ABSTRACT
O diabetes melito é o maior fator de risco para doença arterial coronariana. Além da longa duração de diabetes, outros fatores, como presença de doença arterial periférica e tabagismo são fortes preditores para anormalidades na cintilografia de perfusão do miocárdio. O objetivo deste estudo foi avaliar o impacto dos fatores de risco de pacientes diabéticos nos resultados da cintilografia de perfusão do miocárdio e comparar com os resultados de pacientes não diabéticos em uma clínica de medicina nuclear. Foi realizado um estudo transversal retrospectivo por meio da análise de prontuários de pacientes que realizaram cintilografia miocárdica no período de 2010 a 2019. Foram avaliados 34.736 prontuários. Analisando a fase de estresse da cintilografia de perfusão do miocárdio, os portadores de diabetes melito precisaram receber estímulo farmacológico duas vezes mais que os não diabéticos para sua realização. Também foram avaliados fatores que tivessem impacto negativo no resultado da cintilografia de perfusão do miocárdio, e foi visto que o diabetes melito (33,6%), a insulinoterapia (18,1%), a hipertensão arterial sistêmica (69,9%), a dislipidemia (53%), o sedentarismo (83,1%), o uso de estresse farmacológico (50,6%), a dor torácica típica (8,5%) e a angina limitante durante o teste (1,7%) estiveram associados significativamente (p<0,001) a anormalidades neste exame. (AU)
Diabetes mellitus (DM) is the greatest risk factor for coronary artery disease. In addition to a long duration of diabetes, the presence of peripheral arterial disease and smoking are strong predictors of abnormalities on myocardial perfusion scintigraphy (MPS). This study aimed to assess the impact of risk factors in diabetic patients on MPS results and compare them with those of non-diabetic patients in a nuclear medicine clinic. A retrospective cross-sectional study was performed through the analysis of the medical records of patients who underwent MPS in 20102019. A total of 34,736 medical records were evaluated. Analyzing the stress phase of MPS, DM patients required two-fold more pharmacological stimulation than non-diabetic patients for MPS. Factors that negatively impact the MPS results were also evaluated, and DM (33.6%), insulin therapy (18.1%), systemic arterial hypertension (69.9%), dyslipidemia (53%), sedentary lifestyle (83.1%), use of pharmacological stress (50.6%), typical chest pain (8.5%), and limiting angina during the test (1.7%) were significantly associated (p < 0.001) with test abnormalities. (AU)