ABSTRACT
Baseada na formação da identidade pela elaboração dos símbolos e funções estruturantes coordenados por arquétipos nas incontáveis vivências existenciais, a psicologia simbólica junguiana argumenta, neste artigo, que o amor exige o conhecimento das personalidades dos amantes e que o desconhecimento entre o homem e a mulher, que ainda é muito grande, dificulta sua vivência. A seguir, o autor defende a tese segundo a qual o conhecimento entre o homem e a mulher vem se desenvolvendo lentamente na história da humanidade, mas ainda está no início. Ele afirma também que até mesmo esse pequeno conhecimento acumulado está deformado por projeções defensivas mútuas, oriundas da constituição física, do problema do desenvolvimento diferente de um e de outro e da confusão da identidade do homem e da mulher com os papéis que desempenharam na história. Assim sendo, o autor descreve resumidamente essas deformações e, concluindo, afirma que, para se conhecerem e poderem se amar, o homem e a mulher necessitam antes de tudo elaborar essas deformações milenares que os afastaram e ainda hoje os iludem.
In this article Jungian symbolic psychology suggests that love requires a good deal of knowledge of the personalities of men and of women and that lack of knowledge, still very pronounced, limits this experience. The theory is based on identity formation by the elaboration of symbols and structuring functions according to archetypes. The author supports that knowledge among men and women is slowly developing in the history of humankind, but is still in the beginning, and even this little knowledge is deformed by mutual projections originated in our physical constitution, in the differences of our process of development and in the confusion between the identity of man and of woman and the roles they have lives through history. Therefore, the author summarily describes these deformations and concludes that, in order to know and to love each other, men and women firstly need to elaborate these millenary deformations which have driven them apart through wounds and illusions.