ABSTRACT
Introduction: Sexually transmitted infections frequently affect pregnant women and, consequently, newborns. HIV and syphilis are vertically transmitted to children and co-infection requires special attention due to its clinical implications. Objective: To describe clinical aspects of HIV/syphilis coinfection during pregnancy and the exposure of newborns to infections treated at a pediatric reference hospital in Santa Catarina between 2015 and 2020. Methods: Observational, descriptive study, secondary to a line of research "Epidemiological description of children exposed to HIV" from January 2015 to December 2020 in a tertiary pediatric hospital in Santa Catarina. Results: 678 medical records were analyzed with ICD Z.206 (contact with and exposure to HIV), in which 71 (10.5%) newborns were exposed to HIV and Syphilis co-infection. Of these, 37 (52.1%) were male, 14 (19.7%) confirmed a diagnosis of HIV and 30 (42.2%) of congenital syphilis. Of the co-infected pregnant women, 38 (53.5%) were diagnosed with HIV prior to pregnancy, 53 (74.6%) used ART and 40 (52.1%) used harmful substances. Furthermore, 34 (46.4%) pregnant women had a minimum number of 6 prenatal consultations, 35 (49.3%) had vaginal births and 29 (40.8%) had undetectable HIV RNA quantification at the time of delivery. HIV prophylaxis for newborns occurred in 66 (92.9%) of cases. Conclusion: It is concluded that the studied population was mostly made up of pregnant women who were diagnosed with HIV infection prior to pregnancy. Of these, the majority were using ART, but the minority carried out the minimum number of consultations recommended by the Ministry of Health. Regarding newborns, the majority received HIV prophylaxis. (AU)
Introdução: As infecções sexualmente transmissíveis afetam frequentemente gestantes e, consequentemente, os recém-nascidos (RN). O vírus da imunodeficiência humana (HIV) e a sífilis são transmitidos verticalmente para as crianças e a coinfecção requer atenção especial por suas implicações clínicas. Objetivo: Descrever aspectos clínicos da coinfecção HIV/sífilis na gestação e da exposição de RN às infecções atendidos em um hospital de referência pediátrica em Santa Catarina entre 2015 e 2020. Métodos: Estudo observacional, descritivo, secundário à linha de pesquisa "Descrição epidemiológica de crianças expostas ao HIV" no período de janeiro de 2015 a dezembro de 2020, em um hospital pediátrico terciário de Santa Catarina. Resultados: Foram analisados 678 prontuários com Classificação Internacional de Doenças CID Z.206 (contato com e exposição ao HIV), nos quais 71 (10,5%) RN foram expostos à coinfecção HIV e sífilis. Destes, 37 (52,1%) eram do sexo masculino, 14 (19,7%) confirmaram diagnóstico de HIV e 30 (42,2%) de sífilis congênita. Das gestantes coinfectadas, 38 (53,5%) possuíam diagnóstico do HIV prévio à gestação, 53 (74,6%) usaram terapia antirretroviral (TARV) e 40 (52,1%) utilizaram substâncias nocivas. Ainda, 34 (46,4%) gestantes obtiveram o número mínimo de seis consultas pré-natais, 35 (49,3%) realizaram partos vaginais e 29 (40,8%) possuíam quantificação RNA-HIV não detectável no momento do parto. A profilaxia para o HIV do RN ocorreu em 66 (92,9%) dos casos. Conclusão: Conclui-se que a população estudada foi formada, na sua maioria, por gestantes que receberam o diagnóstico de infecção pelo vírus do HIV prévio à gestação. Destas, a maioria estava em uso de TARV, porém a minoria realizou o número mínimo de consultas preconizadas pelo Ministério da Saúde. Com relação aos RN, a maioria recebeu profilaxia ao HIV. (AU)
Subject(s)
Humans , Pregnancy , Infant, Newborn , Syphilis, Congenital , HIV Infections , Infectious Disease Transmission, Vertical , Pediatrics , Pregnancy Complications, Infectious , Infant, Newborn , HIVABSTRACT
Resumo Objetivo Avaliar a estrutura e o fluxo assistencial do acolhimento - classificação de risco e emergência obstétrica em uma maternidade pública no contexto da COVID-19. Métodos Estudo do tipo avaliação normativa e observacional nos setores de Acolhimento (Classificação de Risco e Emergência Obstétrica) de uma maternidade pública no Rio de Janeiro. A coleta de dados foi realizada de junho a agosto de 2020 por 480 horas de observação direta não participante, com registros sistematizados em checklist contendo variáveis relacionadas à disponibilidade e conformidade dos recursos estruturais, e à conformidade do fluxo assistencial. Os dados foram organizados em planilhas (Microsoft Excel® 2010) e analisados usando a estatística descritiva. Resultados A avaliação da estrutura obteve 80,3% de disponibilidade, resultando em classificação de alta disponibilidade e 91,1% de conformidade, obtendo conformidade adequada. O fluxo assistencial mostrou 72,7% de conformidade total; 9,1% de conformidade parcial e 18,2% de não cumprimento, configurando-se como alta conformidade. Conclusão A avaliação normativa indicou altas disponibilidade e conformidade em estrutura e fluxo assistencial nos cenários estudados.
Resumen Objetivo Evaluar la estructura y el flujo de asistencia de recepción, clasificación de riesgo y emergencia obstétrica, en una maternidad pública en el contexto del COVID-19. Métodos Estudio tipo evaluación normativa y observacional en los sectores de Recepción (clasificación de riesgo y emergencia obstétrica) de una maternidad pública en Rio de Janeiro. La recopilación de datos se realizó de junio a agosto de 2020 durante 480 de observación directa no participante, con registros sistematizados en una checklist con variables relacionadas con la disponibilidad y conformidad de los recursos estructurales y con la conformidad del flujo de asistencia. Los datos se organizaron en planillas (Microsoft Excel® 2010) y se analizaron usando la estadística descriptiva. Resultados La evaluación de la estructura obtuvo un 80,3 % de disponibilidad, que tuvo como resultado una clasificación de alta disponibilidad, y un 91,1 % de conformidad, con una conformidad adecuada. El flujo de asistencia mostró un 72,7 % de conformidad total, un 9,1 % de conformidad parcial y un 18,2 % de no cumplimiento, lo que se configura como alta conformidad. Conclusión La evaluación normativa indicó alta disponibilidad y alta conformidad en estructura y flujo de asistencia en los escenarios estudiados.
Abstract Objective Evaluate the structure and care flow - risk classification and obstetric emergency in a public maternity hospital in the context of COVID-19. Methods Normative and observational evaluation study in the Care sectors (Risk Classification and Obstetric Emergency) of a public maternity hospital in Rio de Janeiro. Data collection was carried out from June to August 2020 for 480 hours of non-participant direct observation, with records systematized in a checklist containing variables related to the availability and compliance of structural resources, and the compliance of the care flow. Data were organized into spreadsheets (Microsoft Excel® 2010) and analyzed using descriptive statistics. Results The framework assessment scored 80.3% availability, resulting in a high availability rating, and 91.1% compliance, achieving adequate compliance. The care flow showed 72.7% of total compliance; 9.1% of partial compliance and 18.2% of non-compliance, configuring high compliance. Conclusion Normative evaluation indicated high availability and compliance in structure and care flow in the studied scenarios.
ABSTRACT
ABSTRACT A 7-week-old male delivered by cesarean section presented with a positive serology for dengue along with preretinal and retinal hemorrhages, vitreous opacities and cotton wool spots. The patient and his mother had positive serologies for Non Structural Protein 1 (NS1) by ELISA. Retinal and vitreous findings improved over a sixteen-week period. Spectral domain optical coherence tomography (OCT) showed preserved macular architecture. In this case report, we suggest that retinal and vitreous changes may be the ocular presenting features of vertically transmitted dengue in newborns, and that those findings may resolve with no major structural sequelae.
