Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 20 de 8.297
Filtrar
1.
Artigo em Espanhol | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1569587

RESUMO

Introducción: La enfermedad por hígado graso no alcohólico es una de las principales causas de afección hepática. La citoqueratina 18 surge como marcador no invasivo para la valoración de fibrosis hepática. El objetivo del trabajo fue validar el uso de la citoqueratina 18 en sangre periférica en el diagnóstico y evolución de los pacientes con enfermedad por hígado graso no alcohólico. Metodología: Para validar la citoqueratina 18 en el diagnóstico se realizó un estudio de tipo caso-control. El grupo caso fueron los pacientes mayores de 18 años, de ambos sexos, con diagnóstico de enfermedad por hígado graso no alcohólico vinculado al síndrome metabólico, captados entre 2/2/2019 al 2/2/2020. El grupo control fueron personas donantes de sangre. Se parearon 1-1 por edad y sexo. Se cuantificó la citoqueratina 18 en sangre periférica de ambos grupos. Para validar la citoqueratina 18 en la evolución de los pacientes con enfermedad de hígado graso no alcohólico se realizó un trabajo prospectivo, longitudinal. El grupo de pacientes captados fueron seguidos durante un año bajo tratamiento estándar, finalizando el mismo se realizó la cuantificación de citoqueratina 18 en sangre periférica. Las variables continuas se expresan con la media y desvío estándar. Se analizó con test de t Student, error α < 5% Resultados: 13 pacientes integran el grupo caso (12 mujeres), de 53 ± 11 años, con IMC 35.01 ± 8.9 kg/m2. El valor de citoqueratina 18 pre-tratamiento fue de 1410 ± 120 UI, y el valor post-tratamiento fue de 117 ± 56, p < 0,005.El grupo control fueron 13 personas (12 mujeres), de 43,4 ± 8,1 años e IMC 28,10 ± 5,4 kg/m2 El valor de citoqueratina 18 fue de 193 ± 7.2 UI, p < 0.005 vs grupo caso pretratamiento. Conclusiones: La citoqueratina 18 es más elevada en los pacientes con enfermedad hígado graso no alcohólico, siendo estadísticamente significativa y disminuye con el tratamiento con significación estadística, pudiendo constituirse en un marcador útil en este grupo de pacientes.


Introduction: Nonalcoholic fatty liver disease is one of the main causes of liver disease. Cytokeratin 18 emerges as a non-invasive marker for the assessment of liver fibrosis. The objective of the work was to validate the use of cytokeratin 18 in peripheral blood in the diagnosis and evolution of patients with non-alcoholic fatty liver disease. Methodology: To validate cytokeratin 18 in the diagnosis, a case-control study was carried out. The case group was patients over 18 years of age, of both sexes, with a diagnosis of non-alcoholic fatty liver disease linked to metabolic syndrome, recruited between 2/2/2019 to 2/2/2020. The control group were blood donors. They were matched 1-1 for age and sex. Cytokeratin 18 was quantified in peripheral blood of both groups. To validate cytokeratin 18 in the evolution of patients with non-alcoholic fatty liver disease, a prospective, longitudinal study was carried out. The group of patients recruited were followed for one year under standard treatment, at the end of which cytokeratin 18 was quantified in peripheral blood. Continuous variables are expressed with the mean and standard deviation. It was analyzed with Student's t test, α error < 5%. Results: 13 patients make up the case group (12 women), 53 ± 11 years old, with BMI 35.01 ± 8.9 kg/m2. The pre-treatment cytokeratin 18 value was 1410 ± 120 IU, and the post-treatment value was 117 ± 56, p < 0.005. The control group was 13 people (12 women), 43.4 ± 8.1 years and BMI 28.10 ± 5.4 kg/m2 The cytokeratin 18 value was 193 ± 7.2 IU, p < 0.005 vs. pretreatment case group. Conclusions: Cytokeratin 18 is higher in patients with non-alcoholic fatty liver disease, being statistically significant, and decreases with treatment with statistical significance, and may become a useful marker in this group of patients.


