ABSTRACT
Microcistinas (MC) são heptapeptídeos de ação neuro e hepatotóxica produzidas por alguns gêneros de cianobactérias em determinadas condições físico-químicas do ambiente e são responsáveis pela morte e intoxicação de animais e humanos. A detecção de MC em água destinada ao consumo no Brasil ainda não é realizada na maioria dos estados brasileiros. O teste de inibição de proteína fosfatase tipo 1 (PP1) por MC é um método colorimétrico simples, rápido e de boa reprodutibilidade. Para testar a aplicação do teste PP1 foram realizados estudos de crescimento de cianobactérias em bioreator com meio ASM-1 dentro de condições controladas de crescimento (12/12h luz/escuro usando 30 mE.m2.s-1 de intensidade luminosa e temperatura constante de 23C) utilizando Microcystis aeruginosa (estirpe 1., UFRJ- produtor de MC). Variaram-se as concentrações de fósforo (P) em 24, 6 e 4 mM e de ferro (Fe) em 4 e 1mM. Uma curva padrão de inibição de PP1 pela MC-LR foi construída, tendo como limite de detecção 0.01 ng.mL-1. Em meio normal de crescimento (24 mM P e 4 mM Fe) para Microcystis aeruginosa, a produção de MC foi detectada continuamente durante o crescimento da cultura. A maior concentração de MC foi observada na concentração de 6 mM P e não foi detectada na concentração de 1 mM Fe. Amostras de florações ambientais, da região sudeste do Brasil (Belo Horizonte/MG), coletadas em corpos d'água utilizados para abastecimento e consumo humano, foram testadas e quantificadas para a presença de microcistina pelo teste colorimétrico PP1. A concentração de microcistina variou entre quantidades não detectáveis pelo método até 100 ng.mL-1 em amostras de floração da espécie Microcistis flos-aquae.
Subject(s)
Clinical Enzyme Tests , Cyanobacteria , Flora , Phosphoprotein Phosphatases , In Vitro Techniques , Phosphoric Monoester Hydrolases , Colorimetry , MethodsABSTRACT
Estudos in vitro foram desenvolvidos para obter proteínas de Xylella fastidiosa expressas diferencialmente na presença de calos do hospedeiro, citros cultivar Pêra. Para otimizar a indução, desenvolveu-se um meio de cultura comum, o qual foi baseado na seiva do xilema de citros, para cultivar a bacteria e os calos de Pêra. Dados mostraram, após 72 h de cultivo neste meio, 108 unidades formadoras de colônias de X. fastidiosa por mL, e 0,79 g de peso seco de células de Pêra. Após testar diferentes métodos de co-cultivo da bactéria com calos de Pêra neste meio, observou-se que a melhor taxa de indução ocorreu quando X. fastidiosa foi cultivada em meio sólido enriquecido com um extrato derivado dos calos de Pêra. Análise em gel bidimensional (2DE) de X. fastidiosa (120 µg) cultivadas na presença do extrato revelou 414 proteínas expressas diferencialmente quando comparado com o perfil proteico obtido na ausência do extrato.