RESUMO Neonato de 7 semanas, do sexo masculino, nascido de parto cesárea, apresentou sorologia positiva para dengue com hemorragias retinianas e pré-retinianas, opacidades vítreas e manchas algodonosas. O paciente e sua mãe haviam apresentado sorologias positivas para Non Structural Protein 1 através de ELISA. Achados na retina e no vítreo melhoraram em um período de dezesseis semanas. O exame de tomografia de coerência óptica de domínio espectral demonstrou arquitetura macular preservada. Neste relato de caso, sugerimos que alterações na retina e no vítreo podem ser os achados oculares aparentes em neonatos com infecção vertical por dengue, e que estes podem se resolver sem maiores sequelas estruturais.
ABSTRACT
Introducción: las infecciones virales durante el embarazo pueden provocar complicaciones maternas y fetales. Es importante describir las repercusiones maternas y fetales de la enfermedad COVID-19. Objetivos: describir y analizar las características de las pacientes que presentaron infección a SARS-CoV-2 durante la gestación y los resultados maternos y fetales. Material y método: se realizó un estudio de casos y controles. Se incluyeron todas las pacientes embarazadas que presentaron infección por SARS-CoV-2 y que fueran hospitalizadas en una institución de asistencia privada (casos) en el período 1/3/2021 - 31/7/2021. Los controles se tomaron de pacientes embarazadas que estuvieran ingresadas en igual período de tiempo pero que resultaron negativas para las pruebas de SARS-CoV-2. Se incluyeron dos controles por cada caso. Las variables maternas consideradas fueron: trabajo de parto prematuro, diabetes gestacional, estado hipertensivo del embarazo, preeclampsia (severa o no severa), muerte fetal, restricción del crecimiento fetal, abruptio placentae. Las variables neonatales consideradas fueron: estado vital, peso del recién nacido (RN), Apgar al minuto y a los cinco minutos, necesidad de ingreso a una unidad especializada en cuidados neonatales y días de estadía. Se registraron las pruebas para COVID-19 y la condición del RN al alta. Resultados: las características demográficas maternas fueron comparables en ambos grupos. Se observaron 21 (55%) complicaciones obstétricas en el grupo casos y 117 (44,7%) en el grupo controles; OR = 4,2 (IC 95%: 1,9-9,7). Se identificaron 12 (30,8%) complicaciones neonatales en el grupo casos y 3 (3,8%) en el grupo control; OR = 11,2 (IC 95%: 2,9-42,9). El grupo casos estuvo asociado con una menor probabilidad de estar vacunados; OR = 0,3 (IC 95%: 0,13-0,75). Conclusiones: reportamos un riesgo aumentado de resultados maternos y neonatales adversos relacionados con la infección por el virus SARS-CoV-2. La vacunación confirma ser una herramienta valiosa contra esta infección viral.
Introduction: Viral infections during pregnancy can lead to maternal and fetal complications. It is important to describe the maternal and fetal implications of COVID-19 disease. Objetives: To describe and analyze the characteristics of patients who experienced SARS-CoV-2 infection during gestation, and maternal and fetal outcomes. Method: A case-control study was conducted. All pregnant patients who presented SARS-CoV-2 infection and were hospitalized in a private healthcare institution (cases) during the period 1/03/2021 - 31/07/2021 were included in the study. Controls were selected from pregnant patients who were admitted during the same time but tested negative for SARS-CoV-2. Two controls were included for each case. The maternal variables considered were preterm labor, gestational diabetes, preeclampsia, (severe or non-severe) preeclampsia, fetal death, fetal growth restriction, placental abruption. The neonatal variables considered were vital status, newborn weight, one-minute and five-minute Apgar scores, need for admission to a specialized neonatal care unit, and length of stay in days. COVID-19 tests for the newborn and their condition at discharge were recorded. Results: Maternal demographic characteristics were comparable in both groups. Twenty-one (55%) obstetric complications were observed in the case group, and 117 (44.7%) in the control group; OR= 4.2 (95% CI: 1.9-9.7). Twenty-one (30.8%) neonatal complications were observed in the case group, and 3 (3.8%) in the control group; OR= 11.2 (95% CI: 2.9-42.9). The case group was associated with a lower likelihood of being vaccinated; OR = 0.3 (95% CI: 0.13-0.75). Conclusions: We report an increased risk of adverse maternal and neonatal outcomes associated with SARS-CoV-2 virus infection. Vaccination proves to be a valuable tool against this viral infection.
Introdução: as infecções virais durante a gravidez podem causar complicações maternas e fetais. É importante descrever as repercussões maternas e fetais da COVID-19. Objetivos: descrever e analisar as características das pacientes que apresentaram infecção por SARS-CoV-2 durante a gravidez e os desfechos maternos e fetais. Material e métodos: foi realizado um estudo caso-controle. Foram incluídas todas as gestantes que apresentaram infecção por SARS-CoV-2 e que estiveram internadas em instituição privada (casos) no período de 01 de março a 31 de julho de 2021. Os controles foram pacientes grávidas hospitalizadas durante o mesmo período de tempo, mas com teste negativo para SARS-CoV-2. Dois controles foram incluídos para cada caso. As variáveis maternas consideradas foram: trabalho de parto prematuro, diabetes gestacional, estado hipertensivo da gravidez, pré-eclâmpsia (grave ou não grave), óbito fetal, restrição do crescimento fetal, descolamento prematuro da placenta. As variáveis neonatais consideradas foram: estado vital, peso do recém-nascido (RN), Apgar de um e cinco minutos, necessidade de internação em unidade especializada em cuidados neonatais e dias de internação. Os resultados dos testes para COVID-19 e a condição do recém-nascido na alta foram registrados. Resultados: As características demográficas maternas foram comparáveis em ambos os grupos. 21 (55%) complicações obstétricas foram observadas no grupo caso e 117 (44,7%) no grupo controle; OR= 4,2 (IC 95%: 1,9-9,7). 12 (30,8%) complicações neonatais foram identificadas no grupo caso e 3 (3,8%) no grupo controle; OR = 11,2 (IC 95%: 2,9-42,9). O grupo de casos foi associado a uma menor probabilidade de ser vacinado; OR = 0,3 (IC 95%: 0,13-0,75). Conclusões: Relatamos um risco aumentado de resultados maternos e neonatais adversos relacionados à infecção pelo vírus SARS-CoV-2. A vacinação confirma ser uma ferramenta valiosa contra esta infecção viral.
Subject(s)
Humans , Pregnancy , Infant, Newborn , Pregnancy Complications, Infectious , Infectious Disease Transmission, Vertical , COVID-19 , PregnancyABSTRACT
ABSTRACT Objective: To assess the evolution of COVID-19 among Brazilian pregnant women, identifying sociodemographic and clinical predictors related to admission to ICU - Intensive Care Unit and death. Method: Cross-sectional, population-based study, carried out with a secondary database, based on data from the Influenza Epidemiological Surveillance Information System. Descriptive analysis was performed, followed by multiple linear regression with Poisson response, adopting critical p < 0.05. Results: Intensive care admission rates of 28.2% and death rates of 9.5% were identified. Region of residence, gestational trimester, number of comorbidities and respiratory signs and symptoms were associated with the risk of admission to intensive care. Age over 34 years, comorbidities, oxygen saturation equal to or less than 95%, admission to intensive care and ventilatory support, invasive or not, increased the risk of death. Conclusion: Sociodemographic and clinical predictors showed an association with hospitalization in intensive care and death of pregnant women with COVID-19.
