ABSTRACT
RESUMO Objetivo: identificar as principais complicações advindas da cirurgia de exenteração pélvica em câncer ginecológico e o desfecho do óbito hospitalar após o procedimento cirúrgico. Método: revisão integrativa da literatura considerando 23 artigos publicados de 2012 a 2020 nas bases de dados LILACS e IBECS. Os descritores utilizados foram genital cancer, gynecological cancer, pelvic exenteration, exenteration, postoperative complications, surgical complications, death (idioma inglês), combinados através de conectores booleanos AND ou OR. Resultados: constatou-se aplicabilidade cirúrgica para câncer do colo uterino, útero, ovário, vaginal e vulvar; idade associada a comorbidades (diabetes e hipertensão); a exenteração pélvica total predominante; tempo médio de cirurgia e de institucionalização elevados em decorrência de infecções. Considerações finais: a pesquisa possibilita a melhoria da assistência de saúde prestada no pré, peri e pós-operatório de EP enquanto elucida os principais problemas resultantes desta cirurgia, suas estratificações e manejos.
ABSTRACT Objective: to identify the main complications arising from the pelvic exenteration surgery in gynecological cancer and the in-hospital death outcome after the surgical procedure. Method: an integrative literature review considering 23 articles published from 2012 to 2020 in the LILACS and IBECS databases. The descriptors used were the following: genital cancer, gynecological cancer, pelvic exenteration, exenteration, postoperative complications, surgical complications and death, combined by means of the AND or OR Boolean connectors. Results: surgical applicability was verified for cervical, uterine, ovarian, vaginal and vulvar cancer; age was associated with comorbidities (diabetes and hypertension); total pelvic exenteration was predominant; and there were high mean surgical and hospitalization times due to infections. Contributions to the area: this research enables improvements in the health care provided in the PE pre-, peri- and post-operative periods, as it elucidates the main problems resulting from this surgery, their stratifications and management options.
RESUMEN Objetivo: identificar las principales complicaciones derivadas de la cirugía de exenteración pélvica en tumores ginecológicos y el desenlace de fallecimiento intrahospitalario después del procedimiento quirúrgico. Método: revisión integradora de la literatura en la que se consideraron 23 artículos publicados en las bases de datos LILACS e IBECS entre 2012 y 2020. Se utilizaron los siguientes descriptores: genital cancer, gynecological cancer, pelvic exenteration, exenteration, postoperative complications, surgical complications y death (idioma inglés), combinados por medio de conectores booleanos AND u OR. Resultados: se detectó lo siguiente: aplicabilidad quirúrgica para cáncer de cuello uterino, útero, ovario, vagina y vulva; edad asociada a comorbilidades (diabetes e hipertensión); predominio de exenteración pélvica total; elevado tiempo promedio de cirugía; e internación por infecciones. Aportes al área: este trabajo de investigación permite mejorar la atención de la salud provista en los períodos pre-, peri- y post-operatorios de la EP, puesto que deja en claro los principales problemas derivados de esta cirugía, sus estratificaciones y opciones de manejo.