Introdução: A doença hepática gordurosa não alcoólica é uma das principais causas de doença hepática. A citoqueratina 18 surge como um marcador não invasivo para avaliação de fibrose hepática. O objetivo do trabalho foi validar o uso da citoqueratina 18 no sangue periférico no diagnóstico e evolução de pacientes com doença hepática gordurosa não alcoólica. Metodologia: Para validar a citoqueratina 18 no diagnóstico, foi realizado um estudo caso-controle. O grupo caso foi composto por pacientes maiores de 18 anos, de ambos os sexos, com diagnóstico de doença hepática gordurosa não alcoólica ligada à síndrome metabólica, recrutados entre 02/02/2019 a 02/02/2020. O grupo controle eram doadores de sangue. Eles foram comparados em 1 a 1 por idade e sexo. A citoqueratina 18 foi quantificada no sangue periférico de ambos os grupos. Para validar a citoqueratina 18 na evolução de pacientes com doença hepática gordurosa não alcoólica, foi realizado um estudo prospectivo e longitudinal. O grupo de pacientes recrutados foi acompanhado durante um ano sob tratamento padrão, ao final do qual a citoqueratina 18 foi quantificada no sangue periférico. As variáveis ​​contínuas são expressas com média e desvio padrão. Foi analisado com teste t de Student, erro α < 5%. Resultados: Compõem o grupo caso 13 pacientes (12 mulheres), 53 ± 11 anos, com IMC 35,01 ± 8,9 kg/m2. O valor de citoqueratina 18 pré-tratamento foi de 1410 ± 120 UI e o valor pós-tratamento foi de 117 ± 56, p < 0,005. O grupo controle foi de 13 pessoas (12 mulheres), 43,4 ± 8,1 anos e IMC 28,10 ± 5,4 kg/m2 O valor da citoqueratina 18 foi de 193 ± 7,2 UI, p < 0,005 vs. grupo de casos pré-tratamento. Conclusões: A citoqueratina 18 é maior em pacientes com doença hepática gordurosa não alcoólica, sendo estatisticamente significativa, e diminui com o tratamento com significância estatística, podendo se tornar um marcador útil neste grupo de pacientes.

2.
J. bras. nefrol ; 46(3): e20230029, July-Sept. 2024. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1550504

RESUMO

ABSTRACT Introduction: Lung diseases are common in patients with end stage kidney disease (ESKD), making differential diagnosis with COVID-19 a challenge. This study describes pulmonary chest tomography (CT) findings in hospitalized ESKD patients on renal replacement therapy (RRT) with clinical suspicion of COVID-19. Methods: ESKD individuals referred to emergency department older than 18 years with clinical suspicion of COVID-19 were recruited. Epidemiological baseline clinical information was extracted from electronic health records. Pulmonary CT was classified as typical, indeterminate, atypical or negative. We then compared the CT findings of positive and negative COVID-19 patients. Results: We recruited 109 patients (62.3% COVID-19-positive) between March and December 2020, mean age 60 ± 12.5 years, 43% female. The most common etiology of ESKD was diabetes. Median time on dialysis was 36 months, interquartile range = 12-84. The most common pulmonary lesion on CT was ground glass opacities. Typical CT pattern was more common in COVID-19 patients (40 (61%) vs 0 (0%) in non-COVID-19 patients, p < 0.001). Sensitivity was 60.61% (40/66) and specificity was 100% (40/40). Positive predictive value and negative predictive value were 100% and 62.3%, respectively. Atypical CT pattern was more frequent in COVID-19-negative patients (9 (14%) vs 24 (56%) in COVID-19-positive, p < 0.001), while the indeterminate pattern was similar in both groups (13 (20%) vs 6 (14%), p = 0.606), and negative pattern was more common in COVID-19-negative patients (4 (6%) vs 12 (28%), p = 0.002). Conclusions: In hospitalized ESKD patients on RRT, atypical chest CT pattern cannot adequately rule out the diagnosis of COVID-19.


