ABSTRACT
Introducción: la justicia reproductiva es la capacidad de las personas y las sociedades de poder concretar los derechos sexuales y reproductivos. Por el contrario, la injusticia reproductiva (IR) expone la presencia de riesgos para el proceso de desarrollo durante el embarazo y la primera infancia. Objetivo: describir la evolución de un conjunto de indicadores vinculados a la justicia reproductiva en el Sistema Nacional Integrado de Salud (SNIS) de Uruguay en los últimos 12 años y comparar las tendencias entre el subsector público y el subsector privado. Metodología: estudio descriptivo, retrospectivo, de un conjunto de indicadores incluidos en los objetivos de desarrollo sostenibles (ODS) y de los objetivos sanitarios nacionales. Se analizaron razón de mortalidad materna (MM), incidencia de parto pretérmino (PPT), bajo peso al nacer (BPN) y sífilis congénita (SC), en el subsector público y privado del SNIS, durante los últimos 12 años. Resultados: la razón de MM en el período de tiempo analizado ha sido siempre superior en el subsector público, salvo en el año 2015. La incidencia de PPT en el período de tiempo ha oscilado entre 8,6% y 10%. Ésta es superior en el subsector público, salvo en algunos períodos donde es mayor en el subsector privado. La incidencia de BPN es superior siempre en el subsector público, con su mayor incidencia en 2022, de 9,3. La SC siempre fue superior en el subsector público desde 1,3 a 7,1, mientras que en el subsector privado los valores van de 0,2 a 0,6. Conclusiones: la diferencia en estos indicadores de salud perinatal entre los dos subsectores de atención de nuestro país refleja que a pesar de contar con un SNIS, existe una disparidad que impacta sobre los resultados de indicadores finales e intermedios, determinando así la existencia de una IR.
Introduction: Reproductive justice is the ability of individuals and societies to realize sexual and reproductive rights. On the contrary, reproductive injustice (RI) exposes the presence of risks to the developmental process during pregnancy and early childhood. Objective: To describe the evolution of a set of indicators related to reproductive justice in the Integrated National Health System (SNIS) of Uruguay over the last 12 years and compare trends between the public and private subsectors. Methodology: A descriptive, retrospective study of a set of indicators included in the Sustainable Development Goals (SDGs) and national health objectives was conducted. Maternal mortality ratio (MMR), incidence of preterm birth (PTB), low birth weight (LBW), and congenital syphilis (CS) were analyzed in the public and private subsectors of the SNIS over the past 12 years. Results: During the analyzed period the maternal mortality ratio has always been higher in the public subsector, except in the year 2015. The incidence of preterm birth during the period has ranged between 8.6% and 10%. It is higher in the public subsector, except in some periods where it is higher in the private subsector. The incidence of low birth weight is always higher in the public subsector, with its highest incidence in 2022 at 9.3. Congenital syphilis has always been higher in the public subsector, ranging from 1.3 to 7.1, while in the private subsector, the values range from 0.2 to 0.6. Conclusions: The difference in these perinatal health indicators between the two healthcare subsectors in our country reflects that despite having an Integrated National Health System, there is a disparity that impacts the results of final and intermediate indicators, thus determining the existence of reproductive injustice.
Introdução: A justiça reprodutiva é a capacidade dos indivíduos e das sociedades de poderem realizar seus direitos sexuais e reprodutivos. A injustiça reprodutiva (IR), por outro lado, expõe a presença de riscos ao processo de desenvolvimento durante a gravidez e a primeira infância. Objetivo: descrever a evolução de um conjunto de indicadores relacionados à justiça reprodutiva no Sistema Nacional Integrado de Saúde (SNIS) do Uruguai nos últimos 12 anos e comparar as tendências entre os subsetores público e privado. Metodologia: estudo descritivo e retrospectivo de um conjunto de indicadores incluídos nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (SDGs) e nas metas nacionais de saúde. A taxa de mortalidade materna (MM), a incidência de parto prematuro (PTB), baixo peso ao nascer (BPN) e sífilis congênita (SC) foram analisadas no subsetor público e privado do SNIS nos últimos 12 anos. Resultados: A taxa de mortalidade materna foi maior no subsetor público durante o período analisado, exceto em 2015. A incidência de nascimento pré-termo no período variou entre 8,6 e 10%. Ela é maior no subsetor público, exceto em alguns períodos em que é maior no subsetor privado. A incidência de baixo peso ao nascer é sempre maior no subsetor público, com sua maior incidência em 2022, com 9,3. A sífilis congênita sempre foi mais alta no subsetor público, de 1,3 a 7,1, enquanto no subsetor privado os valores variam de 0,2 a 0,6. Conclusões: A diferença nesses indicadores de saúde perinatal entre os dois subsetores de atendimento em nosso país reflete que, apesar da existência de um Sistema Nacional de Saúde Integrado, há uma disparidade que impacta nos resultados dos indicadores finais e intermediários, determinando assim a existência de uma injustiça reprodutiva.
