ABSTRACT
The pathogenic potential of Blastocystis sp. in experimental models requires further investigation. In this work, the pathogenicity of this parasite in the gastrointestinal tract of male Swiss mice was evaluated according to the inoculum size and period of infection. Animals were infected intragastrically, with 100, 500, 1,000, 5,000 and 10,000 Blastocystis sp. vacuolar forms obtained from a mixture of eight human isolates cultured axenically in Jones' medium. After seven, 14, 21, 28 and 60 days of infection, the animals were sacrificed and fragments of the small intestine (duodenum), large intestine, and cecum were subjected to histopathological analysis. Blastocystis sp. triggered an inflammatory response in the different tissues analyzed, with a predominance of mononuclear cells. The parasite was found in the muscular layer of the cecum, showing its invasive character. Larger inocula triggered inflammatory processes earlier (seven days) than smaller ones (from 21 days). We conclude that, in the proposed model, the pathogenicity of Blastocystis sp. isolates that were studied is related to inoculum size and period of infection.
Pouco é sabido sobre o potencial patogênico de Blastocystis sp. em modelos experimentais. Neste trabalho a patogenicidade desse parasito para o trato gastrointestinal de camundongos Swiss machos foi avaliada de acordo com o inóculo e tempo de infecção. Os animais foram infectados, via intragástrica, com 100, 500, 1.000, 5.000 e 10.000 formas vacuolares de Blastocystis sp. obtidos a partir de uma mistura de oito isolados humanos cultivados axenicamente em meio Jones. Após 7, 14, 21, 28 e 60 dias de infecção os animais foram sacrificados e fragmentos do intestino delgado (duodeno), grosso e ceco foram retirados para análise histopatológica. Blastocystis sp. desencadeou resposta inflamatória nos diferentes tecidos analisados, com predominância de infiltrado mononuclear. No ceco o parasito foi encontrado na túnica muscular mostrando seu caráter invasivo. Inóculos maiores desencadearam processos inflamatórios mais precocemente (7 dias) e inóculos menores mais tardiamente (a partir de 21 dias). Conclui-se que no modelo proposto a patogenicidade dos isolados de Blastocystis sp. estudados tem relação com o inóculo e tempo de infecção.
Subject(s)
Animals , Humans , Male , Mice , Blastocystis Infections/physiopathology , Blastocystis/pathogenicity , Gastrointestinal Tract/parasitology , Cecum/parasitology , Duodenum/parasitology , Feces/parasitology , Intestine, Large/parasitology , Leukocytes, Mononuclear/parasitology , Parasite Load , Time FactorsABSTRACT
O objetivo deste artigo é difundir o conhecimento sobre Blastocystis hominis e a doença que produz. O autor apresenta uma revisão começando com os dados históricos e taxonômicos, descrevendo, a seguir, a morfologia, biologia e patogenia do protozoário. Conclui analisando os aspectos clínicos e epidemiológicos, incorporando sua própria experiência no diagnóstico e tratamento desta parasitose intestinal. As considerações realizadas pretendem motivar a realização de pesquisas que permitam determinar as características clínico-epidemiológicas da blastocistose no Brasil