RESUMO Introdução: Doenças pulmonares são comuns em pacientes com doença renal em estágio terminal (DRET), dificultando o diagnóstico diferencial com COVID-19. Este estudo descreve achados de tomografia computadorizada de tórax (TC) em pacientes com DRET em terapia renal substitutiva (TRS) hospitalizados com suspeita de COVID-19. Métodos: Indivíduos maiores de 18 anos com DRET, encaminhados ao pronto-socorro com suspeita de COVID-19 foram incluídos. Dados clínicos e epidemiológicos foram extraídos de registros eletrônicos de saúde. A TC foi classificada como típica, indeterminada, atípica, negativa. Comparamos achados tomográficos de pacientes com COVID-19 positivos e negativos. Resultados: Recrutamos 109 pacientes (62,3% COVID-19-positivos) entre março e dezembro de 2020, idade média de 60 ± 12,5 anos, 43% mulheres. A etiologia mais comum da DRET foi diabetes. Tempo médio em diálise foi 36 meses, intervalo interquartil = 12-84. A lesão pulmonar mais comum foi opacidades em vidro fosco. O padrão típico de TC foi mais comum em pacientes com COVID-19 (40 (61%) vs. 0 (0%) em pacientes sem COVID-19, p < 0,001). Sensibilidade 60,61% (40/66), especificidade 100% (40/40). Valores preditivos positivos e negativos foram 100% e 62,3%, respectivamente. Padrão atípico de TC foi mais frequente em pacientes COVID-19-negativos (9 (14%) vs. 24 (56%) em COVID-19-positivos, p < 0,001), enquanto padrão indeterminado foi semelhante em ambos os grupos (13 (20%) vs. 6 (14%), p = 0,606), e padrão negativo foi mais comum em pacientes COVID-19-negativos (4 (6%) vs. 12 (28%), p = 0,002). Conclusões: Em pacientes com DRET em TRS hospitalizados, um padrão atípico de TC de tórax não pode excluir adequadamente o diagnóstico de COVID-19.

3.
Diagn. tratamento ; 29(3): 118-126, jul-set. 2024. tab, quad
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1561640

RESUMO

Contexto e objetivo: A transmissão de doenças por mosquitos afeta a população e a economia de todo o mundo. Há um número considerável de doenças que podem ser transmitidas por mosquitos, com destaque para a malária e a dengue, endêmica em regiões tropicais. Evidentemente, medidas preventivas são imprescindíveis para a redução da transmissão. Avaliar as evidências de efetividade das telas de proteção com e sem inseticida para prevenção de doenças transmitidas por mosquitos. Métodos: Trata-se de sinopse baseada em evidências. Procedeu-se à busca por estudos que associavam o uso de telas de proteção contra mosquitos à redução do contágio de doenças transmitidas por mosquitos em três bases de dados: PubMed (1966-2024), Portal BVS (1982-2024) e Epistemonikos (2024) e também no metabuscador de evidências TRIP DATABASE (2024). O desfecho de análise envolveu a efetividade das telas de proteção na redução de doenças transmitidas por mosquitos. Resultados: Foram encontradas 307 citações. Seis estudos (1 revisão sistemática e 5 ensaios clínicos) foram incluídos. Discussão: A maioria dos estudos envolveu a colocação de telas de proteção com inseticida, havendo evidência de alta certeza para redução de mortalidade por malária e redução na entrada de mosquitos nas habitações, mesmo com redes sem inseticida. Conclusões: Embora não haja robustez na evidência da efetividade das telas de proteção sem inseticidas contra mosquitos transmissores de doenças, o que demanda a necessidade de realização de novos estudos prospectivos, parece lícita e benéfica a utilização de telas de proteção em regiões endêmicas para doenças transmitidas por esses vetores.


Assuntos
Revisão , Prática Clínica Baseada em Evidências , Dengue , Malária , Culicidae
4.
J. bras. nefrol ; 46(3): e20230066, July-Sept. 2024. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1564714

RESUMO

Abstract Introduction: Blood pressure (BP) assessment affects the management of arterial hypertension (AH) in chronic kidney disease (CKD). CKD patients have specific patterns of BP behavior during ambulatory blood pressure monitoring (ABPM). Objectives: The aim of the current study was to evaluate the associations between progressive stages of CKD and changes in ABPM. Methodology: This is a cross-sectional study with 851 patients treated in outpatient clinics of a university hospital who underwent ABPM examination from January 2004 to February 2012 in order to assess the presence and control of AH. The outcomes considered were the ABPM parameters. The variable of interest was CKD staging. Confounding factors included age, sex, body mass index, smoking, cause of CKD, and use of antihypertensive drugs. Results: Systolic BP (SBP) was associated with CKD stages 3b and 5, irrespective of confounding variables. Pulse pressure was only associated with stage 5. The SBP coefficient of variation was progressively associated with stages 3a, 4 and 5, while the diastolic blood pressure (DBP) coefficient of variation showed no association. SBP reduction was associated with stages 2, 4 and 5, and the decline in DBP with stages 4 and 5. Other ABPM parameters showed no association with CKD stages after adjustments. Conclusion: Advanced stages of CKD were associated with lower nocturnal dipping and greater variability in blood pressure.