Subject(s)
Reproductive Rights , Reproductive Health , Uruguay/epidemiology , Epidemiology, Descriptive , Retrospective Studies , National Health SystemsABSTRACT
Abstract Objective To evaluate clinical characteristics, maternal and fetal outcomes in pregnant women who underwent surgery for adnexal torsion (AT). Methods All patients, who underwent surgical operation due to AT during pregnancy at the Department of Obstetrics and Gynecology, School of Medicine, Ege University between 2005 and 2020 were retrospectively investigated. Main clinical and perioperative outcomes were evaluated. Results A total of 21 patients who underwent surgery due to AT during pregnancy were included. Of all patients, 61.9% underwent laparoscopy and the remaining 38.1% underwent laparotomy. The most common surgical procedure was adnexal detorsion in both groups (48%). Mean gestational age at the time of diagnosis, duration of surgery and hospitalization were significantly lower in the laparoscopy group, when compared with the laparotomy group (p=0.006, p=0.001, and p=0.001, respectively.) One of the patients had an infection during the postoperative period. Spontaneous abortion was only observed in one case. Conclusion It can be concluded that the surgical intervention implemented for the exact diagnosis and treatment of AT (laparotomy or laparoscopy) did not have an unfavorable effect on pregnancy outcomes such as abortion, preterm delivery, and fetal anomaly. However, laparoscopy may be superior to laparotomy in terms of advantages.
Resumo Objetivo Avaliar as características clínicas, e os desfechos maternos e fetais em gestantes submetidas à cirurgia de torção anexial. Métodos Todas as pacientes operadas por torção anexial durante a gravidez no Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Ege entre 2005 e 2020 foram investigadas retrospectivamente. Os principais resultados clínicos e perioperatórios foram avaliados. Resultados Foraminclusas 21 pacientes operadas por torção anexial durante a gravidez. De todos as pacientes, 61,9% foramsubmetidas à laparoscopia e as 38,1% restantes foram submetidas à laparotomia. O procedimento cirúrgico mais comum foi apenas a destorção anexialemambos os grupos (48%).Aidade gestacionalmédia nomomento do diagnóstico, a duração da operação e da hospitalização foram significativamentemenores no grupo de laparoscopia em comparação com o grupo de laparotomia (p=0,006, p=0,001 e p=0,001, respectivamente.) Uma das pacientes teve uma infecção no pós-operatório. Apenas em um caso observamos aborto espontâneo. Conclusão Pode-se concluir que a intervenção cirúrgica implementada para o diagnóstico exato e tratamento da torção anexial (laparotomia ou laparoscopia) não teve efeito desfavorável nos desfechos da gravidez, como aborto, parto prematuro e anomalia fetal. No entanto, a laparoscopia pode ser superior à laparotomia em termos de vantagens.
Subject(s)
Humans , Female , Pregnancy , Ovarian Torsion/surgeryABSTRACT
Abstract Objective To investigate the characteristics of women who had preterm birth (PTB) and related outcomes according to ethnicity. Methods A secondary analysis of a multicenter cross-sectional study conducted in Brazil. Women who had PTB were classified by self-report as white and non-white. Clinical, pregnancy, and maternal data were collected through postpartum interviews and reviews of medical charts. The sociodemographic, obstetric and clinical characteristics of the women, as well as the mode of delivery and the neonatal outcomes among different ethnic groups were compared through a bivariate analysis. Results Of the 4,150 women who had PTB, 2,317 (55.8%) were non-white, who were more likely: to be younger than 19 years of age (prevalence ratio [PR]: 1.05; 95% confidence interval [95%CI]: 1.01-1.09); to be without a partner; to live on low income; to have lower levels of schooling; to have ≥ 2 children; to perform strenuous work; to be fromthe Northeastern region of Brazil rather than the from Southern region; to have a history of ≥ 3 deliveries; to have an interpregnancy interval<12 months; to have pregnancy complications such as abortion, PTB, preterm premature rupture of membranes (pPROM), and low birth weight; to initiate antenatal care (ANC) visits in the second or third trimesters; to have have an inadequate number of ANC visits; to be under continuous overexertion; to smoke in the first and second or third trimesters; and to have anemia and gestational hypertension. The maternal and neonatal outcomes did not differ between the groups, except for the higher rate of low birth weight (73.7% versus 69.0%) in infants born to non-white women, and the higher rate of seizures (4.05% versus 6.29%) in infants born to white women. Conclusion Unfavorable conditions weremore common in non-whites than inwhites. Proper policies are required to decrease inequalities, especially in the context of prematurity, when women and their neonates have specific needs.