Subject(s)
Humans , Female , Middle Aged , Pelvic Exenteration , Urethra , Urethral Neoplasms , AdenocarcinomaABSTRACT
A exenteração pélvica pode curar pacientes com câncer de colo do útero com recorrência central após radioterapia e quimioterapia. A avaliação pré-operatória é essencial para excluir doença metastática e evitar cirurgias desnecessárias nesse cenário. O objetivo do presente estudo é avaliar a sobrevida de uma série de casos de pacientes submetidas à exenteração pélvica em clínica privada de Teresina. Este é o resultado parcial de um estudo observacional, retrospectivo, transversal e descritivo, realizado em uma clínica privada especializada no tratamento do câncer em Teresina, PI, Brasil, de junho de 2002 a fevereiro de 2020. Cinco pacientes foram incluídas no estudo, com idades entre 29 e 62 anos. No presente estudo, a sobrevida mediana foi de 44,8 meses. Duas pacientes estão vivas e sem doença com seguimento de 201 e 5 meses, respectivamente.(AU)
Pelvic exenteration can heal patients with cervical cancer with central recurrence after radiotherapy and / or chemotherapy. Preoperative evaluation is essential to exclude metastatic disease and to avoid unnecessary surgery in this scenario. The objective of the present study is to evaluate the survival of a series of cases of patients submitted to pelvic exenteration in a private clinic in Teresina. This is the partial result of an observational, retrospective, cross-sectional and descriptive study, conducted at a private clinic specialized in cancer treatment in Teresina, Brazil, from June 2002 to February 2020. Five patients were included in the study, aged between 29 and 62 years. In the present study, the median survival was 44,8 months. Two patients are alive and without disease with a follow-up of 201 and 5 months, respectively.(AU)
Subject(s)
Humans , Female , Pelvic Exenteration/statistics & numerical data , Survival Analysis , Uterine Cervical Neoplasms/surgery , Neoplasm Recurrence, Local/epidemiology , Survival , Brazil/epidemiology , Cross-Sectional StudiesABSTRACT
ABSTRACT Pelvic exenteration has showed to be beneficial therapeutically and palliatively in locally advanced colorectal cancer. Reconstruction of urinary transit posterior to a cystectomy has always been challenging with many associated complications. We present a 58-year-old male with locally advanced rectal cancer in which a pelvic exenteration and a double-barreled wet colostomy (DBWC) was created for urinary reconstitution. We present the surgical technique of DBWC. DBWC is a good alternative to other urinary reconstructions because fecal and urinary derivation occurs in only one stoma, the stoma output is easier to manage, and fewer complications are seen compared to other urinary reconstructions. Long-term surveillance is mandatory in patients with a DBWC because there is an increased risk of neoplasm in the reservoir.
RESUMO A exenteração pélvica mostrou-se benéfica, tanto terapêutica quanto paliativamente, em casos de câncer colorretal localmente avançado. A reconstrução do trânsito urinário após uma cistectomia sempre foi desafiadora, com muitas complicações associadas. Os autores apresentam o caso de um homem de 58 anos de idade com câncer retal localmente avançado, submetido a uma exenteração pélvica e uma colostomia úmida em dupla-boca (CUDB) para reconstituição urinária. Os autores apresentam a técnica cirúrgica da CUDB, uma boa alternativa para outras reconstruções urinárias, já que a derivação fecal e urinária ocorre em apenas um estoma, a saída do estoma é mais fácil de gerenciar e o método apresenta menos complicações em comparação com outras reconstruções urinárias. A vigilância a longo prazo é obrigatória em pacientes com CUDB, pois há um risco aumentado de neoplasia no reservatório.
Subject(s)
Humans , Male , Middle Aged , Pelvic Exenteration/statistics & numerical data , Colostomy/statistics & numerical data , Colorectal Neoplasms/surgeryABSTRACT
RESUMO Objetivos: Analisar os resultados de morbidade e sobrevida após cirurgias curativas e paliativas em pacientes com câncer cervical recidivado após tratamento primário com radioterapia e quimioterapia. Outro objetivo foi avaliar os fatores associados aos procedimentos curativos e não curativos. Métodos: Coorte retrospectiva de pacientes submetidos à cirurgias curativas e paliativas, entre janeiro de 2011 a dezembro de 2017, em um centro de alta complexidade em oncolologia. O desfecho da morbidade foi relatado de acordo com a classificação de Clavien-Dindo e a análise de sobrevida foi realizada pelo método de Kaplan-Meir. Para avaliar os fatores associados aos procedimentos, foi realizada análise univariada pelo teste U de Mann-Whitney. Resultados: Foram realizadas duas histerectomias radicais, três exenterações pélvicas com intenção curativa e cinco exenterações pélvicas paliativas. No grupo curativo, houve complicações maiores em 40% dos casos, e o tempo mediano de sobrevida foi 16 meses. No grupo paliativo, houve complicações maiores em 60% dos casos, e o tempo mediano de sobrevida foi 5 meses. Estadiamento avançado (p=0,02), sintomas (p=0,04), tamanho do tumor maior que cinco centímetros (p=0,04) e mais de três órgãos envolvidos (p=0,003) foram fatores significativamente associados a cirurgia não curativa. Conclusões: As taxas de morbidade foram maiores no grupo paliativo, e o tempo mediano de sobrevida foi menor no grupo paliativo do que no grupo curativo, entretanto esta diferença na sobrevida não teve significância estatística. Estádio avançado, sintomas, tamanho tumoral e número de órgãos envolvidos são fatores que devem ser levados em consideração na indicação de resgate cirúrgico.