Resumo Introdução: A avaliação da pressão arterial (PA) tem impacto no manejo da hipertensão arterial (HA) na doença renal crônica (DRC). O portador de DRC apresenta padrão específico de comportamento da PA ao longo da monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA). Objetivos: O objetivo do corrente estudo é avaliar as associações entre os estágios progressivos da DRC e alterações da MAPA. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal com 851 pacientes atendidos nos ambulatórios de um hospital universitário que foram submetidos ao exame de MAPA no período de janeiro de 2004 a fevereiro de 2012 para avaliar a presença e o controle da HA. Os desfechos considerados foram os parâmetros de MAPA. A variável de interesse foi o estadiamento da DRC. Foram considerados como fatores de confusão idade, sexo, índice de massa corporal, tabagismo, causa da DRC e uso de anti-hipertensivos. Resultados: A PA sistólica (PAS) se associou aos estágios 3b e 5 da DRC, independentemente das variáveis de confusão. Pressão de pulso se associou apenas ao estágio 5. O coeficiente de variação da PAS se associou progressivamente aos estágios 3a, 4 e 5, enquanto o coeficiente de variação da pressão arterial diastólica (PAD) não demonstrou associação. O descenso da PAS obteve associação com estágios 2, 4 e 5, e o descenso da PAD, com os 4 e 5. Demais parâmetros da MAPA não obtiveram associação com os estágios da DRC após os ajustes. Conclusão: Estágios mais avançados da DRC associaram-se a menor descenso noturno e a maior variabilidade da pressão arterial.

5.
J. bras. nefrol ; 46(3): e2024E007, July-Sept. 2024. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1564715

RESUMO

Abstract Historically, it takes an average of 17 years for new treatments to move from clinical evidence to daily practice. Given the highly effective treatments now available to prevent or delay kidney disease onset and progression, this is far too long. Now is the time to narrow the gap between what we know and what we do. Clear guidelines exist for the prevention and management of common risk factors for kidney disease, such as hypertension and diabetes, but only a fraction of people with these conditions are diagnosed worldwide, and even fewer are treated to target. Similarly, the vast majority of people living with kidney disease are unaware of their condition, because it is often silent in the early stages. Even among patients who have been diagnosed, many do not receive appropriate treatment for kidney disease. Considering the serious consequences of kidney disease progression, kidney failure, or death, it is imperative that treatments are initiated early and appropriately. Opportunities to diagnose and treat kidney disease early must be maximized beginning at the primary care level. Many systematic barriers exist, ranging from the patient to the clinician to the health systems to societal factors. To preserve and improve kidney health for everyone everywhere, each of these barriers must be acknowledged so that sustainable solutions are developed and implemented without further delay.


Resumo Historicamente, são necessários, em média, 17 anos para que novos tratamentos passem da evidência clínica para a prática diária. Considerando os tratamentos altamente eficazes disponíveis atualmente para prevenir ou retardar o início e a progressão da doença renal, esse período é demasiadamente longo. Agora é o momento de reduzir a lacuna entre o que sabemos e aquilo que fazemos. Existem diretrizes claras para a prevenção e o manejo dos fatores de risco comuns para doenças renais, como hipertensão e diabetes, mas apenas uma fração das pessoas com essas condições é diagnosticada mundialmente, e um número ainda menor recebe tratamento adequado. Da mesma forma, a grande maioria das pessoas que sofrem de doença renal não têm conhecimento de sua condição, pois ela costuma ser silenciosa nos estágios iniciais. Mesmo entre pacientes que foram diagnosticados, muitos não recebem tratamento adequado para a doença renal. Levando em consideração as graves consequências da progressão da doença renal, insuficiência renal ou óbito, é imperativo que os tratamentos sejam iniciados precocemente e de maneira adequada. As oportunidades para diagnosticar e tratar precocemente a doença renal devem ser maximizadas, começando no nível da atenção primária. Existem muitas barreiras sistemáticas, que vão desde o paciente até o médico, passando pelos sistemas de saúde e por fatores sociais. Para preservar e melhorar a saúde renal para todos em qualquer lugar, cada uma dessas barreiras deve ser reconhecida para que soluções sustentáveis sejam desenvolvidas e implementadas sem mais demora.