Resumo Objetivo Investigar as características das mulheres com parto pré-termo e os respectivos resultados de acordo com a etnia. Métodos Uma análise secundária de umestudo de corte transversalmulticêntrico no Brasil. Mulheres com parto pré-termo foram classificadas por autodefinição como brancas ou não brancas. Dados maternos, clínicos, e da gestação foram coletados por entrevista pós-parto e revisão de prontuários. As características sociodemográficas, obstétricas e clínicas das mulheres, o tipo de parto, e os resultados neonatais dos grupos étnicos foram comparados por análise bivariada. Resultados Das 4.150 mulheres que tiveram parto pré-termo, 2.317 (55,8%) eram não brancas, que com mais frequência: eram menores de 19 anos de idade (razão de prevalência [RP]: 1,05; intervalo de confiança de 95% [IC95%]: 1,01-1,09); não tinham parceiro; eramde baixa renda; tinham baixa escolaridade; tinham ≥ 2 filhos; realizavam trabalho extenuante; provinhammais do Nordeste do que do Sul; tinham histórico de ≥ 3 partos; tinham intervalo interpartal<12 meses; e tiveram complicações gestacionais como aborto, parto pré-termo, rotura prematura de membranas pré-termo (RPM-PT) e baixo peso ao nascimento; iniciaram as consultas de pré-natal no segundo ou terceiro trimestres; comparecerama um número inadequado de consultas; viviam sob contínua exaustão; fumaram no primeiro e segundo ou terceiro trimestres; e tiveram anemia e hipertensão gestacional. Os resultados maternos e neonatais não diferiram entre os grupos, exceto pelamaior taxa de baixo peso ao nascimento (73,7% versus 69,0%) entre as crianças das mulheres não brancas, e e a maior taxa de convulsões (4,05% versus 6,29%) entre as das brancas. Conclusão Condições desfavoráveis foram mais comuns entre não brancas do que entre brancas. Políticas apropriadas são necessárias para diminuir as diferenças, especialmente no contexto da prematuridade, quando mulheres e seus neonatos têm necessidades específicas.
Subject(s)
Humans , Female , Pregnancy , Infant, Newborn , Infant , Child , Premature Birth/epidemiology , Brazil/epidemiology , Infant, Low Birth Weight , Ethnicity , Cross-Sectional StudiesABSTRACT
Abstract Objective To compare maternal and perinatal risk factors associated with complete uterine rupture and uterine dehiscence. Methods Cross-sectional study of patients with uterine rupture/dehiscence from January 1998 to December 2017 (30 years) admitted at the Labor and Delivery Unit of a tertiary teaching hospital in Canada. Results There were 174 (0.1%) cases of uterine disruption (29 ruptures and 145 cases of dehiscence) out of 169,356 deliveries. There were associations between dehiscence and multiparity (odds ratio [OR]: 3.2; p=0.02), elevated maternal body mass index (BMI; OR: 3.4; p=0.02), attempt of vaginal birth after a cesarian section (OR: 2.9; p=0.05) and 5-minute low Apgar score (OR: 5.9; p<0.001). Uterine rupture was associated with preterm deliveries (36.5 ± 4.9 versus 38.2 ± 2.9; p=0.006), postpartum hemorrhage (OR: 13.9; p<0.001), hysterectomy (OR: 23.0; p=0.002), and stillbirth (OR: 8.2; p<0.001). There were no associations between uterine rupture and maternal age, gestational age, onset of labor, spontaneous or artificial rupture of membranes, use of oxytocin, type of uterine incision, and birthweight. Conclusion This large cohort demonstrated that there are different risk factors associated with either uterine rupture or dehiscence. Uterine rupture still represents a great threat to fetal-maternal health and, differently from the common belief, uterine dehiscence can also compromise perinatal outcomes.