RESUMEN Objetivo: Evaluar la evolución de la COVID-19 entre gestantes brasileñas, identificando predictores sociodemográficos y clínicos relacionados con el ingreso en unidad de cuidados intensivos y la muerte. Método: Estudio transversal, de base poblacional, realizado con una base de datos secundaria, a partir de datos del Sistema de Información de Vigilancia Epidemiológica de Influenza. Se realizó un análisis descriptivo, seguido de regresión lineal múltiple con respuesta de Poisson, adoptando una p crítica <0,05. Resultados: Se identificaron tasas de ingreso a cuidados intensivos del 28,2% y tasas de mortalidad del 9,5%. La región de residencia, el trimestre gestacional, el número de comorbilidades y los signos y síntomas respiratorios se asociaron con el riesgo de ingreso a cuidados intensivos. La edad mayor de 34 años, las comorbilidades, la saturación de oxígeno igual o inferior al 95%, el ingreso a cuidados intensivos y el soporte ventilatorio, sea invasivo o no, aumentaron el riesgo de muerte. Conclusión: Los predictores sociodemográficos y clínicos mostraron asociación con la hospitalización en cuidados intensivos y la muerte en gestantes con COVID-19.
RESUMO Objetivo: Avaliar a evolução da COVID-19 entre gestantes brasileiras, identificando-se os preditores sociodemográficos e clínicos relacionados à internação em unidade de terapia intensiva e ao óbito. Método: Estudo transversal e de base populacional, realizado com banco de dados secundários, a partir de dados do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe. Realizou-se análise descritiva, seguida de regressão linear múltipla com resposta Poisson, adotando-se p crítico <0,05. Resultados: Identificaram-se taxas de internação em terapia intensiva de 28,2% e de óbito de 9,5%. Região de residência, trimestre gestacional, número de comorbidades e sinais e sintomas respiratórios associaram-se ao risco de internação em terapia intensiva. Idade superior a 34 anos, comorbidades, saturação de oxigênio igual ou inferior a 95%, internação em terapia intensiva e suporte ventilatório, invasivo ou não, aumentaram o risco de óbito. Conclusão: Preditores sociodemográficos e clínicos mostraram associação com a hospitalização em terapia intensiva e com o óbito de gestantes com COVID-19.
Subject(s)
Humans , Female , Pregnancy , Pregnancy , Maternal Death , COVID-19 , Pregnancy Complications, Infectious , Hospitalization , Intensive Care UnitsABSTRACT
RESUMO Objetivo: construir e validar um cenário de simulação clínica sobre a testagem rápida e aconselhamento para o HIV em gestantes. Método: estudo metodológico, de validação de aparência e conteúdo, desenvolvido no período de junho a outubro de 2020 por meio da técnica Delphi. Para a validação, foram incluídos os juízes que obtiveram cinco ou mais pontos segundo os critérios de Fehring adaptados. Os dados foram analisados mediante o cálculo do Índice de Validade de Conteúdo (IVC). Resultados: depois da primeira rodada Delphi, dois itens (5,7%) não atingiram o I-CVI necessário para validação em todos os critérios avaliados, que foram: comportamental, objetividade, simplicidade, clareza, relevância, precisão, variedade, modalidade, tipicidade e credibilidade. Ao final da segunda rodada Delphi, todos os itens (100%) atingiram o I-CVI necessário para validação. Conclusão: o roteiro se mostrou válido, contribuindo para subsidiar o ensino da testagem e do aconselhamento de gestante sobre o HIV.
ABSTRACT Objective: to construct and validate a clinical simulation scenario on rapid HIV testing and counseling in pregnant women. Method: methodological study, of appearance and content validation, developed between June and October 2020 through the Delphi technique. For validation, the judges who obtained five or more points according to the adapted Fehring criteria were included. The data were analyzed by calculating the Content Validity Index (CVI). Results: After the first Delphi round, two items (5.7%) did not reach the I-CVI required for validation in all the criteria evaluated, which were: behavioral, objectivity, simplicity, clarity, relevance, accuracy, variety, modality, typicality, and credibility. At the end of the second Delphi round, all items (100%) reached the I-CVI required for validation. Conclusion: the script proved to be valid, contributing to subsidize the teaching of HIV testing and counseling of pregnant women.
RESUMEN Objetivo: construir y validar un escenario de simulación clínica sobre pruebas rápidas y asesoramiento para el VIH en mujeres embarazadas. Método: estudio metodológico, de valoración de la apariencia y el contenido, desarrollado en el período de junio a octubre de 2020 mediante la técnica Delphi. Para la validación, se incluyeron los jueces que obtuvieron cinco o más puntos según los criterios adaptados de Fehring. Los datos se analizaron calculando el Índice de Validez del Contenido (IVC). Resultados: Tras la primera ronda Delphi, dos ítems (5,7%) no alcanzaron el I-CVI requerido para la validación en todos los criterios evaluados, que fueron: comportamiento, objetividad, simplicidad, claridad, relevancia, precisión, variedad, modalidad, tipicidad y credibilidad. Al final de la segunda ronda Delphi, todos los ítems (100%) alcanzaron el I-CVI requerido para la validación. Conclusión: el rodillo se mostró válido, contribuyendo a subvencionar la enseñanza de la prueba y el asesoramiento de gestores sobre el VIH.
Subject(s)
Humans , Female , Pregnancy , Pregnancy Complications, Infectious/diagnosis , HIV Infections/diagnosis , Directive Counseling/methods , Simulation Training/methods , HIV Testing/methods , Reproducibility of Results , Delphi Technique , Patient SimulationABSTRACT
ABSTRACT Objective: Our aim was to describe the prevalence of diseases during pregnancy and the association between fetal exposure to the most frequent maternal diseases and the risk of preterm (PTB) and/or small for gestational age (SGA) newborns in an unselected sample of women who gave birth in South American countries. Methods: We conducted a descriptive, cross-sectional study including 56,232 mothers of non-malformed infants born between 2002 and 2016, using data from the Latin American Collaborative Study of Congenital Malformations (ECLAMC). Diseases with higher- than-expected PTB/SGA frequencies were identified. Odds ratios of confounding variables for diseases and birth outcomes were calculated with a multivariable logistic regression. Results: Of the 14 most reported diseases, hypertension, genitourinary infection, epilepsy, hypothyroidism, diabetes, and HIV/AIDS showed higher PTB and/or SGA frequencies. Advanced and low maternal age, previous fetal loss, low socioeconomic level, and African-American ancestry were associated with PTB, while advanced maternal age, primigravidity, previous fetal loss, low socioeconomic level, and African-American ancestry were associated with SGA. After adjusting for the associated variables, the identified illnesses maintained their association with PTB and all, except epilepsy, with SGA. Conclusion: The description of an unselected population of mothers allowed identifying the most frequent diseases occurring during gestation and their impact on pregnancy outcomes. Six diseases were associated with PTB and two with SGA newborns. To the best of our knowledge, there are no similar reports about women not intentionally selected by specific diseases during pregnancy in South American populations.
RESUMO Objetivo: Descrever a prevalência de doenças durante a gravidez e a associação entre a exposição fetal às doenças maternas mais prevalentes e o risco de recém-nascidos prematuros (PP) e/ou pequenos para a idade gestacional (PIG) em uma amostra não selecionada de mulheres que deram à luz em países da América do Sul. Métodos: Estudo descritivo transversal que incluiu 56.232 mães de crianças não malformadas nascidas entre 2002 e 2016, utilizando dados do Estudo Colaborativo Latino-americano de Malformações Congênitas (ECLAMC). Foram identificadas as doenças com maior número de casos observado/esperado de PP/PIG. O esperado foi obtido dos controles sem doenças. Odds ratios para variáveis de confusão de doença e eventos ao nascimento foram calculadas usando regressão logística multivariada. Resultados: Das 14 doenças mais referidas, hipertensão, infecção geniturinária, epilepsia, hipotireoidismo, diabetes e HIV/AIDS apresentaram maiores frequências de PP e/ou PIG. Idade materna nos dois extremos, perda fetal prévia, baixo nível socioeconômico e ascendência afro-americana foram associados a PP, enquanto idade materna avançada, primigravidez, perda fetal prévia, baixo nível socioeconômico e ascendência afro-americana foram associados a PIG. Após ajuste para as variáveis associadas, as doenças identificadas mantiveram associação com PP e todas, exceto epilepsia, com PIG. Conclusão: A descrição de uma população não selecionada de gestantes possibilitou identificar as doenças mais frequentes e seu impacto nos resultados adversos na gravidez. Seis doenças foram associadas a PP e duas a recém-nascidos PIG. Até onde sabemos, não há relatos semelhantes sobre mulheres não selecionadas intencionalmente por doenças específicas durante a gravidez em populações sul-americanas.