6.
J. bras. nefrol ; 46(3): e20240035, July-Sept. 2024. graf
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1564717

RESUMO

Abstract Renal involvement is one of the most severe morbidities of Fabry disease (FD), a multisystemic lysosomal storage disease with an X-linked inheritance pattern. It results from pathogenic variants in the GLA gene (Xq22.2), which encodes the production of alpha-galactosidase A (α-Gal), responsible for glycosphingolipid metabolism. Insufficient activity of this lysosomal enzyme generates deposits of unprocessed intermediate substrates, especially globotriaosylceramide (Gb3) and derivatives, triggering cellular injury and subsequently, multiple organ dysfunction, including chronic nephropathy. Kidney injury in FD is classically attributed to Gb3 deposits in renal cells, with podocytes being the main target of the pathological process, in which structural and functional alterations are established early and severely. This configures a typical hereditary metabolic podocytopathy, whose clinical manifestations are proteinuria and progressive renal failure. Although late clinical outcomes and morphological changes are well established in this nephropathy, the molecular mechanisms that trigger and accelerate podocyte injury have not yet been fully elucidated. Podocytes are highly specialized and differentiated cells that cover the outer surface of glomerular capillaries, playing a crucial role in preserving the structure and function of the glomerular filtration barrier. They are frequent targets of injury in many nephropathies. Furthermore, dysfunction and depletion of glomerular podocytes are essential events implicated in the pathogenesis of chronic kidney disease progression. We will review the biology of podocytes and their crucial role in regulating the glomerular filtration barrier, analyzing the main pathogenic pathways involved in podocyte injury, especially related to FD nephropathy.


Resumo O acometimento renal é uma das mais severas morbidades da doença de Fabry (DF), enfermidade multissistêmica de depósito lisossômico com padrão de herança ligada ao cromossomo X, decorrente de variantes patogênicas do gene GLA (Xq22.2), que codifica a produção de alfa-galactosidase A (α-Gal), responsável pelo metabolismo de glicoesfingolipídeos. A atividade insuficiente dessa enzima lisossômica gera depósitos de substratos intermediários não processados, especialmente do globotriaosilceramida (Gb3) e derivados, desencadeando injúria celular e, posteriormente, disfunção de múltiplos órgãos, incluindo a nefropatia crônica. A lesão renal na DF é classicamente atribuída aos depósitos de Gb3 nas células renais, sendo os podócitos o alvo principal do processo patológico, nos quais as alterações estruturais e funcionais são instaladas de forma precoce e severa, configurando uma podocitopatia metabólica hereditária típica, cujas manifestações clínicas são proteinúria e falência renal progressiva. Embora os desfechos clínicos tardios e as alterações morfológicas estejam bem estabelecidos nessa nefropatia, os mecanismos moleculares que deflagram e aceleram a injúria podocitária ainda não estão completamente elucidados. Podócitos são células altamente especializadas e diferenciadas que revestem a superfície externa dos capilares glomerulares, desempenhando papel essencial na preservação da estrutura e função da barreira de filtração glomerular, sendo alvos frequentes de injúria em muitas nefropatias. A disfunção e depleção dos podócitos glomerulares são, além disso, eventos cruciais implicados na patogênese da progressão da doença renal crônica. Revisaremos a biologia dos podócitos e seu papel na regulação da barreira de filtração glomerular, analisando as principais vias patogênicas envolvidas na lesão podocitária, especialmente relacionadas à nefropatia da DF.

7.
J. bras. nefrol ; 46(3): e20240023, July-Sept. 2024. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1558252

RESUMO

In the last few years, evidence from the Brazilian Registry of Bone Biopsy (REBRABO) has pointed out a high incidence of aluminum (Al) accumulation in the bones of patients with CKD under dialysis. This surprising finding does not appear to be merely a passive metal accumulation, as prospective data from REBRABO suggest that the presence of Al in bone may be independently associated with major adverse cardiovascular events. This information contrasts with the perception of epidemiologic control of this condition around the world. In this opinion paper, we discussed why the diagnosis of Al accumulation in bone is not reported in other parts of the world. We also discuss a range of possibilities to understand why bone Al accumulation still occurs, not as a classical syndrome with systemic signs of intoxication, as occurred it has in the past.