Resumo Objetivo Comparar os fatores de risco maternos e perinatais associados à ruptura uterina completa e deiscência uterina. Métodos Estudo transversal de pacientes com ruptura/deiscência uterina no período de janeiro de 1998 a dezembro de 2017 (30 anos) internadas na Unidade de Parto de um hospital universitário terciário no Canadá. Resultados Ocorreram 174 (0,1%) casos de transtorno uterino (29 rupturas e 145 deiscências) em 169.356 partos. Houve associações entre deiscência e multiparidade (razão de chances [RC]: 3,2; p=0,02), índice demassa corporal (IMC)materno elevado (RC: 3,4; p=0,02), tentativa de parto vaginal após cesariana (RC: 2,9; p=0,05) e baixa pontuação Apgar em 5minutos (RC: 5,9; p<0,001). A ruptura uterina foi associada a partos prematuros (36,5 ± 4,9 versus 38,2 ± 2,9; p=0,006), hemorragia pós-parto (RC: 13,9; p<0,001), histerectomia (RC: 23,0; p=0,002) e natimorto (RC: 8,2; p<0,001). Não houve associação entre ruptura uterina e idade materna, idade gestacional, início do trabalho de parto, ruptura espontânea ou artificial de membranas, uso de ocitocina, tipo de incisão uterina e peso ao nascer. Conclusão Esta grande coorte demonstrou que existem diferentes fatores de risco associados à ruptura ou à deiscência uterina. A ruptura uterina ainda representa uma grande ameaça à saúde materno-fetal e, diferentemente da crença comum, a deiscência uterina também pode comprometer os desfechos perinatais.
Subject(s)
Humans , Female , Pregnancy , Infant, Newborn , Uterine Rupture/etiology , Uterine Rupture/epidemiology , Vaginal Birth after Cesarean , Canada/epidemiology , Cross-Sectional Studies , Risk FactorsABSTRACT
Abstract Objective Thyroid diseases are the second most common endocrine disorders in the reproductive period of women. They can be associated with intrauterine growth restriction (IUGR), preterm delivery, low Apgar score, low birthweight (LBW) or fetal death. The aim of the present study is to explore thyroid dysfunction and its relationship with some poor perinatal outcomes (Apgar Score, low birthweight, and preterm delivery). Methods Dried blood spot samples from 358 healthy pregnant women were analyzed for thyroid stimulating hormone (TSH), total thyroxine (TT4), and thyroglobulin (Tg). Neonatal data were collected upon delivery. Four groups were formed based on thyroid function tests (TFTs). Results Of the 358 tested women, 218 (60.72%) were euthyroid. Isolated hypo thyroxinemia was present in 132 women (36.76%), subclinical hyperthyroidism in 7 women (1.94%), and overt hypothyroidism in 1 (0.28%). The perinatal outcomes IUGR (p = 0.028) and Apgar score 1 minute (p = 0.015) were significantly different between thyroid function test [TFT]-distinct groups. In the multiple regression analysis, TT4 showed a statistically significant inverse predictive impact on LBW (p < 0.0001), but a positive impact of Tg on LBW (p = 0.0351). Conclusion Thyroid hormones alone do not have a direct impact on neonatal outcomes, but the percentage of their participation in the total process cannot be neglected. Based on the regression analysis, we can conclude that TT4 and Tg can be used as predictors of neonatal outcome, expressed through birthweight and Apgar score. The present study aims to contribute to determine whether a test for thyroid status should become routine screening during pregnancy.
Resumo Objetivo As doenças da tireoide são as segundas doenças endócrinas mais comuns no período reprodutivo das mulheres. Elas podem estar associadas à restrição de crescimento intrauterino (RCIU), parto prematuro, baixo índice de Apgar, baixo peso ao nascer (BPN) ou morte fetal. O objetivo do presente estudo é explorar a disfunção tireoidiana e sua relação com alguns resultados perinatais insatisfatórios (índice de Apgar, baixo peso ao nascer e parto prematuro). Métodos Amostras secas de sangue em 358 gestantes saudáveis foram analisadas para hormônio estimulador da tireoide (TSH), tiroxina total (TT4) e tireoglobulina (Tg). Os dados neonatais foram coletados no momento do parto. Quatro grupos foram formados com base em testes de função tireoidiana (TFT). Resultados Das 358 mulheres testadas, 218 (60,72%) eram eutireoidianas. Hipotiroxinemia isolada estava presente em 132 mulheres (36,76%), hipertireoidismo subclínico em 7 mulheres (1,94%) e hipotireoidismo evidente em 1 (0,28%). Os resultados perinatais RCIU (p = 0,028) e índice de Apgar de 1 minuto (p = 0,015) foram significativamente diferentes entre os grupos distintos de TFT. Na análise de regressão múltipla, TT4 mostrou impacto preditivo inverso estatisticamente significativo no BPN (p < 0,0001), mas impacto positivo da Tg no BPN (p = 0,0351). Conclusão Isoladamente, os hormônios tireoidianos não têm impacto direto no desfecho neonatal, mas o percentual de sua participação no processo total não pode ser desprezado. Com base na análise de regressão, podemos concluir que TT4 e Tg podem ser usados como preditores do resultado neonatal, expressos por meio do peso ao nascer e do índice de Apgar. O presente estudo tem como objetivo contribuir para que um teste para verificar o estado da tireoide deva se tornar um rastreamento de rotina durante a gravidez.
