ABSTRACT
La emergencia sanitaria ocasionada por la pandemia del virus SARS-CoV-2 produjo limitaciones y cambios en la movilidad que transformaron el comportamiento, tanto de la sociedad en general como de los actores criminales en particular, impactando en los índices delictivos. Esto llevó a pensar a algunos analistas en la posibilidad de un "efecto rebote en el delito", luego de terminar el resguardo derivado de la pandemia. El objetivo de este artículo es revisar el impacto de la pandemia y sus medidas de confinamiento sobre la violencia letal contra las mujeres en México y Colombia. Para ello, a través de un ejercicio de estadística descriptiva, se analiza la tendencia del comportamiento del homicidio en ambos países desagregado por género, focalizando el análisis en 2019, 2020 y 2021, años considerados como periodos pre pandemia, pandemia y pos pandemia. Los hallazgos demuestran la falta de evidencia de un aumento significativo en los delitos de homicidio, homicidios de mujeres y feminicidios en relación con el periodo pre pandemia. Los homicidios de mujeres y los feminicidios dan cuenta de una continuidad en la cadena de violencias que reciben las mujeres a lo largo de su vida.
The health emergency caused by the SARS-CoV-2 pandemic led to limitations and changes in mobility that transformed the behaviour of both society in general and criminal actors in particular, having an impact on crime rates. This led some analysts to consider the possibility of a "rebound effect on crime" after the end of the pandemic's safe haven. The aim of this article is to review the impact of the pandemic and its confinement measures on lethal violence against women in Mexico and Colombia. To do so, by means of a descriptive statistical exercise, we analyse the trend in homicide behaviour in both countries disaggregated by gender, focusing the analysis on 2019, 2020 and 2021, years considered as pre-pandemic, pandemic and post-pandemic periods. The findings demonstrate the lack of evidence of a significant increase in homicide, female homicide and femicide offences relative to the pre-pandemic period. Homicides of women and femicides show a continuity in the chain of violence against women throughout their lives.
A emergência de saúde causada pela pandemia de SARS-CoV-2 levou a limitações e mudanças na mobilidade que transformaram o comportamento da sociedade em geral e dos atores criminais em particular, com um impacto nas taxas de criminalidade. Isso levou alguns analistas a considerar a possibilidade de um "efeito rebote no crime" após o fim do refúgio seguro da pandemia. O objetivo deste artigo é analisar o impacto da pandemia e suas medidas de confinamento sobre a violência letal contra as mulheres no México e na Colômbia. Para isso, por meio de um exercício de estatística descritiva, analisamos a tendência do comportamento dos homicídios em ambos os países desagregados por gênero, concentrando a análise em 2019, 2020 e 2021, anos considerados como períodos pré-pandêmico, pandêmico e pós-pandêmico. Os resultados demonstram a falta de evidências de um aumento significativo nos crimes de homicídio, homicídio feminino e feminicídio em relação ao período pré-pandêmico. Os homicídios de mulheres e os feminicídios mostram uma continuidade na cadeia de violência contra as mulheres ao longo de suas vidas.
Subject(s)
Humans , COVID-19 , Mexico , Quarantine , Colombia , Violence Against WomenABSTRACT
Resumen El incremento de los índices de violencia en países como Colombia y México ha tenido un impacto diferencial en las mujeres, expresado este a través de múltiples formas, entre ellas, su expresión de mayor escala, el feminicidio. No obstante, su trasfondo de discriminación ha sido invisibilizado por los distintos actores que detentan el poder, el más importante de ellos, el Estado, que, desde las disposiciones normativas y las políticas públicas en torno al tema, sigue circunscribiendo el fenómeno a sus categorías íntimas, esto es, vinculándolo, principalmente, a las relaciones de afinidad y consanguinidad. En tal sentido, en materia de manejo de información sobre la violencia en contra de las mujeres y el feminicidio en particular, surgen dos retos fundamentales: la categorización y el subregistro. Frente a estos, tanto la legislación como la política pública colombiana y mexicana han dado pasos importantes; sin embargo, en función de atacar la violencia estructural y simbólica que subyace a la problemática, tal como afirma en Colombia la Corte Constitucional (2016), es necesario integrar la perspectiva de género en el derecho penal, flexibilizando, con esto, el acercamiento a la prueba para permitir la introducción de los elementos del contexto configurantes de la violencia de género.
Abstract The increase in violence rates in countries such as Colombia and Mexico has had a differential impact on women, expressed through multiple forms, including its larger scale expression, feminicide. However, its discrimination background has been made invisible by the different actors who hold power, being the most important of them, the State, who, from the regulatory provisions and public policies around the issue, continues to circumscribe the phenomenon to its intimate categories, that is, linking it, mainly, to relationships of affinity and consanguinity. In this regard, in the area of information management on violence against women and feminicide in particular, two fundamental challenges arise: categorization and underreporting. Faced with these, both Colombian and Mexican legislation and public policy have taken important steps; however, in order to attack the structural and symbolic violence that underlies the problem, as the Constitutional Court (2016) affirms in Colombia, it is necessary to integrate the gender perspective into criminal law, thereby making the approach to the test flexible, to allow the introduction of elements of context configurative of gender violence.
Resumo O incremento dos índices de violência em países como a Colômbia e o México tem tido um impacto diferencial nas mulheres, expressado este através de múltiplas formas, entre eles, a sua expressão de maior escala, o feminicídio. Não obstante, o seu pano de fundo de discriminação tem sido invisibilizado pelos distintos atores que detêm o poder, o mais importante deles, o Estado, que, desde as disposições normativas e as políticas públicas em torno ao tema, segue circunscrevendo o fenómeno à suas categorias íntimas, isto é, vinculando-o, principalmente, às relações de afinidade e consanguinidade. Neste sentido, em matéria de manejo de informação sobre a violência em contra das mulheres e o feminicídio em particular, surgem dois retos fundamentais: a categorização e o subregistro. Face a estes, tanto a legislação como a política pública colombiana e mexicana têm dado passos importantes; no entanto, em função de atacar a violência estrutural e simbólica que subjaz à problemática, tal como afirma na Colômbia a Corte Constitucional (2016), é necessário integrar a perspectiva de género no direito penal, flexibilizando, com isto, a aproximação à prova para permitir a introdução dos elementos do contexto que configuram violência de género.