ABSTRACT
OBJETIVO: Analisar o perfil dos usuários de lentes de contato entre os estudantes de medicina da Faculdade de Medicina de Botucatu da Universidade Estadual Paulista - UNESP - Botucatu (SP), quanto à ametropia, à aquisição, aos cuidados e às complicações. MÉTODOS: Foi aplicado um questionário aos alunos do 1° ao 6° ano de Medicina da Faculdade de Medicina de Botucatu da Universidade Estadual Paulista - UNESP - Botucatu (SP), perfazendo um estudo analítico transversal. RESULTADOS: Foram 566 entrevistados. Destes, 155 (27,4 por cento) usavam lente de contato. Das lentes de contato usadas, 94,8 por cento eram gelatinosas, e em 98,7 por cento o grau era negativo. O descarte dessas lentes era mensal em 46,9 por cento dos entrevistados e 63,9 por cento a utilizavam, em média, 14 horas/dia. Faziam aquisição da lente de contato em óptica ou farmácia 14,1 por cento dos estudantes. Faziam a higiene ao colocá-las e ao retirá-las dos olhos, 46,5 por cento. As complicações referentes aos olhos vermelhos eram 51,0 por cento; 44,5 por cento, embaçamento; e 42,6 por cento, sensação de corpo estranho, além de 4 estudantes relatarem "ceratite". CONCLUSÕES: A maioria dos alunos utilizava lentes hidrofílicas, descarte mensal e grau negativo. A adaptação inadequada, aquisição de lentes de contato em ópticas ou farmácias e complicações graves ocorreram, mesmo nos usuários socioculturalmente considerados diferenciados. Em vista disso, demanda a extrema necessidade de maior atenção na abordagem do tema em questão, a fim de prevenir o comprometimento visual permanente.