Subject(s)
Humans , Female , Pregnancy , Infant, Newborn , Pregnancy Complications , Hypothyroidism , Republic of North Macedonia/epidemiology , Pregnant WomenABSTRACT
Abstract Objective The evaluation of the available evidence on vertical transmission by severe acute respiratory syndrome coronavirus 2 (SARS-CoV)-2. Data Sources An electronic search was performed on June 13, 2020 on the Embase, PubMed and Scopus databases using the following search terms: (Coronavirus OR COVID-19 OR COVID19 OR SARS-CoV-2 OR SARS-CoV2 OR SARSCoV2) AND (vertical OR pregnancy OR fetal). Selection of Studies The electronic search resulted in a total of 2,073 records. Titles and abstracts were reviewed by two authors (WPM, IDESB), who checked for duplicates using the pre-established criteria for screening (studies published in English without limitation regarding the date or the status of the publication). Data Collection Data extraction was performed in a standardized way, and the final eligibility was assessed by reading the full text of the articles. We retrieved data regarding the delivery of the potential cases of vertical transmission, as well as themain findings and conclusions of systematic reviews. Data Synthesis The 2,073 records were reviewed; 1,000 duplicates and 896 clearly not eligible records were excluded. We evaluated the full text of 177 records, and identified only 9 suspected cases of possible vertical transmission. The only case with sufficient evidence of vertical transmission was reported in France. Conclusion The risk of vertical transmission by SARS-CoV-2 is probably very low. Despite several thousands of affected pregnant women, we have identified only one case that has fulfilled sufficient criteria to be confirmed as a case of vertical transmission. Well-designed observational studies evaluating large samples are still necessary to determine the risk of vertical transmission depending on the gestational age at infection.
Resumo Objetivo Avaliar a evidência disponível acerca da transmissão vertical do coronavírus da síndrome respiratória aguda grave 2 (severe acute respiratory syndrome coronavirus 2, SARS-CoV-2, em inglês). Fontes de Dados Foi realizada uma busca eletrônica em 13 de junho de 2020 nas plataformas Embase, PubMed e "Scopus utilizando os seguintes termos de busca: (Coronavirus OU COVID-19 OU COVID19 OU SARS-CoV-2 OU SARS-CoV2 OU SARSCoV2) E (vertical OU pregnancy OU fetal). Seleção dos Estudos A busca eletrônica resultou em um total de 2.073 registros. Títulos e resumos foram revisados por dois autores (WPM, IDESB), que verificaram a ocorrência de duplicidade e utilizaram critérios preestabelecidos para o rastreamento (estudos publicados em inglês sem limitações quanto à data ou à situação da publicação). Aquisição dos Dados A extração de dados foi realizada de forma padrão, e a eligibilidade final foi definida poir meio da leitura do artigo completo. Foram coletados dados dos partos de casos com potencial transmissão vertical, bem como os principais achados e conclusões de revisões sistemáticas. Síntese dos Dados Foram revisados os 2.073 registros; 1.000 duplicatas e 896 registros claramente não elegíveis foram excluídos. Avaliamos os artigos completos de 177 registros, e identificamos apenas 9 casos de potencial transmissão vertical. O único caso com evidência suficiente de transmissão vertical foi relatado na França. Conclusão O risco de transmissão vertical pelo vírus SARS-CoV-2 é provavelmente muito baixo. Apesar de milhares de gestantes afetadas, identificamos apenas um caso que preencheu critérios suficientes para que fosse confirmado como um caso de transmissão vertical. Estudos observacionais bem desenhados que avaliem grandes amostras ainda são necessários para se determinar o risco de transmissão vertical, a depender da idade gestacional na infecção.