ABSTRACT Objectives: To analyze the results of morbidity and survival after curative and palliative surgery in recurrent cervical cancer patients who underwent chemoradiation as their primary treatment. Another goal was to assess the factors associated with curative and non-curative procedures. Methods: This was a retrospective cohort consisting of patients undergoing surgery curative and palliative from January 2011 to December 2017 at a high complexity oncology center. Outcome of morbidity was reported according to the Clavien-Dindo classification, and survival analysis was carried out using the Kaplan-Meir method. To assess the factors associated with the procedures, a univariate analysis using the Mann-Whitney U test was performed. Results: Two radical hysterectomies, three pelvic exenterations with curative intent, and five palliatives pelvic exenterations were performed. In the curative group, there were major complications in 40% of the cases, and the median survival time was 16 months. In the palliative group, there were major complications in 60% of the cases, and the median survival time was 5 months. Advanced staging (p-value= 0.02), symptoms (p-value=0.04), tumor size greater than five centimeters (p-value=0.04), and more than three organs involved (p-value=0.003) were factors significantly associated with non-curative surgery. Conclusions: The morbidity rates of this study were higher in palliative group, and the median survival time was lower in the palliative group than the curative group, but this difference in survival was not statistically significant. Advanced stage, symptoms, tumor size and number of organs involved are factors that should be taken into consideration when indicating surgical salvage.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Adult , Uterine Cervical Neoplasms/surgery , Uterine Cervical Neoplasms/mortality , Palliative Care , Retrospective Studies , Kaplan-Meier Estimate , Hysterectomy , Middle Aged , Neoplasm Recurrence, Local , Neoplasm StagingABSTRACT
ABSTRACT Objective: to evaluate the profile of morbidity and mortality and its predictors related to extensive pelvic resections, including pelvic exenteration, to optimize the selection of patients and achieve better surgical results. Methods: we performed 24 major resections for anorectal pelvic malignancy from 2008 to 2015 in the Instituto do Câncer do Ceará. The factors analyzed included age, weight loss, resected organs, total versus posterior exenteration, angiolymphatic and perineural invasion, lymph node metastasis and overall and disease-free survival. Results: the median age was 57 years and the mean follow-up was ten months. Overall morbidity was 45.8%, with five (20.8%) serious complications. There were no deaths in the first 30 postoperative days. The median overall survival was 39.5 months, and disease-free survival, 30.7 months. Concomitant resection of the bladder was an isolated prognostic factor for higher risk of complications (87.5% vs. 26.7%, p = 0.009). Angiolymphatic invasion and lymph node metastasis did not reach significance with respect to disease-free survival. Conclusion: treatment of advanced anorectal tumors is challenging, often requiring combined resections, such as cystectomy and sacrectomy, and complex reconstructions. The magnitude of the operation still carries a high morbidity rate, but is a procedure considered safe and feasible, with a low mortality and adequate locoregional tumor control when performed in referral centers.
