ABSTRACT
OBJETIVO: analisar o padrão dos movimentos respiratórios fetais (MRF) em gestantes diabéticas no terceiro trimestre de gestação. MÉTODOS: foram avaliadas 16 gestantes com diabetes mellitus pré-gestacional e 16 gestantes normais (grupo controle), com os seguintes critérios de inclusão: gestação única entre a 36ª e a 40ª semana, ausência de outras doenças maternas e ausência de anomalias fetais. No perfil biofísico fetal (PBF), foram avaliados os parâmetros: freqüência cardíaca fetal, MRF, movimentos corpóreos fetais, tônus fetal e índice de líquido amniótico. Os MRF foram avaliados por 30 minutos, período em que o exame foi integralmente gravado em fita de vídeo VHS para posterior análise do número de episódios de MRF, do tempo de duração dos episódios e do índice de movimentos respiratórios fetais (IMR). O IMR foi calculado pela fórmula: (intervalo de tempo com MRF/tempo de observação) x 100. No início e no final do PBF foi dosada a glicemia capilar materna. Os resultados foram analisados pelo teste de Mann-Whitney U e teste exato de Fisher, adotando-se nível de significância de 5 por cento. RESULTADOS: as glicemias demonstraram média significativamente superior nas diabéticas (113,3±35,3 g/dL) em relação às gestantes normais (78,2±14,8 g/dL, p<0,001). A média do índice de líquido amniótico mostrou-se maior no grupo das gestantes diabéticas (15,5±6,4 cm) quando comparado aos controles (10,6±2,0 cm; p=0,01). A média do número de episódios de MRF foi superior nas diabéticas (22,6±4,4) em relação aos controles (14,8±2,3; p<0,0001). A média do IMR nas diabéticas (54,6±14,8 por cento) foi significativamente maior do que no grupo controle (30,5±7,4 por cento; p<0,0001). CONCLUSÕES: os maiores valores glicêmicos podem estar associados a diferente padrão nos movimentos respiratórios de fetos de mães diabéticas. A utilização deste parâmetro do PBF, na prática clínica, deve ser considerada...
PURPOSE: to analyze the pattern of fetal breathing movements (FBM) in diabetic pregnant women in the third trimester of pregnancy. METHODS: sixteen pregestational diabetic and 16 nondiabetic (control group) pregnant subjects were included fulfilling the following criteria: singleton, between 36-40 weeks of gestation, absence of other maternal diseases and absence of fetal anomalies. The fetal biophysical profile (FBP) was performed to evaluate the following parameters: fetal heart rate, FBM, fetal body movements, fetal tone and amniotic fluid index. The FBM was evaluated for 30 minutes, period when the examination was integrally recorded in VHS video for posterior analysis of the number of FBM episodes, the duration of each episode and the fetal breathing movements index (BMI). The BMI was calculated by the formula: (interval of time with FBM/total time of observation) x 100. At the beginning and in the end of the FBP maternal glucose levels were checked. The results were analyzed by the Mann-Whitney U-test and the Fisher exact test, adopting a level of significance of 5 percent. RESULTS: the glucose levels demonstrated significantly superior average in the diabetic group (113.3±35.3 g/dL) in relation to the normal group (78.2±14.8 g/dL, p<0.001). The average of the amniotic fluid index was higher in the group of the diabetic cases (15.5±6.4 cm) when compared with controls (10.6±2.0 cm; p=0.01). The average of the number of FBM episodes was superior in the diabetic ones (22.6±4.4) in relation to controls (14.8±2.3; p<0.0001). The average of the BMI in the diabetic patients (54.6±14.8 percent) was significantly higher than that in the control group (30.5±7.4 percent, p<0.0001). CONCLUSIONS: the elevated blood glucose levels can be associated with a different pattern in the FBM of diabetic mothers. The use of this parameter of the FBP, in the obstetric practice, must be considered...
