ABSTRACT
Introdução: Um mecanismo proposto para a ação oncostática da melatonina no tumor de mama é a inibição do hormônio liberador das gonadotrofinas (GnRH), dificultando assim a liberação dos hormônios luteinizante (LH) e folículo estimulante (FSH) e, consequentemente, reduzindo a produção ovariana de estradiol. Objetivo: Avaliar a atividade antitumoral da melatonina sobre o tumor de Ehrlich em camundongos fêmeas Swiss, através de sua interação com o aparelho reprodutor. Método: Foram utilizados 56 camundongos fêmeas Swiss (Mus musculus), de 60 dias de idade, divididas em sete grupos experimentais (n = 8 animais/ grupo): A- Pinealectomizados tratados com melatonina; B- Shampinealectomizados tratados com melatonina; C- Pinealectomizados sem tratamento; D- Sham-pinealectomizados sem tratamento; EPinealectomizados tratados com veículo da melatonina; F- Shampinealectomizados tratados com veículo da melatonina; G- Controle. Resultados e Discussão: Alterações ovarianas foram significativas entre os grupos, observando-se um aumento no peso dos ovários e no número de folículos ovarianos dos animais pinealectomizados, enquanto os animais sham-pinealectomizados apresentaram um maior número de corpos lúteos. Os animais pinealectomizados apresentaram maior taxa de crescimento tumoral quando comparados aos animais tratados com melatonina, tendo estes últimos apresentado também uma percentagem de inibição tumoral. Conclusão: A análise destes resultados nos permite concluir que a melatonina, através de sua atuação no ovário, interfere nos mecanismos regulatórios dos processos de crescimento do tumor de Ehrlich. Pode-se conjecturar que eventuais alterações nos padrões de ritmicidade endógena para a melatonina pode predispor os organismos a uma maior incidência de tumor.
Introduction: A proposed mechanism for the oncostatic action of melatonin in breast tumors is the inhibition of gonadotropinreleasing hormone (GnRH), thus hindering the release of luteinizing hormones (LH) and stimulating follicle (FSH) and, consequently, reducing ovarian estradiol production. Objective: This study aim was to evaluate the melatonin antitumor activity on the Ehrlich tumor in female Swiss mice, through its interaction with the reproductive system. Method: we used 56 female Swiss mice (Mus musculus), 60 days of age, were divided into seven experimental groups (n = 8 animals/group): A- Pinealectomized melatonin treated; B- Shampinealectomized melatonin treated; C- Pinealectomized no treated; D- Sham-Pinealectomized no treated; E- Pinealectomized melatonin vehicle treated; F- Sham-pinealectomized melatonin vehicle treated; G- Control. Results and discussion: Ovarian changes were significant between the groups, observing an increase in ovarian weight and follicles number in pinealectomized animals, whereas the sham-pinealectomized animals exhibited greater numbers of corpus luteum. The pinealectomized animals had higher rate of tumor growth than melatonin treated animals, the last having also presented a percent inhibition of the tumor. Conclusion: Analysis of these results allows us to conclude that melatonin, through its actions in the ovary interfere with regulatory mechanisms of the processes of Ehrlich tumor growth. May conjecture that any changes in the patterns of endogenous rhythmicity for melatonin, can predispose organisms to a higher incidence of tumor.