ABSTRACT
Relatamos um caso de uma paciente feminina, gestante de terceiro trimestre, em acompanhamento pré-natal regular na unidade básica de saúde, com boa evolução gestacional, porém apresentando lesões de pele há cerca de um ano, acompanhadas de alteração de sensibilidade, além de fáscies infiltrada e madarose. Sendo o Brasil um país endêmico em Hanseníase, ocupando o 2º lugar no mundo em número de novos casos, chama a atenção o diagnóstico tardio da paciente em questão. Aproveitamos este emblemático relato de caso para discutir aspectos importantes em relação à terapêutica no período gestacional (poliquimioterapia conforme manual do ministério, sem nenhuma alteração por conta da gestação), desfecho obstétrico, orientações quanto à lactação (não contra-indicada com a mãe em tratamento; pelo contrário, devendo ser estimulada) e cuidado ao recém nato. [au]
We report a case of a pregnant female patient in the third trimester undergoing regular prenatal care at a Basic Health Unit, with good gestational evolution, but presenting skin lesions for approximately a year accompanied by changes in sensitivity, in addition to facial infiltration and madarosis. Considering Brazil as an endemic country for leprosy, ranking 2nd in the world concerning the number of new cases, late diagnosis of the patient in question stands out. We use this emblematic case report to discuss important aspects concerning the treatment of leprosy during the gestational period (multidrug therapy according to the Ministry of Health manual, without any changes due to pregnancy), obstetric outcome, guidelines regarding breastfeeding (not contraindicated with the mother in treatment; on the contrary, it should be stimulated) and care for the newborn. [au]
ABSTRACT
RESUMO Objetivo: relatar o desenvolvimento e implementação de fluxos para atendimento de gestantes com suspeita ou confirmação de COVID-19 no Centro Obstétrico de um hospital público. Método: estudo descritivo, do tipo relato de experiência, realizado em um hospital público de Porto Alegre/RS, referência para atendimento de gestantes com COVID-19. Resultados: descreveram-se fluxos para atendimento à gestante com suspeita ou confirmação de COVID-19 nas seguintes situações: acolhimento e classificação de risco em obstetrícia; indução e/ou trabalho de parto ativo; e cirurgia cesariana. A aplicação dos fluxos descritos possibilitou a organização assistencial e contribuiu para a investigação e diagnóstico precoce de COVID-19, bem como para o controle da transmissão dessa doença em ambiente hospitalar. Considerações finais: a elaboração de fluxos para atendimento de gestantes, no contexto da pandemia de COVID-19, é demanda primordial para os serviços de saúde, a fim de organizar e qualificar a assistência, promovendo práticas baseadas em evidências científicas e evitando intervenções e restrições desnecessárias.
RESUMEN Objetivo: relatar el desarrollo y la implementación de flujos para la atención a las gestantes con sospecha o confirmación de COVID-19 en el Centro Obstétrico de un hospital público. Método: estudio descriptivo, del tipo relato de experiencia, realizado en un hospital público de Porto Alegre/RS-Brasil, referencia para atención de gestantes con COVID-19. Resultados: se describieron flujos para la atención a la gestante con sospecha o confirmación de COVID-19 en las siguientes situaciones: acogida y clasificación de riesgo en obstetricia; inducción y/o trabajo de parto activo; y cirugía cesárea. La aplicación de los flujos descriptos posibilitó la organización asistencial y contribuyó para la investigación y el diagnóstico precoz de COVID-19, así como para el control de la transmisión de esta enfermedad en ambiente hospitalario. Consideraciones finales: la elaboración de flujos para la atención de gestantes, en el contexto de la pandemia de COVID-19, es demanda primordial para los servicios de salud, a fin de organizar y calificar la asistencia, promoviendo prácticas basadas en evidencias científicas, evitando intervenciones y restricciones innecesarias.
ABSTRACT Objective: to report the development and implementation of flows to care for pregnant women with suspected or confirmed COVID-19 at the Obstetric Center of a public hospital. Method: a descriptive study, of the experience report type, carried out in a public hospital in Porto Alegre/RS, a reference for the care of pregnant women with COVID-19. Results: flows to care for pregnant women with suspected or confirmed COVID-19 were described in the following situations: reception and risk classification in obstetrics; induction and/or active childbirth; and cesarean surgery. The application of the described flows made it possible to organize assistance and contributed to the investigation and early diagnosis of COVID-19, as well as to control the transmission of this disease in a hospital environment. Final considerations: the elaboration of flows for the care of pregnant women, in the context of the COVID-19 pandemic, is a primary demand for health services, in order to organize and qualify the assistance, promoting practices based on scientific evidence and avoiding unnecessary interventions and restrictions.
Subject(s)
Humans , Female , Medical Care , Delivery Rooms , COVID-19 , Patient Care Team , Patient Isolation , Pregnancy Complications, Infectious , Infant, Newborn , Cesarean Section , Risk , Delivery of Health Care , Pregnant Women , User Embracement , Personal Protective Equipment , Hospitals, Public , ObstetricsABSTRACT
A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível comum em todo o mundo. Objetivo: Analisar os casos notificados/confirmados de sífilis gestacional em Joinville - SC. Método: Estudo descritivo, realizado por meio da análise de dados secundários de forma retrospectiva, no período de 2010 a 2019. Foram investigadas 1039 gestantes com sífilis, a partir dos dados extraídos do Sistema de Processamento de Dados do DATASUS. Resultados: A maioria das gestantes possuía idade igual ou inferior a 29 anos, sem ocupação remunerada e de baixa renda. A maior parte teve o diagnóstico da sífilis e foi notificada no 3o trimestre de gestação. A classificação clínica da sífilis predominante foi sífilis latente. 92% das gestantes foram tratadas e 52% dos parceiros. Conclusões: Observou-se que mulheres jovens, sem ocupação remunerada e baixa renda estão mais suscetíveis a Infecções Sexualmente Transmissíveis. Outros achados foram o diagnóstico tardio da sífilis entre as gestantes e a condição de parceiros não tratados.
Subject(s)
Humans , Female , Pregnancy , Adult , Young Adult , Pregnancy Complications, Infectious/epidemiology , Syphilis/epidemiology , Severity of Illness Index , Brazil/epidemiology , Syphilis/diagnosis , Residence Characteristics , Retrospective Studies , Delayed Diagnosis , Sociodemographic FactorsABSTRACT
Abstract Objectives: to evaluate the morbidity and mortality profile and factors associated with death due to severe acute respiratory syndrome (SARS) by COVID-19 in pregnant and postpartum women. Methods: this is a quantitative and retrospective research that analyzed the SIVEP-gripe Database (Influenza Epidemiological Surveillance Information System), from 01/01/2020 to 04/01/2021. All pregnant women and postpartum women diagnosed with SARS caused by COVID-19 in the State of Minas Gerais were included. After the descriptive analysis of the hospitalizations profile, the association between different exposure variables and the occurrence of death was evaluated. Results: of the 227 records obtained, 94.3% required hospitalization. Among hospitalizations in the Intensive Care Unit, 29.8% used invasive ventilatory support. Fifteen deaths were recorded. The most frequent clinical manifestations were: cough and fever; the predominant comorbidities were cardiovascular disease and diabetes mellitus. The variables "ICU stay", "use of ventilatory support" and "heart disease" were associated with the occurrence of deaths. Conclusions: hospitalization was necessary for most pregnant women with SARS and the presence of previous heart disease increased the risk of death. Knowing the SARS morbidity and mortality profile is important in the definition of public health strategies aimed at reducing the impacts of COVID-19 during pregnancy and the puerperium.