Subject(s)
Humans , Female , Pregnancy , Amniotic Fluid , Diabetes Mellitus , Fetal Monitoring , Pregnancy in Diabetics , Pregnancy, High-Risk , Respiration , UltrasonographyABSTRACT
OBJETIVOS: analisar a freqüência cardíaca fetal (FCF) e parâmetros doplervelocimétricos das artérias umbilicais em gestantes com diagnóstico de diabete melito pré-gestacional, entre a 18ª e a 20ª semana de gestação. MÉTODOS: foram incluídas 28 gestantes com diabete melito pré-gestacional e 27 gestantes normais (grupo controle). O estudo é do tipo prospectivo, caso-controle e transversal. Os seguintes critérios de inclusão foram adotados: gestação única entre a 18ª e a 20ª semana, ausência de outras doenças maternas associadas e ausência de anomalias fetais. A ultra-sonografia foi realizada no período gestacional proposto e a FCF foi calculada a partir dos intervalos entre o início de dois ciclos cardíacos consecutivos, em três sonogramas obtidos pela doplervelocimetria da artéria umbilical, avaliada na porção do cordão umbilical próxima à sua inserção na placenta, utilizando-se o mapeamento colorido do fluxo. Em cada traçado de sonograma foram obtidas cinco medidas consecutivas da FCF a partir do início de cada sístole. A média e a variação da FCF foram utilizadas para análise. Foram calculados os seguintes índices doplervelocimétricos: relação A/B (sístole/diástole), índice de pulsatilidade (PI) e índice de resistência (RI). O teste t de Student e o teste de Mann-Whitney U foram utilizados para a análise estatística, adotando-se nível de significância de 5 por cento. Resultados: não foram observadas diferenças significativas entre as médias da FCF entre os grupos estudados (grupo diabéticas: 149,2 bpm e grupo controle: 147,2 bpm; p=0,12). A variação da FCF foi semelhante entre os grupos (grupo diabéticas: 5,3 bpm; grupo controle 5,3 bpm; p=0,5). Não foi constatada diferença significativa em relação aos índices doplervelocimétricos: A/B (p=0,79), PI (p=0,25) e RI (p=0,71). CONCLUSÕES: a inexistência de diferenças nas características da FCF entre a 18ª e a 20ª semana indica que fetos de mães diabéticas apresentam, nesse período, maturação...
PURPOSE: to analyze the fetal heart rate (FHR) and umbilical artery Dopplervelocimetry between 18th and 20th weeks of gestation in pregnant women complicated by pregestational diabetes mellitus. METHODS: twenty-eight pregnancies with pregestational diabetes and 27 normal pregnant women were analyzed prospectively, in a cross-sectional and case-control study. The inclusion criteria were the following: singleton pregnancy between 18 and 29 weeks, no other associated maternal diseases and no fetal abnormality. Ultrasonography was performed and FHR was calculated by the interval between the beginnings of two consecutive cardiac cycles, in the three umbilical artery Doppler sonograms, obtained in the umbilical cord near to the placental insertion, using color Doppler. Five consecutive FHR cycles from each sonogram were measured, to analyze mean FHR and its variation. The following Doppler indices were studied: systolic/diastolic ratio, pulsatility index (PI) and resistance index (RI). Student's t test and Mann-Whitney Utest were applied to comparative study. p values were considered significant when p<0.05. Results: no significant difference was observed in mean FHR between the studied groups (diabetic group: 149.2 bpm, control group: 147.2 bpm; p = 0.12). FHR variation revealed similar results between the groups (diabetic group: 5.3 bpm; control group: 5.3 bpm; p=0.50). No significant difference was found in the Doppler indices S/D (p=0.79), PI (p=0.25) and RI (p=0.71) between the groups. CONCLUSIONS: the absence of differences in FHR characteristics between the 18th and 20th gestational weeks indicates similar neurological maturation of FHR regulatory systems in this period, between fetuses of diabetic mothers and controls. Abnormalities in the uteroplacental resistance were not identified in the studied period, in pregnancies complicated by pregestational diabetes.