ABSTRACT
Avaliar descritivamente a experiência odontológica prévia, práticas de higiene bucal e hábitos alimentares de pacientes com Paralisia Cerebral (PC). Foi realizado um estudo observacional, do tipo transversal, com pacientes diagnosticados com PC através uma amostra de conveniência (n=27), com idade entre 3 e 14 anos, de ambos os sexos, que buscaram atendimento no ambulatório de pediatria do Hospital Universitário Materno Infantil, em São Luís MA, no período de julho a outubro de 2018. Foi aplicado um questionário estruturado ao cuidador contendo história médica e odontológica da criança, avaliando também as práticas de higiene bucal e hábitos alimentares. Verificou-se que 66.67% dos pacientes eram do sexo masculino, com média de idade de 8,5 anos. Todos os acompanhantes eram do sexo feminino e a maior parte apresentou baixa escolaridade. Dentro os participantes, 92,59% não apresentavam habilidade para realizar escovação dentária e 51,85% dos cuidadores nunca receberam orientação sobre os cuidados de higiene bucal; 70,37% dos participantes fazem o consumo de alimentos açucarados e pastosos, e mais da metade já tiveram experiência de cárie. O estudo mostrou deficiência na higienização e um alto consumo de açúcar. Nesse sentido, práticas de higiene bucal e instruções dietéticas devem ser reforçadas e orientadas aos cuidadores a fim de contribuir para melhor assistência e prevenção à saúde.
Descriptively evaluate the previous dental experience, oral hygiene practices and eating habits of patients with Cerebral Palsy (CP). An observational, cross-sectional study was carried out with patients diagnosed with CP through a convenience sample (n = 27), aged between 0 and 18 years, of both sexes, who sought care at the pediatric outpatient clinic of Materno Infantile University Hospital, at Federal University of Maranhão, in São Luís - MA, from July to October 2018. A structured questionnaire was applied to the caregiver containing the child's medical and dental history, also evaluating oral hygiene practices and eating habits. It was found that 66.67% of the patients were male, with a mean age of 8.5 years. All companions were female and most had low education. Within the participants, 92.59% did not have the ability to perform tooth brushing and 51.85% of the caregivers never received guidance on oral hygiene care; 70.37% of participants consume sugary and pasty foods, and more than half have had caries experience. The study showed poor hygiene and a high consumption of sugar. In this sense, oral hygiene practices and dietary instructions should be reinforced and oriented to caregivers in order to contribute to better health care and prevention.