETIVOS: avaliar o impacto metabólico do reganho de peso nas comorbidades pré-operatórias e no perfil bioquímico desses pacientes, a fim de mostrar o impacto das complicações nos desfechos metabólicos finais da cirurgia bariátrica. MÉTODOS: Estudo retrospectivo que analisou 75 mulheres no pós-operatório tardio de cirurgia bariátrica que apresentaram reganho patológico de peso (=20% do máximo de peso perdido). Foram coletados dados referentes às medidas dos perfis glicêmico, lipídico e inflamatório em três momentos distintos de avaliação: no pré-operatório, no nadir de peso (menor peso) e após o reganho ponderal. Foi realizada uma análise multivariada. RESULTADOS: A idade média foi 46.39±12.09 anos. IMC médio pré-operatório foi 40.10±4.11 kg/m2. Houve um aumento de 3,36 pontos no IMC médio entre o nadir e após reganho: de 26.30±3.9 Kg/m2 para 29.66±4.66 Kg/m2. O tempo médio para atingir o nadir foi de 18±7.6 meses, com uma %PEP de 91.08±11.8%. O tempo médio para o reganho patológico foi de 48 meses, e a média de reganho foi 8.85±5.65 kg. Houve correlação significativa entre o reganho patológico e os níveis de insulina (r=0.351; p<0.011), peptídeo C (r=0.303; p<0.011), proteína C reativa (r=0.402; p<0.001) e vitamina D (r=-0.435; p<0.001), sendo os dois últimos os mais influenciados pela porcentagem de reganho de peso. CONCLUSÕES: O reganho de peso patológico no pós-operatório de cirurgia bariátrica resulta em prejuízos ao perfil metabólico e inflamatório dos pacientes. No entanto, os benefícios bioquímicos perduram em relação aos níveis pré-operatórios dos parâmetros analisados