RESUMO Objetivos: avaliar o perfil de morbimortalidade e seus fatores preditivos relacionados às ressecções pélvicas extensas, incluindo a exenteração pélvica, com o intuito de otimizar a seleção dos pacientes e obtenção de melhores resultados cirúrgicos. Métodos: foram realizadas 24 grandes ressecções pélvicas por neoplasia maligna anorretal de 2008 a 2015 no Instituto do Câncer do Ceará. Os fatores analisados incluíram idade, perda de peso, órgão ressecados, exenteração total versus posterior, invasão angiolinfática e perineural, metástase linfonodal e sobrevida global e livre de doença. Resultados: a mediana de idade foi 57 anos e o tempo médio de seguimento foi dez meses. A morbidade global foi 45,8%, com cinco (20,8%) complicações graves. Não houve óbito nos primeiros 30 dias de pós-operatório. A sobrevida global média foi 39,5 meses e a sobrevida livre de doença foi 30,7 meses. A ressecção concomitante da bexiga foi fator prognóstico isolado com maior risco para complicações (87,5% vs. 26,7%, p=0.009). Invasão angiolinfática e metástase linfonodal não alcançaram significância com relação à sobrevida livre de doença. Conclusão: o tratamento dos tumores anorretais avançados é desafiador, necessitando frequentemente de ressecções combinadas, como a cistectomia e sacrectomia, além de reconstruções complexas. A magnitude da cirurgia ainda carrega uma elevada taxa de morbidade, porém é um procedimento considerado seguro e factível, com uma baixa mortalidade e adequado controle locorregional tumoral quando realizado em centros de referência.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Adult , Aged , Anus Neoplasms/surgery , Pelvic Exenteration/methods , Postoperative Complications/epidemiology , Colorectal Neoplasms/surgery , Neoplasm Recurrence, Local/surgery , Anus Neoplasms/mortality , Anus Neoplasms/pathology , Prognosis , Colorectal Neoplasms/mortality , Colorectal Neoplasms/pathology , Retrospective Studies , Cohort Studies , Disease-Free Survival , Middle Aged , Neoplasm Recurrence, Local/mortalityABSTRACT
SUMMARY Cervical cancer is the most common gynecological cancer in Brazil. Among women, it is the second most frequent, second only to breast cancer. It is the fourth leading cause of cancer death in the country, with estimated 15,590 new cases (2014) and 5,430 deaths (2013). In order to update information to improve outcomes, reduce morbidity and optimize the treatment of this cancer, this article will address the advancement of knowledge on cervical cancer. The topics covered include the role of surgery in different stages, treatment of locally advanced carcinomas, fertility preservation, the role of the sentinel lymph node technique, indications and techniques of radiotherapy and chemotherapy, and some special situations.
RESUMO O câncer de colo uterino é o câncer ginecológico mais frequente em nosso meio. Entre as mulheres, é o segundo mais frequente, atrás apenas do câncer de mama. É a quarta causa de morte por câncer no Brasil, com estimativa de 15.590 casos novos (2014) e com 5.430 mortes (2013). No intuito de atualizar informações para a melhora do prognóstico, redução da morbidade e otimização do tratamento dessa neoplasia, serão abordados neste artigo os avanços nos conhecimentos sobre o câncer cervical. Entre os temas apresentados, estão o papel da cirurgia nos diferentes estádios, o tratamento dos carcinomas localmente avançados, a preservação da fertilidade, o papel da técnica do linfonodo sentinela, indicações e técnicas da radio e quimioterapia, além de situações especiais.
Subject(s)
Humans , Female , Uterine Cervical Neoplasms/pathology , Uterine Cervical Neoplasms/therapy , Neoplasm Recurrence, Local/radiotherapy , Brachytherapy/trends , Brazil/epidemiology , Uterine Cervical Neoplasms/epidemiology , Sentinel Lymph Node Biopsy/trends , Fertility Preservation/trends , Neoplasm StagingABSTRACT
Exenteração pélvica é o tratamento cirúrgico radical para diferentes neoplasias pélvicas malignas. Consiste na retirada de todos os órgãos comprometidos pelo câncer, incluindo margens livres de doença. Recidivas ou persistências de tumor maligno na pelve após tratamento radioquimioterápico são a principal indicação, mas pode também ser o tratamento primário do câncer ginecológico localmente avançado. O procedimento apresenta mortalidade perioperatória de 5 a 10% e morbidade média de 50%. As complicações mais relatadas são fístulas intestinais e urinárias, infecções de sítio cirúrgico e fenômenos tromboembólicos. A sobrevida em 5 anos varia de 30 a 70%, com média de 50% nas maiores séries. Os critérios prognósticos mais importantes são, além da ressecção total ?R0? do tumor com margens cirúrgicas livres, a presença de metástases linfonodais, sobretudo extrapélvicas, e o comprometimento de parede pélvica lateral. Idade e índice de massa corpórea não devem ser considerados como fatores de risco isolados. A exenteração pélvica com intuito paliativo, apesar de indicação ainda discutível, pode ser considerada para alívio da sintomatologia local e consequente melhora na qualidade de vida. Portanto, quando realizada em pacientes cuidadosamente selecionadas, em instituições oncológicas com suporte multidisciplinar, pode oferecer controle da neoplasia pélvica em longo prazo.(AU)