Resumo Objetivos: avaliar o perfil de morbimortalidade e fatores associados ao óbito pela Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por COVID-19 em gestantes e puérperas. Métodos: tratase de urna pesquisa quantitativa e retrospectiva que analisou o Banco de Dados SIVEP-gripe (Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe), no período de 01/01/2020 a 04/01/2021. Foram incluídas todas as gestantes e puérperas com diagnóstico de SRAG causada por COVID-19 no Estado de Minas Gerais. Após a análise descritiva do perfil das internações, avaliou-se a associação entre diferentes variáveis de exposição e a ocurrência de óbito. Resultados: dos 227 registros obtidos, 94,3% necessitaram de hospitalização. Dentre as internações em Unidade de Terapia Intensiva, 29,8%fizeram uso de suporte ventilatório invasivo. Quinze óbitos foram registrados. As manifestações clínicas mais frequentes foram: tosse e febre; já as comorbidades predominantes foram doença cardiovascular e diabetes mellitus. As variáveis "internação em UTI", "uso de suporte ventilatório" e "cardiopatia" apresentaram associação com ao corrência de óbitos. Conclusão: a hospitalização foi necessária para a maioria das gestantes com SRAG e a presença de cardiopatia prévia aumentou o risco de óbito. Conhecer o perfil de morbimortalidade por SRAG é importante na definição de estratégias de saúde pública que visem à redução dos impactos da COVID-19 na gestação e puerpério.
Subject(s)
Humans , Female , Pregnancy , Comorbidity , Indicators of Morbidity and Mortality , Severe Acute Respiratory Syndrome/mortality , Pregnant Women , Postpartum Period , COVID-19/mortality , Pregnancy Complications, Infectious , Brazil/epidemiology , Risk Factors , COVID-19/epidemiology , Heart Diseases , Intensive Care UnitsABSTRACT
A COVID-19 pode provocar um quadro respiratório agudo e sua sintomatologia varia de leve a crítica, culminando, às vezes, com à morte. Em relação às grávidas, existem poucas informações, relata-se, portanto o primeiro caso descrito no Brasil de uma gestante de 19 anos, que apresentava dispneia, hipóxia, tosse produtiva e febre, sendo diagnosticada com COVID-19. Após a evolução para a síndrome respiratória aguda grave foi submetida a cesárea de urgência devido a insuficiência respiratória materna e sofrimento fetal agudo. Após o parto, a parturiente foi encaminhada a unidade de terapia intensiva (UTI) e mantida sob ventilação pulmonar com parâmetros elevados. No décimo dia de internamento na UTI, houve progressão da insuficiência respiratória, coagulação vascular disseminada e hemorragia pulmonar que culminou com o óbito. Em função da gravidade, o recém-nascido (RN) foi entubado e encaminhado a unidade de terapia intensiva neonatal, onde apresentou melhora progressiva, sendo suspenso o oxigênio no vigésimo dia de vida. O RN recebeu alta hospitalar 29 dias após a internação, sem alteração no estado clínico geral. No presente estudo o parto cesariano mostrou-se seguro, ficando o RN isento de contaminação do SARS-CoV-2, ainda que, em sofrimento fetal os cuidados intensivos foram eficientes culminando com boa evolução e alta hospitalar.
COVID-19 can cause an acute respiratory condition and its symptoms vary from mild to critical, sometimes culminating in death. Regarding pregnant women, there is little information, therefore, the first case reported in Brazil of a 19-year-old pregnant woman, who had dyspnea, hypoxia, productive cough and fever, being diagnosed with COVID-19. After progressing to severe acute respiratory syndrome, she underwent an emergency cesarean section due to maternal respiratory failure and acute fetal distress. After delivery, the parturient was referred to the intensive care unit (ICU) and kept under pulmonary ventilation with high parameters. On the tenth day of admission to the ICU, there was a progression of respiratory failure, disseminated vascular coagulation and pulmonary hemorrhage that culminated in death. Depending on the severity, the newborn (NB) was intubated and sent to the neonatal intensive care unit, where he showed progressive improvement, with oxygen being suspended on the 20th day of life. The NB was discharged from the hospital 29 days after admission, with no changes in general clinical status. In the present study, cesarean delivery proved to be safe, leaving the newborn free from SARS-CoV-2 contamination, even though, in fetal distress, intensive care was efficient, culminating in a good evolution and hospital discharge.
ABSTRACT
ABSTRACT Objective To evaluate the prevalence of group B Streptococci in pregnant women of a corporate health program, as well as the epidemiological correlations. Methods This retrospective study used medical records of patients who participated of the prenatal care program at a private hospital in the city of São Paulo (SP), Brazil, from 2015 to 2016. Those who abandoned the program or had incomplete data in their medical records were excluded. Quantitative variables were described by means, standard deviations, median, minimal and maximal values. Parity and socioeconomic status were described by absolute frequency and percentages. We used logistic regression models in the software (SPSS) to analyze correlations of variables according to vaginal-rectal culture, considering a 95%CI and p-values. Variables were age, number of pregnancies, weight gain in pregnancy and gestational age at delivery. Results A total of 347 medical records were included, and after applying the exclusion criteria, 287 medical records composed the final sample. Patients' age ranged between 17 and 44 years. Mean age was 30.6 years, 67 patients had positive result for group B Streptococcus (prevalence of 23.3%; 95%CI: 18.7-28.5). Conclusion Considering the high prevalence of group B Streptococcus in our service, the antibiotic prophylaxis strategy based on rectovaginal culture screening approach seems to be cost-effective.
RESUMO Objetivo Identificar a prevalência de estreptococo do grupo B entre gestantes que frequentaram um programa de saúde corporativa, bem como as correlações com a colonização positiva. Métodos Estudo retrospectivo dos prontuários do pré-natal de um hospital privado em São Paulo, no período de 2015 a 2016. Foram excluídas as mulheres que abandonaram o programa ou apresentavam dados incompletos nos prontuários. As variáveis quantitativas foram descritas por média, desvios padrão, mediana, valores mínimos e máximos. A paridade e a condição socioeconômica foram descritos por frequência absoluta e percentagens. Utilizamos modelos de regressão logística no programa (SPSS) para analisar as correlações de variáveis de acordo com a cultura retovaginal, considerando IC95% e valores de p. As variáveis foram idade, número de gestações, peso ganho na gestação e idade gestacional no parto. Resultados Foram incluídos 347 prontuários e, após a aplicação dos critérios de exclusão, 287 prontuários compuseram a amostra final. A idade dos pacientes variou entre 17 e 44 anos. A média de idade foi de 30,6 anos, e 67 pacientes tiveram resultado positivo para o estreptococo do grupo B (prevalência de 23,3%; IC95%: 18,7-28,5). Conclusão Considerando a alta prevalência de estreptococos do grupo B em nosso serviço, existem evidências de que a estratégia de antibiótico profilaxia baseada na cultura retovaginal é custo-efetiva.
