ABSTRACT
Foi demonstrado recentemente que o complexo de histocompatibilidade principal de classe I (MHC I), expresso no sistema nervoso central (SNC), não funciona somente como molécula com papel imunológico, mas também como parte de um mecanismo envolvido na plasticidade sináptica. A expressão de MHC I interfere na intensidade e seletividade da retração de sinapses em contato com neurônios que sofreram lesão e também influencia a reatividade das células gliais próximas a esses neurônios. A intensidade do rearranjo sináptico e resposta glial após lesão, ligadas à expressão de MHC I no SNC, repercute em diferenças na capacidade regenerativa e recuperação funcional em linhagens de camundongos isogênicos. Dessa forma, os novos aspectos sobre a função do MHC I no SNC direcionam futuras pesquisas no sentido de buscar o envolvimento do MHC I em doenças neurológicas e também o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas.
It has been recently demonstrated that the major histocompatibility complex of class I (MHC I) expressed in the central nervous system (CNS) does not only function as a molecule of the immune system, but also plays a role in the synaptic plasticity. The expression of MHC I influences the intensity and selectivity of elimination of synapses apposed to neurons that were subjected to lesion, besides influencing the reactivity of neighboring glial cells. MHC I expression and the degree of synaptic rearrangement and glial response after injury correlate with differences in the regenerative potential and functional recovery of isogenic mice strains. In this way, the new aspects regarding MHC I functions in the CNS may guide further studies aiming at searching the involvement of MCH I in neurologic disorders, as well as the development of new therapeutic strategies.
El complejo mayor de histocompatibilidad de clase I (MHC I), expresado en el sistema nervioso central (SNC), no sólo funciona como una molécula con función inmunológica, sino que es crucial para las respuestas del tejido nervioso en casos de lesiones. El MHC I está involucrado con los procesos de plasticidad sináptica y las células gliales en el microambiente de la médula espinal después de realizada axotomía periférica. La expresión de MHC I interfiere con la intensidad y la forma en que se producen la contracción y la eliminación de sinapsis con relación a las neuronas, cuyos axones se han comprometido, y también influye en la reactividad de las células gliales, cerca de estas neuronas. La intensidad de estos cambios, que responden a la expresión de MHC I en el SNC, implica diferencias en la capacidad de regeneración axonal de las células dañadas por axotomía, por lo que el nivel de expresión de las moléculas MHC I se relaciona con el proceso de regeneración de los axones y, en consecuencia, con la recuperación funcional. Por consiguiente, estos nuevos aspectos sobre la función del MHC I en el SNC orientan nuevas investigaciones con miras a entender el papel del MHC I en las enfermedades neurológicas y a desarrollar nuevas estrategias terapéuticas.
Subject(s)
Axons , Axotomy , Major Histocompatibility Complex , Neuronal Plasticity , Spinal Cord , SynapsesABSTRACT
Neste trabalho avaliou-se a eficácia do ultra-som contínuo e alta intensidade como tratamento na fasciíte plantar. Foram avaliadas 22 pessoas, com dor a mais de seis meses, através de questionário funcional e escala visual para a dor no primeiro apoio matinal. Vinte e sete pés foram distribuídos nos grupos: grupo 1 (alongamento + ultra-som desligado) e grupo 2 (alongamento + ultra-som 2 w/cm²). Após 15 sessões de tratamento, foi realizada análise dos valores absolutos e das porcentagens de melhora das variáveis coletadas. Houve melhora funcional para os dois grupos, sem diferença entre eles. A análise dos valores absolutos de intensidade de dor (primeira, oitava e última sessão) mostrou semelhança entre os grupos. A porcentagem de melhora nas 15 sessões não apresentou diferença entre os grupos. Esta porcentagem também foi calculada para dois períodos (antes e após a oitava sessão). Notou-se que a porcentagem de melhora das 15 sessões do grupo2 (46,5 por cento) foi inferior à porcentagem das oito primeiras sessões do grupo1 (54,6 por cento). Portanto, o ultra-som contínuo com alta intensidade não acrescentou ganhos em relação à função e à dor; além disso, apenas a realização de alongamentos específicos foi eficaz para a redução de mais de 50 por cento da dor na fasciíte plantar crônica.
In this study, the efficiency of continuous high-power ultrasound was assessed for plantar fasciitis treatment. Twenty two individuals were assessed, reporting pain lasting more than six months, through a functional questionnaire and visual scale for pain at the first morning load. Twenty seven feet were distributed into two groups: group 1 (stretching + ultrasound turned off) and group 2 (stretching + 2 w/cm² ultrasound). After 15 treatment sessions, an analysis of the absolute values and improvement percentages for collected variables was performed. A functional improvement was seen for both groups, with no difference between them. The analysis of the absolute values for pain intensity (at first, eighth, and last session) showed similarity between groups. The improvement percentage for 15 sessions did not present differences between both groups. That percentage was also calculated for two periods (before and after the eighth session). It was noted that the improvement percentage on all 15 sessions for group 2 (46.5 percent) was inferior to the percentage of the first eighth sessions for group 1 (54.6 percent). Thus, the high-power continuous ultrasound did not add value for function and pain; additionally, only specific stretching exercises were efficient in reducing more than 50 percent of the pain in chronic plantar fasciitis.