Subject(s)
Humans , Female , Pregnancy , Infant, Newborn , Pregnancy Complications, Infectious , Infectious Disease Transmission, Vertical , COVID-19/transmission , RiskABSTRACT
Abstract Objective To evaluate the association between early-onset fetal growth restriction (FGR), late-onset FGR, small for gestational age (SGA) and adequate for gestational age (AGA) fetuses and adverse perinatal outcomes. Methods This was a retrospective longitudinal study in which 4 groups were evaluated: 1 - early-onset FGR (before 32 weeks) (n=20), 2 - late-onset FGR (at or after 32 weeks) (n=113), 3 - SGA (n=59), 4 - AGA (n=476). The Kaplan-Meier curve was used to compare the time from the diagnosis of FGR to birth. Logistic regression was used to determine the best predictors of adverse perinatal outcomes in fetuses with FGR and SGA. Results A longer timebetween the diagnosis and birthwas observed forAGAthan for late FGR fetuses (p<0.001). The model including the type of FGR and the gestational age at birth was significant in predicting the risk of hospitalization in the neonatal intensive care unit (ICU) (p<0.001). The model including only the type of FGR predicted the risk of needing neonatal resuscitation (p<0.001), of respiratory distress (p<0.001), and of birth at<32, 34, and 37 weeks of gestation, respectively (p<0.001). Conclusion Fetal growth restriction and SGA were associated with adverse perinatal outcomes. The type of FGR at the moment of diagnosis was an independent variable to predict respiratory distress and the need for neonatal resuscitation. The model including both the type of FGR and the gestational age at birth predicted the risk of needing neonatal ICU hospitalization.
Resumo Objetivo Avaliar o efeito da restrição de crescimento fetal (RCF) precoce, RCF tardio, fetos pequenos constitucionais para idade gestacional (PIG) e fetos adequados para idade gestacional (AIG) sobre resultados adversos perinatais. Métodos Estudo longitudinal e retrospectivo, no qual foram avaliados quatro grupos: 1 - RCF precoce (< 32 semanas) (n=20), 2 - RCF tardio ( 32 semanas) (n=113), 3 - PIG (n=59), 4 - AIG (n=476). A curva de Kaplan-Meier foi utilizada para comparar o tempo entre o diagnóstico da RCF e o parto. Regressão logística foi utilizada para determinação dosmelhores previsores de resultados perinatais adversos entre os fetos com RCF e PIG. Resultados Os fetos AIGs apresentaram maior tempo entre o diagnóstico e parto, enquanto fetos RCF tardio apresentaram menor tempo (p<0,001). O modelo contendo tanto os tipos de RCF quanto a idade gestacional no momento do parto foi significativo em predizer o risco de internação na unidade de terapia intensiva (UTI) neonatal (p<0,001). O modelo incluindo apenas o tipo de FGR prediz o risco de ressuscitação neonatal (p<0,001), de desconforto respiratório (p<0,001) e de nascimento<32, 34 e 37 semanas de gestação, respectivamente (p<0,001). Conclusão Os desvios do crescimento, RCF e PIG, foram associados a resultados perinatais adversos. O tipo de RCF no momento do diagnóstico foi variável independente para predizer necessidade de reanimação neonatal e desconforto respiratório. O modelo que incluiu o tipo de FGR e idade gestacional no nascimento prediz o risco de necessitar de internação em UTI neonatal.
Subject(s)
Humans , Female , Pregnancy , Infant, Small for Gestational Age , Gestational Age , Fetal Growth Retardation , Prognosis , Respiratory Distress Syndrome, Newborn/diagnosis , Respiratory Distress Syndrome, Newborn/therapy , Time Factors , Retrospective Studies , Risk Factors , Longitudinal Studies , Ultrasonography, Prenatal , Critical CareABSTRACT
Objetivos: o presente estudo teve por objetivo associar a idade materna aos fatores perinatais em parturientes de um hospital e maternidade da região norte do Ceará. Metodologia: trata-se de um estudo retrospectivo, descritivo, com análise documental. As variáveis analisadas foram aquelas que pudesse correlacionar os aspectos perinatais à idade da mãe: estado civil, tipo de parto, número de consultas pré-natal, idade gestacional, índice de Apgar e peso do neonato. A pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética local (1.878.614). Resultados: a idade máxima registrada foi de 41 anos e a idade mínima de 15 anos. Predominou a faixa entre 21-35 (71,87%). A escolaridade predominou ensino médio com 53,12%. Em relação ao estado civil, àquelas com companheiro prevaleceram com 65,62%. O parto do tipo cesário esteve mais presente com 46,87% das mulheres na faixa de 21-35 anos. Em relação ao número de consultas prevaleceu a faixa de 21ª 35 anos com 7 ou mais consultas (59,37%). Sobre a idade gestacional, de 37 a 41 semanas foi prevalente (51,56%). Quando observado variáveis neonatais percebeu-se que os melhores índices de Apgar e peso ao nascer foram mais presentes em mães na faixa de 21 a 35 anos (65,62% e 51,56%, respectivamente). Conclusão: os dados encontrados são pertinentes a outros na literatura e chama a atenção presença de gestantes em idades consideradas fora do recomendado.