Pelvic exenteration is a radical surgical treatment indicated as the treatment various malignant pelvic neoplasms. It consists of the removal of all organs affected by cancer, including diseasefree margins. treatment are the main indications, but it can also be the primary treatment of locally advanced gynecologic cancer. The procedure presents perioperative mortality of 5 to 10% and an average morbidity of 50%. The most commonly reported complications are intestinal and urinary fistulas, surgical site infections and thromboembolic phenomena. The 5-year survival ranges from 30 to 70%, averaging 50% in the larger series. The most important prognostic criteria are, in addition to the total ?R0? resection of the tumor with free surgical margins, the presence of lymph node metastases, especially extrapelvic, and the affection of the lateral pelvic wall. Age and body mass index should not be considered as isolated risk factors. Pelvic exenteration with palliative intent, although still a debatable indication, may be considered for relief of local symptoms and consequent improvement in quality of life. Therefore, when performed in carefully selected patients in oncological institutions with multidisciplinary support, it can provide the control of pelvic neoplasm in the long term.(AU)
Subject(s)
Humans , Female , Pelvic Exenteration , Genital Neoplasms, Female/surgery , Neoplasm Recurrence, Local/surgery , Indicators of Morbidity and Mortality , Databases, Bibliographic , Surgical Oncology/methodsABSTRACT
Advanced rectal tumors can be treated with curative intent by surgical resection of the rectum including other pelvic organs. The reconstruction of the urinary and gastrointestinal tracts depends on the distance between the tumor and the anus, the patient's status and the experience of the surgical team. This is a case of a male patient with a locally advanced low rectal tumor that underwent a laparoscopic pelvic exenteration. The anus and the tumor and other organs were excised by peritoneal approach. The uretero-colic anastomosis was performed extra-abdominally. The patient was discharged on the 14th postoperative day and remains healthy six months after the surgery. This approach has shown to be feasible and safe. The aesthetical result was well accepted by the patient. The laparoscopic route should be considered as an alternative approach to pelvic exenteration in the treatment of locally advanced low rectal tumors that demand perineal amputation. (AU)
O tumor de reto localmente avançado pode ser tratado com intenção curativa com uma operação ampliada que inclua outros órgãos da pelve. A reconstrução do trânsito urinário e do trânsito intestinal dependerá da distância do tumor em relação à margem do ânus, da experiência da equipe de cirurgiões, assim como das morbidades associadas do paciente. Apresentou-se neste artigo o caso de um paciente do sexo masculino, com tumor de reto baixo localmente avançado que foi submetido à exenteração pélvica por laparoscopia. Houve indicação para ressecção do ânus e a peça cirúrgica foi retirada por via perineal. A anastomose uretero-colônica foi confeccionada de maneira extracorpórea. O paciente recebeu alta hospitalar após 14 dias e encontra-se com seis meses pós-operatórios. O método se mostrou factível e seguro. O resultado estético foi bem aceito pelo paciente. A via de acesso laparoscópica pode ser considerada uma alternativa para a exenteração pélvica no tratamento do tumor de reto baixo avançado que necessita de amputação anoperineal. (AU)
Subject(s)
Humans , Male , Adult , Pelvis/surgery , Perineum/surgery , Colostomy , Laparoscopy , Amputation, Surgical , Rectal Neoplasms/surgery , TransplantsABSTRACT
OBJETIVO: analisar complicações, morbidade, mortalidade e sobrevida num grupo de pacientes com câncer de colo uterino com recidiva pélvica central submetidas à exenteração pélvica pós-tratamento primário com radioterapia. MÉTODOS: estudo retrospectivo de uma série de 16 casos de exenteração pélvica pós-tratamento primário com radioterapia. Foi realizada estatística descritiva, curva de sobrevida pelo método de Kaplan-Meier e análise de regressão linear múltipla para avaliar fatores prognósticos. RESULTADOS: dezesseis pacientes foram submetidas à exenteração pélvica. O carcinoma epidermoide, o estádio IIb e o grau indiferenciado foram as condições mais frequentes. A recidiva tumoral pós-operatória ocorreu na metade dos casos. Onze pacientes apresentaram complicações perioperatórias ou pós-operatórias e as mais frequentes foram infecções pélvica e da ferida operatória e fístulas urinárias. A sobrevida global foi de 64,3 por cento, com um seguimento mediano de 11 meses. A análise de regressão linear múltipla não revelou fatores prognósticos significativos na sobrevida das pacientes. CONCLUSÕES: a taxa de sobrevida foi de 64,3 por cento. Nenhum fator associado a pior prognóstico foi encontrado nesta série.