Subject(s)
Humans , Female , Pregnancy , Adolescent , Adult , Young Adult , Pregnancy Complications, Infectious/microbiology , Rectum/microbiology , Streptococcal Infections/microbiology , Streptococcus agalactiae/isolation & purification , Vagina/microbiology , Parity , Pregnancy Complications, Infectious/diagnosis , Pregnancy Complications, Infectious/epidemiology , Prenatal Care , Socioeconomic Factors , Streptococcal Infections/diagnosis , Streptococcal Infections/epidemiology , Brazil/epidemiology , Prevalence , Retrospective Studies , Maternal AgeABSTRACT
Em 1992, a Organização Mundial da Saúde (OMS) propôs a seguinte definição: Sepse puerperal é uma infecção do trato genital ocorrendo, em qualquer momento, entre a ruptura das membranas ou o trabalho e o 42º dia após o parto, no qual estão presentes dois ou mais dos seguintes eventos: ⢠Dor pélvica; ⢠Febre (temperatura oral de 38,5 °C ou superior em qualquer ocasião); ⢠Corrimento vaginal anormal, por exemplo, presença de pus; ⢠Cheiro anormal/mau cheiro do corrimento vaginal; ⢠Atraso na redução do tamanho do útero (<2 cm/dia durante os primeiros oito dias). 1. O conceito de infecção puerperal deve ser complementado com o de morbidade febril puerperal, pela dificuldade de caracterizar a infecção que ocorre logo após o parto. 2. Outras definições que se fazem necessárias são: ⢠Bacteremia: presença de bactérias na corrente sanguínea; ⢠Sepse: síndrome clínica caracterizada pela resposta da hospedeira a um processo infeccioso, acompanhada de uma resposta inflamatória sistêmica; ⢠Sepse grave: sepse associada à disfunção de um ou mais órgãos (sistema nervoso central, renal, pulmonar, hepática, cardíaca, coagulopatia, acidose metabólica); ⢠Choque séptico: sepse com hipotensão refratária à ressuscitação volêmica. 3. A OMS incluiu o termo "infecção puerperal", pois hoje estão morrendo mulheres com infecções de outros locais do corpo.
Subject(s)
Humans , Female , Pregnancy , Pregnancy Complications/epidemiology , Puerperal Infection/prevention & control , Pneumonia , Shock, Septic , Skin/physiopathology , Urologic Diseases , Risk Factors , Bacteremia , Pelvic Pain , Soft Tissue Infections/physiopathology , Sepsis/physiopathology , Mastitis/physiopathologyABSTRACT
OBJETIVO: Avaliar a frequência de sepse em gestantes e puérperas atendidas em um hospital, identificar os principais focos originários de sepse na gestação e puerpério, e verificar os principais agentes etiológicos envolvidos em sua etiopatogenia. MÉTODOS: Estudo do tipo transversal descritivo realizado no Hospital do Trabalhador, em Curitiba (PR), de agosto de 2014 a agosto de 2016. Revisão e análise de 71 prontuários de pacientes diagnosticadas com sepse, sepse grave ou choque séptico. Os aspectos estudados foram idades gestacional, agente etiológico, foco infeccioso, principal trimestre gestacional acometido e prevalência de cada tipo de sepse. RESULTADOS: A frequência de sepse durante a gestação e o puerpério no período estudado foi de nove casos para cada mil gestantes. A ocorrência de sepse foi relacionada principalmente ao segundo semestre gestacional (39,4%). Os casos de sepse somaram 73,2% do total, enquanto os demais evoluíram com quadros de sepse grave e choque séptico . Escherichia coli representou 33,8%, sendo o urinário o foco infeccioso mais prevalente (70,4%). Ceftriaxona foi o antibiótico mais utilizado, tanto isoladamente quanto em associação (84,4%). Entre os desfechos para o feto, 85,9% não tiveram complicações. CONCLUSÕES: Os novos conceitos de sepse publicados pela Society of Critical Care Medicine (SCCM) e pela European Society of Critical Care Medicine (ESICM) contrariam os interesses dos países conhecidos como de baixos e médios recursos. Foi encontrado aumento da incidência de sepse gestacional, ocorrendo prevalência do foco urinário; consequentemente, o agente principal foi E. coli. Ademais, ocorreram importantes consequências perinatais como mortalidade e prematuridade. (AU)
OBJECTIVE: To evaluate the frequency of sepsis in pregnant and puerperal patients attended in a hospital, and to identify the main focus of sepsis during gestation and puerperium, and check the main etiological agents involved in its pathogenesis. METHODS: This is a cross-sectional and descriptive study carried out at Hospital do Trabalhador (city of Curitiba, state of Paraná), from August 2014 to August 2016. It is a review and analysis of the charts of 71 patient diagnosed with sepsis, severe sepsis, or septic shock. Aspects studied: gestational age, etiologic agent, infectious focus, main affected gestational trimester, and prevalence of each type of sepsis. RESULTS: The frequency of sepsis during pregnancy and puerperium was 9 cases for 1000 pregnant women. The occurrence of sepsis was mainly related to the second gestational semester (39.4%). Severe sepsis and septic shock comprised 73.2% of the cases. Escherichia coli accounted for 33.8%, and the most prevalent infectious focus was urinary (70.4%). Ceftriaxone was the most commonly used antibiotic, both alone and in combination (84.4%). Among the outcomes for the fetus, 85.9% had no complications. CONCLUSIONS: The new concepts of sepsis, published by the Society of Critical Care Medicine (SCCM), and by the European Society of Critical Care Medicine (ESICM) contradict the interests of the countries with low and medium resources. An increase in the incidence of gestational sepsis occurred, with a prevalence of urinary focus; consequently the main agent was Escherichia coli. In addition, there were important perinatal consequences such as mortality and prematurity. (AU)
Subject(s)
Humans , Female , Pregnancy , Pregnancy Complications, Infectious/epidemiology , Puerperal Infection/epidemiology , Pregnancy Complications, Infectious/etiology , Pregnancy Complications, Infectious/drug therapy , Puerperal Infection/etiology , Puerperal Infection/drug therapy , Shock, Septic/etiology , Shock, Septic/epidemiology , Urinary Tract Infections/complications , Urinary Tract Infections/drug therapy , Ceftriaxone/therapeutic use , Infant, Premature , Maternal Mortality , Medical Records/statistics & numerical data , Cross-Sectional Studies , Gestational Age , Fetal Mortality , Escherichia coli Infections/complications , Escherichia coli Infections/drug therapy , Anti-Bacterial Agents/therapeutic useABSTRACT
Abstract Objective To revise HIV-1 vertical transmission (VT) rates in the metropolitan area of Belo Horizonte, Brazil, from January of 2006 to December of 2014. Methods Descriptive study of a prospective cohort of HIV-1-infected pregnant women and their children, monitored by the Maternal and Child HIV/Aids Research Group of Research Group at Faculty of Medicine of Universidade Federal de Minas Gerais, Brazil. Results The VT general rate was 1.9% (13/673; confidence interval [CI] 95%: 1.0-3.3). The extensive use of combined highly active antiretroviral therapy (HAART) (89.7%; 583/650) strongly impacted the reduction of VT during this period. Maternal viral load (VL) higher than 1,000 copies/mL showed significant association with VT (OR:6.6; CI 95%:1.3-33.3). Maternal breastfeeding was described in 10 cases in this cohort (1.5%; CI 95%: 0.7-2.7), but it was not associated with VT. Conclusion The present cohort data were coherent with the low VT rate described in other global populations, and it was considerably lower in comparison to the results of the same cohort during the period of 1998-2005, when the VT rate was 6.2%. These data confirm the efficiency of the National Guidelines, and emphasize the importance of adopting the international recommended procedures for prevention of mother-tochild transmission (MTCT) of HIV.