Objective: the present study aimed to conect maternal age with perinatal factors in parturients of a hospital and maternity hospital in the northern region of Ceará. Methodology: it is a retrospective, descriptive study with documentary analysis. The variables analyzed were those that could correlate the perinatal aspects to the mother's age: marital status, type of delivery, gestational age, Apgar score and neonate weight. The research was approved by the ethics committee (1.878.614). Results: the maximum age was 41 years and the minimum age was 15 years. The range between 21-35 (71.87%) prevailed. Schooling predominated in high school with 53.12%. In relation to marital status, those with partners prevailed with 65.62%. Cesarean delivery was more present with 46.87% of the women in the 21-35 age group. Regarding the number of consultations, the 21-year-old 35-year-old with 7 or more consultations (59.37%) prevailed. About gestational age, from 37 to 41 weeks was prevalent (51.56%). When neonatal variables were observed, it was observed that the best Apgar and birth weight indices were more present in mothers between the ages of 21 and 35 (65.62% and 51.56%, respectively). Conclusion: the data found are relevant to others in the literature and calls attention the presence of pregnant women at ages considered out of the recommended.
Subject(s)
Maternal AgeABSTRACT
O diabetes mellitus gestacional (DMG) é uma patologia da segunda metade da gestação caracterizada por uma insulinorresistência que está intimamente relacionada ao resultado perinatal adverso e se não diagnosticada e tratada pode trazer sérios problemas tanto para a mãe quanto para o feto. O objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão da literatura sobre marcadores clínicos e bioquímicos de gravidade do DMG. Trata-se de uma revisão de literatura nas bases de dados PubMed, SciELO e Cochrane. Foram selecionados 50 artigos, mas apenas 25 tiveram relevância para serem discutidos nesta revisão. Após análise pôde-se concluir que com os novos critérios-diagnósticos e um aumento na incidência dessa patologia é de grande valia identificar marcadores clínicos e bioquímicos que estão relacionados aos resultados perinatais adversos e à necessidade de tratamento complementar à dieta
The gestational diabetes mellitus (GDM) is a second half of pregnancy disease characterized by insulin resistance that is closely related to perinatal outcome and if undiagnosed and untreated can cause serious problems for both mother and fetus. The objective of this study was to review the literature on clinical and biochemical markers of GDM severity. This is a literature review in PubMed, SciELO and Cochrane. Fifty articles were selected, but only 25 were relevant to be discussed in this review. After their analysis it was concluded that with the new diagnostic criteria and an increased incidence of this pathology is of great value to identify clinical and laboratory markers that are related to adverse perinatal outcomes and the need to supplement the diet treatment
Subject(s)
Humans , Female , Pregnancy , Diabetes, Gestational/diagnosis , Diabetes, Gestational/epidemiology , Biomarkers/blood , Birth Weight , Body Mass Index , Insulin Resistance , Fetal Macrosomia/etiology , Pregnancy Complications , Pregnancy Outcome , Prenatal Diagnosis , Glucose Tolerance TestABSTRACT
OBJETIVO: Avaliar índices de pulsatilidade das artérias umbilical (IPAU) e cerebral média (IPACM) e relação do índice de pulsatilidade umbilico-cerebral (IPAU/IPACM) em fetos de gestantes hipertensas e presença de resultados perinatais adversos. MATERIAIS E MÉTODOS: Analisamos IPAU, IPACM e IPAU/IPACM de 289 fetos de gestantes hipertensas quanto à previsão dos resultados perinatais adversos. Os resultados foram comparados sem e com ajuste pela idade gestacional. RESULTADOS: O índice de Apgar < 7 no 5º minuto foi associado com resultados alterados após o ajuste por idade gestacional. O risco para recém-nascidos pequenos para a idade gestacional aumentou em três vezes após o ajuste, com significância estatística em todos os parâmetros do Doppler. Na síndrome da hipóxia neonatal o aumento do risco ajustado pela idade gestacional foi estatisticamente significante no IPAU e IPAU/IPACM. Não houve aumento no risco de síndrome do desconforto respiratório na análise ajustada. A mortalidade perinatal e o IPAU alterado apresentaram um risco três vezes maior e foram estatisticamente significantes após o ajuste. CONCLUSÃO: Em gestantes hipertensas, o IPAU apresentou melhor correlação com os resultados perinatais do que o IPACM ou relação IPAU/IPACM. O risco de resultados adversos deve considerar a idade gestacional.