PURPOSE: to analyze complications, morbidity, mortality and survival rate in a group of patients with cervical cancer with central pelvic relapse after primary radiotherapy treatment. METHODS: retrospective study of a series of 16 cases of pelvic exenteration after primary radiotherapy treatment. Descriptive statistics, survival curve through Kaplan-Meier's method, and regression analysis to evaluate prognosis were performed. RESULTS: sixteen patients have undergone pelvic exenteration. Epidermoid carcinoma, IIb stage and undifferentiated grade were the most frequent conditions. Post-operatory tumor relapse occurred in half the cases. Eleven patients presented peri or post-surgical complications, the most frequent being pelvic infection, that of the surgical wound, and urinary fistulae. Global survival rate was 64.3 percent, with average follow-up of 11 months. Regression analysis did not detect any significant prognosis factor for the patient survival. CONCLUSIONS: the survival rate was 64.3 percent. No particular factor associated to poor prognosis has been found in the present series of cases.
Subject(s)
Adult , Aged , Female , Humans , Middle Aged , Neoplasm Recurrence, Local/surgery , Pelvic Exenteration , Uterine Cervical Neoplasms/surgery , Brazil , Carcinoma, Squamous Cell/mortality , Carcinoma, Squamous Cell/radiotherapy , Carcinoma, Squamous Cell/surgery , Multivariate Analysis , Neoplasm Recurrence, Local/mortality , Neoplasm Recurrence, Local/radiotherapy , Prognosis , Pelvic Exenteration/adverse effects , Pelvic Exenteration/mortality , Regression Analysis , Retrospective Studies , Survival Rate , Surgical Wound Infection/etiology , Urinary Fistula/etiology , Uterine Cervical Neoplasms/mortality , Uterine Cervical Neoplasms/radiotherapyABSTRACT
INTRODUÇÃO: A pedra angular do tratamento do câncer epitelial de ovário tem sido a associação da cirurgia citorredutora aliada à quimioterapia com platina. Quando essa neoplasia invade órgãos pélvicos adjacentes somente uma ressecção pélvica em monobloco pode levar a uma citorredução ótima. OBJETIVO: O objetivo do presente estudo foi acessar a segurança, a eficácia e o impacto na sobrevida da ressecção anterior baixa em monobloco para o câncer epitelial do ovário avançado. MÉTODOS: Os dados completos de 19 pacientes que foram submetidos a esse tipo de operação para tratamento de câncer de ovário avançado entre Janeiro de 1996 a Junho de 2006 foram analisados. A mediana de idade foi de 58 anos (24-77). Em todas as cirurgias a doença residual foi menos do que 1 cm. RESULTADOS: A mortalidade pós-operatória foi de 5 por cento (n=1) enquanto a morbidade foi de 26,3 por cento (n=5). A sobrevida global em três anos foi de 76,47 por cento enquanto a mediana foi de 42 meses. CONCLUSÕES: A ressecção anterior baixa em monobloco não deve ser um obstáculo quando uma citorredução ótima é necessária. Em que pese sua alta morbidade, sua mortalidade é aceitável. O controle da doença em longo prazo pode ser atingido com esta prática.