Resumo Objetivo Rever as taxas de transmissão vertical (TV) do HIV-1 na área metropolitana de Belo Horizonte, Brasil, de janeiro de 2006 a dezembro de 2014. Métodos Estudo descritivo de uma coorte prospectiva de gestantes infectadas pelo HIV-1 e seus filhos, monitorados pelo Grupo de Pesquisa em HIV/Aids Materno-Infantil, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil. Resultados A taxa geral de TV foi de 1,9% (13/673; intervalo de confiança [IC] 95%: 1,0-3,3). O uso extensivo de terapia antirretroviral combinada (TARVc) (89,7%; 583/ 650) impactou fortemente a redução de TV durante este período. Carga viral materna superior a 1.000 cópias/mL mostrou associação significante com TV (OR: 6,6; IC 95%:1,3-33,3). A amamentação materna foi descrita em 10 casos nesta coorte (1,5%; IC 95%: 0,7-2,7), mas não foi associada à TV. Conclusão Os dados atuais da coorte foram coerentes com a baixa taxa de TV descrita em outras populações globais, e foi consideravelmentemenor em comparação com os resultados da mesma coorte no período de 1998-2005, quando a taxa de TV foi de 6,2%. Esses dados confirmam a eficiência das Diretrizes Nacionais, e enfatizam a importância de adotar os procedimentos internacionais recomendados para a prevenção da transmissão do HIV da mãe para o filho.
Subject(s)
Humans , Female , Pregnancy , Adult , Pregnancy Complications, Infectious/epidemiology , HIV Infections/transmission , HIV-1 , Infectious Disease Transmission, Vertical/statistics & numerical data , Time Factors , Brazil , HIV Infections/epidemiology , Urban Health , Prospective StudiesABSTRACT
OBJETIVOS: Avaliar a prevalência de toxoplasmose, rubéola, citomegalovirose, hepatites B e C e sífilis (Torchs) em uma coorte de gestantes, bem como identificar os fatores sociodemográficos, clínicos e laboratoriais.MÉTODOS: Entre 1998 e 2013, foram atendidas 1.573 gestantes com sorologia positiva para o HIV em área metropolitana do Brasil, das quais 704 (44,8%) foram submetidas a algum dos testes sorológicos. Gestantes Torchs positivas (Gtp) foram consideradas aquelas com resultado positivo para uma dessas infecções, e gestantes Torchs negativas (Gtn) aquelas com resultados negativos para todas elas. As variáveis maternas investigadas foram: idade, estado civil, escolaridade, momento e forma de contágio da infeccção pelo HIV, contagem de linfócitos TCD4+, carga viral plasmática do HIV próxima ao parto e uso de terapia antirretroviral durante a gestação. As variáveis neonatais investigadas foram ocorrência de: transmissão vertical, prematuridade, baixo peso ao nascimento, complicações fetais, aborto e óbito fetal. Foram utilizadas razões de chance com intervalo de confiança de 95% para quantificar a associação entre as variáveis maternas e neonatais e a presença de Torchs.RESULTADOS: Entre as 704 gestantes, 70 (9,9%; IC95% 7,8-12,4) tinham alguma sorologia positiva para Torchs. Foram encontradas taxas: 1,5% (10/685) para a toxoplasmose; 1,3% (8/618) para rubéola; 1,3% (8/597) para citomegalovirose; 0,9% (6/653) para hepatite B e 3,7% (20/545) para hepatite C; e 3,8% (25/664) para sífilis. A transmissão vertical do HIV entre as gestantes Gtp foi 4,6% e de 1,2% entre as Gtn. As variáveis associadas à presença de Torchs na análise univariada foram: uso de terapia antirretroviral, transmissão vertical do HIV, baixo peso ao nascimento e complicações fetais.CONCLUSÃO: A prevalência das Torchs mostrou-se elevada para algumas infecções. Conclui-se que é importante manter o rastreamento de Torchs na gravidez, especialmente nas gestantes HIV positivas, para que se possa estabelecer diagnóstico e tratamento, e/ou medidas preventivas para evitar a transmissão materno-fetal.
PURPOSE: To evaluate the prevalence of toxoplasmosis, rubella, cytomegalovirus, hepatitis B&C and syphilis (Torchs) in a cohort pregnant women and to identify the sociodemographic, clinical and laboratory factors.METHODS: A total of 1,573 HIV-infected pregnant women from a Brazilian metropolitan region were studied between 1998 and 2013. The results of serological tests were available for 704 (44.8%) pregnant women. Pregnant women were considered to be Torchs positive (Gtp) when they had positive results for at least one of these infections, and to be Torchs negative (Gtn) when they had negative results for all of them. Maternal covariables were: age, marital status, educational level, time and mode of infection, CD4 lymphocyte count, viral load at delivery, and use of antiretroviral therapy (ARV). Neonatal covariables were: HIV infection, prematurity, low birth weight, neonatal complications, abortion and neonatal death. Odds ratios with 95% confidence interval were used to quantify the association between maternal and neonatal variables and the presence of Torchs.RESULTS: Among 704 pregnant women, 70 (9.9%; 95%CI 7.8-12.4) had positive serological tests for any Torchs factor. The individual prevalence rates were: 1.5% (10/685) for toxoplasmosis; 1.3% (8/618) for rubella; 1.3% (8/597) for cytomegalovirus; 0.9% (6/653) for hepatitis B and 3.7% (20/545) for hepatitis C; and 3.8% (25/664) for syphilis. The HIV Vertical HIV transmission was 4.6% among Gtp pregnant women and 1.2% among Gtn women. Antiretroviral therapy (ARV), vertical transmission, low birth weight and neonatal complications were significantly associated with Torchs positivity in univariate analysis.CONCLUSIONS: The Torchs prevalence found in the study was high for some infections. These findings emphasize the need to promote serological Torchs screening for all pregnant women, especially HIV-infected women, so that an early diagnosis can be made and treatment interventions can be implemented to prevent vertical HIV transmission.
Subject(s)
Humans , Female , Pregnancy , Infant, Newborn , Adult , Fetal Diseases/epidemiology , HIV Seropositivity , Infections/congenital , Infections/epidemiology , Infectious Disease Transmission, Vertical , Pregnancy Complications, Infectious , Brazil/epidemiology , Fetal Diseases/microbiology , Fetal Diseases/parasitology , Infant, Low Birth Weight , Prevalence , Urban HealthABSTRACT
OBJETIVO: Determinar se o uso de drogas ilícitas aumenta a transmissão vertical do HIV, identificar os fatores de risco envolvidos na saúde materno-infantil e a prevalência do uso de drogas entre essas gestantes. MÉTODOS: Entre 845 gestantes da região metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais, atendidas no serviço entre outubro de 1997 e fevereiro de 2012, 64 (7,6%) afirmaram usar drogas ilícitas. Os casos são as gestantes HIV positivas usuárias de drogas ilícitas (n=64) e os controles as não usuárias (n=192). Para cada caso foram selecionados três controles. Consideraram-se as diferentes exposições/condições no grupo controle como: tabagismo; etilismo; uso de tabaco e álcool; idade materna; escolaridade; etnia; e estado civil. Foram investigadas também intercorrências no pré-natal, parto e puerpério, taxa de transmissão vertical e resultados neonatais. RESULTADOS: As variáveis com significância estatística na análise univariada foram: idade materna; uso de tabaco; número de consultas de pré-natal; tipo de terapia antirretroviral; forma de contágio e carga viral na época do parto. A regressão logística mostrou como significantes: idade materna (menores de 25 anos), uso de tabaco e o número de consultas de pré-natal (menos de 6). A transmissão vertical entre usuárias foi de 4,8% (IC95% 1,7–13,3) e, no grupo controle, 2,1% (IC95% 0,8–5,2), sem diferença significante. As complicações neonatais foram mais frequentes entre os recém-nascidos das gestantes usuárias, também sem diferença significante. CONCLUSÃO: O uso de drogas ilícitas na gravidez entre mulheres infectadas pelo HIV é frequente. Assim, a abordagem sobre o uso dessas drogas deve fazer parte da rotina pré-natal. Essas ...