OBJECTIVE: To evaluate the pulsatility index of umbilical artery (UAPI) and middle cerebral artery (MCAPI), as well as the umbilical-cerebral pulsatility (UAPI/MCAPI) ratio in fetuses of hypertensive pregnant women and associated adverse perinatal outcomes. MATERIALS AND METHODS: The authors have analyzed UAPI, MCAPI and UAPI/MCAPI ratio in 289 fetuses of hypertensive women, correlating the results with the presence of adverse perinatal outcomes. Results were compared with and without adjustment for gestational age. RESULTS: Apgar score < 7 at the 5th minute was associated with altered outcomes after adjustment for gestational age. The risk for small-for-gestational-age infant increased three times after such adjustment, with statistical significance for all the Doppler parameters. The increase in risk for neonatal hypoxia after adjustment for gestational age was statistically significant for UAPI and UAPI/MCAPI ratio. No increase was observed in the risk for respiratory distress syndrome in the adjusted analysis. A three-time higher risk for perinatal mortality and altered UAPI with statistical significance was observed after adjustment. CONCLUSION: In fetuses of hypertensive pregnant women, UAPI demonstrated better correlations with perinatal outcomes than MCAPI and UAPI/MCAPI ratio. The risk for adverse gestational outcome should be evaluated taking the gestational age into consideration.
Subject(s)
Humans , Fetal Development , Fetus/abnormalities , Fetus/cytology , Placental Circulation , Prenatal Diagnosis , Ultrasonography, Doppler , Hypertension, Pregnancy-Induced , Middle Cerebral Artery , Umbilical ArteriesABSTRACT
Introdução: A gravidez gemelar, comparativamente à gestação única, está correlacionada a substancial incremento na morbidade materna e perinatal, o que a caracteriza como de alto risco. Objetivo: Analisar as características e os resultados perinatais das gestações gemelares ocorridas no período de 1998 a 2007. Metodologia: estudo transversal com delineamento caso-controle realizado no Hospital Geral/Fundação Universidade de Caxias do Sul. Em 14.633 nascimentos constataram-se 191 gestações bigemelares (1,3 por cento; 26,1/1.000 nascimentos) e duas gestações trigemelares (0,01 por cento; 0,4/1.000 nascimentos), que originaram 388 nascimentos (grupo Gemelar). Com vistas à análise estatística, foram selecionados três controles (n=1.164), correspondentes aos três partos únicos subseqüentes (grupo Único). Foram analisadas variáveis maternas e fetais. Foram utilizados o teste t de Student, o teste Mann Whitney e o teste qui-quadrado de Pearson ou Exato de Fisher. O nível de significância estatística considerado foi de 5 por cento (p<0,05). Resultados: A análise estatística evidenciou significância estatística (p<0,05) nas seguintes variáveis: apresentação pélvica do 1o gemelar, parto cesáreo, índice de Apgar no 1o e 5o minutos, idade gestacional, índice de natimortalidade e neomortalidade, necessidade de cuidados de intensivismo neonatal e peso fetal, trabalho de parto pré-termo, síndrome hipertensiva, ruptura prematura da membrana. Conclusão: A gravidez gemelar apresentou percentual compatível com os da literatura concernente, maior índice de complicações maternas e perinatais, caracterizando-se como uma gravidez de alto risco fetal, em virtude das taxas aumentadas de morbiletalidade perinatal.
Introduction: Twin pregnancy, as compared to singleton pregnancy, is correlated with a substantial increase in maternal and perinatal morbidity, which characterizes it as high risk. Aim: To analyze the characteristics and the perinatal results of twin gestations that occurred from 1998 to 2007. Methods: This is a transversal study with case-control design performed at the Hospital Geral/Fundação Universidade de Caxias do Sul. Among 14.633 births, 191 twin pregnancies (1.3 percent; 26.1/1.000 births) and two triplet pregnancies (0.01 percent; 0.4/1.000 nascimentos) were found, generating 388 births (gemelar group). For the statistical analysis, three controls were selected (n=1.164), corresponding to the three subsequent singleton births (singleton group). Maternal and fetal variables were assessed. Students t-test, Mann Whitney test, and the Peasons or Fishers exact test were used. The level of statistical significance considered was 5 percent (p<0.05). Results: The statistical analysis showed statistical significance (p<0.05) in the following variables: pelvic presentation of the first twin, cesarean section, Apgar index in the 1st and 5th minute, gestational age, natal and neonatal mortality rate, need for neonatal intensive care, fetal weight, pre-term labor, hypertensive syndrome, premature rupture of membrane. Conclusion: The percentage of twin gestation was consistent with the related literature, with a higher risk of maternal and perinatal complications, characterizing it as a high risk pregnancy for the fetus in view of the increased rates of perinatal morbidity and mortality.