INTRODUCTION: The cornerstone of ovarian cancer treatment has been the association of debulking surgery with platinum based chemotherapy. When this neoplasm invades adjacent pelvic organs, in order to attain an optimal debulking should be performed an en bloc multivisceral pelvic resection. AIM: The objectives of this study were to assess the safety, efficacy and impact on survival of low anterior en bloc resection for primary advanced epithelial ovarian cancer. METHODS: Complete follow-up data were available on 19 patients who underwent this surgical procedure for advanced ovarian cancer between January 1996 and June 2006. These subjects presented a median age of 58 years (24-77). All patients underwent optimal cytoreduction (less than 1cm of residual disease). RESULTS: The postoperative mortality was 5 percent (n=1) while overall major morbidity was 26,3 percent (n=5).The overall three-year survival rate was 77 percent while median of survival time was 42 months. CONCLUSIONS: Low anterior en bloc resection, when it is necessary must not be obstacle to obtain an optimal surgery. In despite its high morbidity presents acceptable mortality. Long-term disease control may be attained with this approach.
Subject(s)
Humans , Female , Middle Aged , Morbidity , Mortality , Ovarian Neoplasms , Pelvic Exenteration , Treatment OutcomeABSTRACT
RACIONAL: A exenteração pélvica tem sido a melhor opção terapêutica radical para o tratamento dos tumores de reto T4. No entanto, essa operação ainda permanece com mortalidade significante e alta morbidade. OBJETIVO: Relatar série de 15 casos de exenteração pélvica para tumores de reto T4, analisando a morbidade, mortalidade e sobrevida dos pacientes. MÉTODOS: Foram estudados 15 pacientes com câncer de reto T4 no Serviço de Cirurgia Geral - Oncocirurgia do Hospital do Servidor Publico Estadual de São Paulo, SP, submetidos a exenteração pélvica no período de 1998 e 2006. Sete eram do sexo masculino enquanto oito eram do sexo feminino, com média de idade de 65 anos. Todos apresentavam sintomas incapacitantes. As operações foram: exenteração infra-elevadora (n = 6), exenteração supra-elevadora (n = 4), exenteração posterior (n = 3) e exenteração posterior com cistectomia e ureterectomia parciais (n = 2). RESULTADOS: A média de tempo cirúrgico foi de 403 minutos (280-485). A média de sangramento foi de 1620 mL (300-4800). A mortalidade pós-operatória foi de 6,66 por cento (n = 1). A morbidade pós-operatória foi de 53,3 por cento (n = 8). Os exames histológicos evidenciaram que todas as ressecções foram R0. Envolvimento linfonodal foi observado em quatro pacientes (26,66 por cento) sendo que todos faleceram em decorrência da neoplasia. A sobrevida global em cinco anos foi de 35,7 por cento. CONCLUSÃO: A exenteração pélvica ainda apresenta alta morbidade, no entanto permanece justificada, pois pode conferir maior controle do câncer de reto T4 em longo prazo.
BACKGROUND: Pelvic exenteration is the best therapeutic choice for treatment of T4 rectal cancer. Although, this operation still presents considerable mortality and high morbidity. AIM: To report on a series of 15 patients with a T4 rectal cancer at a general hospital and describe the outcomes (morbidity, mortality and long-term survival) following pelvic exenteration. METHODS: Complete follow-up data were available on 15 patients who underwent pelvic exenteration for T4 rectal cancer between 1998 and 2006. These subjects comprised seven men and eight women with a mean age of 65 years. All of them presented serious incapacitating complaints. The surgical procedures included: infraelevator exenteration (n = 6), supraelevator exenteration (n = 4), posterior exenteration (n = 3) and, posterior exenteration plus partial cystectomy and ureterectomy (n = 2). RESULTS: The mean duration of surgery was 403 minutes (280-485). The mean blood loss was 1620 mL (300-4.800). The postoperative mortality was 6,66 percent (n = 1). The overall rate morbidity was 53,3 percent (n = 8). The pathological examination showed that all resections were R0. Lymph node involvement was present in four patients (26,66 percent), and all of them died due to tumor recurrence. The overall 5-year survival rate was 35,7 percent. CONCLUSION: In spite of its aggressive nature and high morbidity, pelvic exenteration seems justified in rectal carcinoma when the disease extends to the urinary or genital tract. This procedure may offer long-term disease control.