PURPOSE: To determine if illicit drug use increases the vertical transmission of HIV, to identify the risk factors involved in mother and child health and the prevalence of illicit drug use among these pregnant women. METHODS: Sixty-four (7.6%) of 845 pregnant women from the metropolitan region of Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil, attended in the service between October 1997 and February 2012 reported the use of illicit drugs. Cases were HIV-positive drug users (n=64) and controls were women who did not use drugs (n=192). Three controls were selected for each case. Several conditions of exposure were considered in the control group such as tobacco use, alcohol use, alcohol and tobacco use, maternal age, educational level, ethnicity, and marital status. Problems during the prenatal period, delivery and postpartum, vertical HIV transmission and neonatal outcomes were also investigated. RESULTS: Univariate analysis showed as significant variables: maternal age, tobacco use, number of prenatal care visits, antiretroviral therapy, mode of infection, and viral load at delivery. Logistic regression revealed as significant variables: maternal age (less than 25 years); tobacco use, and number of prenatal care visits (less than 6). The vertical transmission of HIV was 4,8% (95%CI 1.7–13.3) among drug users and 2,1% (95%CI 0.8–5.2) in the control group, with no statistically significant difference between groups. Neonatal complications were more frequent among drug users, but also with no statistically significant difference between groups. CONCLUSION: The use of illicit drug is frequent during pregnancy among HIV-infected women. The approach to illicit drug use should be routine during prenatal care visits. These women are more discriminated against and tend to deny their habits or do not seek prenatal care. There was no difference in vertical virus transmission between groups, probably indicating adherence to antiretroviral ...
Subject(s)
Humans , Female , Pregnancy , Adult , Young Adult , HIV Infections/transmission , Infectious Disease Transmission, Vertical/statistics & numerical data , Pregnancy Complications, Infectious , Illicit Drugs/adverse effects , Substance-Related Disorders/complications , Case-Control Studies , Prevalence , Risk Factors , Substance-Related Disorders/epidemiologyABSTRACT
OBJETIVO: Analisar a distribuição espacial da prevalência de anticorpos antitoxoplasma em gestantes residentes em uma cidade do Nordeste do Brasil, e correlacionar a prevalência de anticorpos antitoxoplasma com a faixa etária materna e o local de residência. MÉTODOS: Estudo ecológico, descritivo e analítico, desenvolvido no período de 01 janeiro a 31 de dezembro de 2012. As informações foram obtidas retrospectivamente de um banco de dados, e processadas com o pacote estatístico Epi info (Epi 7, Centers for Disease Control and Prevention, Atlanta, EUA) e também em planilha do pacote Microsoft Office Excel, versão 2010. Para avaliar a associação entre a prevalência de anticorpos para a toxoplasmose e a faixa etária, foi aplicado o teste do X2. A análise espacial da prevalência dessa infecção foi realizada com o programa TerraView, versão 4.2.2, utilizando o estimador de intensidade Kernel, que permite estimar a quantidade de eventos em mapa para identificar áreas de maior concentração de casos no município. RESULTADOS: A soroprevalência encontrada para IgG foi de 68,5% (IC95% 67,2-69,8) e IgM de 0,36% (IC95% 0,23-0,6). Foi encontrado incremento da prevalência de IgG associado ao aumento da idade nos bairros mais antigos da capital. Entre as mulheres mais jovens, a maior prevalência foi nos bairros de periferia. Quanto ao anticorpo IgM, a concentração espacial foi mais elevada em bairros da periferia e não ocorreu associação significativa entre a soroprevalência e a idade. CONCLUSÃO: O geoprocessamento permitiu identificar as áreas de maior prevalência, assim como a faixa etária com maior suscetibilidade, servindo como instrumento de avaliação e implementação de medidas preventivas apropriadas para esse município ...
PURPOSE: To analyze the spatial distribution of the prevalence of anti-toxoplasma gondii antibodies in pregnant women from a Brazilian Northeast city, and to correlate such prevalence with average maternal age and place of residence. METHODS: A descriptive, analytical and ecological study was conducted from January 1st to December 31st 2012. Data were obtained retrospectively from the Medical Specialties Center database and processed with the Epi info statistical package (Epi 7, Centers for Disease Control and Prevention, Atlanta, USA) and with Microsoft Excel 2010. The X2 test was applied to assess the association between the prevalence of antibodies to toxoplasma gondii and the average age. Spatial analysis of infection prevalence was performed using the TerraView software, version 4.2.2, with Kernel density estimation, which estimates the quantity of events through maps in order to identify areas with the highest concentration of cases in the city. RESULTS: The seroprevalence of IgG was 68.5% (95%CI 67.2-69.8) and the prevalence of IgM was 0.36% (95%CI 0.23-0.6). A higher IgG prevalence was associated with increased age in the oldest neighborhoods of the state capital, whereas a higher IgG prevalence among younger women was detected in suburban neighborhoods. The spatial concentration of IgM antibodies was higher in suburban neighborhoods, with no significant correlation between seroprevalence and age. CONCLUSION: Geoprocessing allowed the identification of areas with the highest prevalence, as well as the most susceptible average age and it was also useful as an instrument for the evaluation and implementation of appropriate preventive measures for this municipality and for other regions of Brazil. .
Subject(s)
Humans , Female , Pregnancy , Child , Adolescent , Adult , Middle Aged , Young Adult , Antibodies, Protozoan/blood , Pregnancy Complications, Infectious/blood , Pregnancy Complications, Infectious/epidemiology , Toxoplasma/immunology , Toxoplasmosis/blood , Toxoplasmosis/epidemiology , Brazil/epidemiology , Prevalence , Retrospective Studies , Seroepidemiologic Studies , Spatial AnalysisABSTRACT
OBJETIVO: O objetivo do estudo foi avaliar a prevalência de germes e do perfil de sensibilidade a antimicrobianos a partir de uroculturas de pacientes gestantes atendidas em um hospital materno-infantil em Porto Alegre, Brasil. MÉTODOS : Foi realizado estudo transversal, retrospectivo e descritivo, no Hospital Fêmina, referência para atendimento às mulheres durante o pré-natal, parto e puerpério na cidade de Porto Alegre, Brasil. A partir de 1.558 uroculturas positivas, foram avaliados 482 resultados microbiológicos comunitários com perfil de sensibilidade antimicrobiana de uroculturas de gestantes em todas as idades gestacionais, atendidas no período de janeiro de 2007 a julho de 2013. RESULTADOS : O padrão de sensibilidade apresentado nesta pesquisa mostra que a escolha para o tratamento de infecção urinária durante a gravidez deve ser nitrofurantoína (para infecções não complicadas) ou cefalosporinas de segunda geração, como cefuroxima (para infecções não complicadas e complicadas), evitando o uso de ampicilina, cefalosporinas de primeira geração e sulfametoxazol/trimetoprim. CONCLUSÃO : O tratamento empírico de infecção urinária na gravidez deve ser iniciado de acordo com os padrões de suscetibilidade descritos na literatura, e revisto após os resultados de cultura de urina. .
PURPOSE : Urinary tract infection (UTI) is one of the most common conditions during pregnancy. The aim of this study was to assess the prevalence of germs and the antimicrobial susceptibility profile in urine culture isolates from pregnant patients treated at a tertiary maternity hospital in Porto Alegre, Brazil. METHODS : A cross-sectional, retrospective and descriptive study was carried out at Hospital Fêmina, a leading institution in prenatal, birth and postnatal healthcare in the city of Porto Alegre, Brazil. A total of 482 microbial community results were analyzed out of 1,558 positive urine cultures of pregnant women in all gestational ages treated at Fêmina Hospital between January 2007 and July 2013. RESULTS: The susceptibility pattern presented in this research shows that the choice for UTI treatment during pregnancy should be nitrofurantoin (for uncomplicated infections) or second-generation cephalosporins such as cefuroxime (for uncomplicated and complicated infections), over ampicillin, first-generation cephalosporins and sulfamethoxazole/trimethoprim. CONCLUSION : Empirical treatment for UTI in pregnancy should be started according to the susceptibility patterns described in the literature and re-analyzed after the results of the urine culture. .