Prescriçäo de exercícios físicos para pessoas com doença vascular periférica / Exercise prescription for people with peripheral vascular disease

As doenças vasculares periféricas (DVPS) envolvem um grupo distinto de doenças e síndromes que afetam o sistema arterial, venoso e linfático. Neste estudo, procurou-se analisar as recomendaçöes de exercícios físicos para pessoas com DVPS, através de uma revisäo da literatura em livros e periódicos. Os principais bancos de referências eletrônicas utilizados foram OVID, MEDLINE e American Heart Association, usando as seguintes palavras-chave: doença vascular periférica, claudicaçäo, exercício físico e atividade física. Para tanto, foram coletadas informaçöes sobre a caracterizaçäo das DVPS, os benefícios dos exercícios físicos, os testes para prescriçäo, e a composiçäo dos programas de exercícios. Observou-se que diversos fatores influenciam o surgimento das DVPS e alguns säo possíveis de modificar, como o fumo, a obesidade, a dislipidemia, e o sedentarismo. Na literatura consultada, informaçöes sobre modo de progressäo dos programas de exercícios säo limitadas e diversificadas. Parece haver uma maior convergência dos estudos, quanto ao tipo de atividade recomendada (aeróbica), duraçäo mínima de 20 minutos/sessäo, e número mínimo de três sessöes semanais. De modo geral, as atividades aeróbicas (principalmente a caminhada), säo as mais recomendadas, por oferecerem grandes benefícios aos portadores de DVPS, melhorando o fluxo sangüíneo, a capacidade de deslocamento em tarefas cotidianas e a qualidade de vida.

Fatores de risco em mulheres com doença vascular periférica (DVP) / Risk factors in women with peripheral vascular disease

Ojetivo: Analisar a prevalência de fatores de risco modificáveis para doença vascular periférica (DVP) em mulheres. Material e Métodos: Realizou-se um estudo epidemiológico transversal. A amostra intencional formada por 91 mulheres, voluntárias, com idade de 40 a 64 anos, com registros de internação por DVP no Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina e residentes no aglomerado urbano de Florianópolis - SC. Os dados foram coletados através de entrevistas. Analisadas informações sobre: a) aspectos sócio-demográficos; e b) fatores de risco para DVP (fumo, consumo de bebidas alcoólicas, obesidade, inatividade, diabetes, hipercolesterolemia, hipertensão e outras doenças cardiovasculares). Para análise dos dados utilizou-se o programa SPSS-10.0 para Windows, aplicando-se os procedimentos da estatística descritiva. Resultados: Destacam-se como aspectos sócio-demográficos maior proporção de casadas (68 por cento), da raça branca (70 por cento), com menos de oito anos de estudo formal (57 por cento) e de nível sócio-econômico C (54 por cento). A inatividade física foi o fator de risco mais prevalente (68,1 por cento). A prevalência de fumo (20,9 por cento), obesidade (39,3 por cento), hipercolesterolemia (22 por cento) e diabetes (15,4 por cento) foi elevada em comparação a resultados de outros estudos com mulheres em condições semelhantes. Conclusão: os resultados apontam para a necessidade de se reforçar a informação, as estratégias de motivação e as oportunidades para mudanças de comportamento neste grupo com doenças vasculares periféricas, visando o controle da doença e a busca por melhor qualidade de vida