Nos últimos anos, evidências do Registro Brasileiro de Biópsia óssea (REBRABO) apontaram uma alta incidência de intoxicação por alumínio (Al) no tecido ósseo de pacientes com DRC em diálise. Essa surpreendente informação parece representar não apenas um acúmulo passivo deste metal, visto que dados prospectivos do REBRABO sugerem que a presença de Al no tecido ósseo pode estar independentemente relacionada a eventos cardiovasculares adversos maiores. Essas informações contrastam com a percepção mundial do controle epidemiológico dessa condição. Neste artigo de opinião, discutimos por que o diagnóstico de acúmulo ósseo de Al não é relatado em outras partes do mundo, e também discutimos uma gama de possibilidades para entender por que nós acreditamos que o acúmulo de Al no tecido ósseo ainda ocorre, não como se apresentava no passado, ou seja, como uma síndrome com sinais e sintomas sistêmicos de intoxicação.

8.
J. bras. nefrol ; 46(3): e20230175, July-Sept. 2024. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1558256

RESUMO

Abstract Introduction: Secondary hyperparathyroidism (SHPT) is one of the causes for inflammation in CKD. We assessed the impact of parathyroidectomy (PTX) on neutrophil-to-lymphocyte (N/L) and platelet-to-lymphocyte (P/L) ratios in SHPT patients. Methods: A total of 118 patients [hemodialysis (HD, n = 81), and transplant recipients (TX, n = 37)] undergoing PTX between 2015 and 2021 were analyzed. Results: There was a significant reduction in calcium and PTH levels in both groups, in addition to an increase in vitamin D. In the HD group, PTX did not alter N/L and P/L ratios. In the TX group, there was a reduction in N/L and P/L ratios followed by a significant increase in total lymphocyte count. Conclusion: N/L and P/L ratios are not reliable biomarkers of inflammation in SHPT patients undergoing PTX. Uremia, which induces a state of chronic inflammation in dialysis patients, and the use of immunosuppression in kidney transplant recipients are some of the confounding factors that prevent the use of this tool in clinical practice.


Resumo Introdução: O hiperparatireoidismo secundário (HPTS) é uma das causas de inflamação na DRC. Avaliamos o impacto da paratireoidectomia (PTX) nas relações neutrófilo/linfócito (N/L) e plaqueta/linfócito (P/L) em pacientes com HPTS. Métodos: Foram analisados 118 pacientes [hemodiálise (HD, n = 81) e transplantados (TX, n = 37)] submetidos à PTX entre 2015 e 2021. Resultados: Houve redução significativa de cálcio e PTH nos dois grupos, além de elevação de vitamina D. No grupo HD, a PTX não mudou as relações N/L e P/L. Já no grupo TX, houve redução nas relações N/L e P/L acompanhadas de elevação significativa do número de linfócitos totais. Conclusão: As relações N/L e P/L não são marcadores fidedignos de inflamação em pacientes com HPTS submetidos à PTX. A uremia, que induz um estado de inflamação crônica em pacientes dialíticos, e o uso de imunossupressão em pacientes transplantados renais são alguns dos fatores de confusão que impedem o uso dessa ferramenta na prática clínica.

9.
Arq. bras. cardiol ; 121(8): e20230659, ago. 2024. tab, graf
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1568814

RESUMO

Resumo Fundamento Recentemente, foi demonstrado que o alopurinol, um inibidor da xantina oxidase, possui propriedades cardiovasculares e anti-isquêmicas e pode ser uma opção de agente antianginoso metabólico. Objetivo O objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito antianginoso do alopurinol como terceiro medicamento para pacientes com doença arterial coronariana (DAC) estável. Métodos Trata-se de um ensaio clínico randomizado entre 2018 e 2020 incluindo pacientes com DAC que mantiveram angina apesar da otimização inicial com betabloqueadores e bloqueadores dos canais de cálcio. Os indivíduos foram randomizados 1:1 para 300 mg de alopurinol 2 vezes ao dia ou 35 mg de trimetazidina 2 vezes ao dia. O desfecho principal foi a diferença no domínio da frequência da angina do Questionário de Angina de Seattle (QAS-FA). Foram considerados estatisticamente significativos valores de probabilidade (p) < 0,05. Resultados Foram incluídos 108 pacientes na fase de randomização, com 54 (50%) no grupo alopurinol e 54 (50%) no grupo trimetazidina. Seis (5,6%) indivíduos, 3 de cada grupo, foram perdidos no seguimento para o desfecho primário. Nos grupos de alopurinol e trimetazidina, as pontuações medianas do QAS-FA foram 50 (30,0 a 70,0) e 50 (21,3 a 78,3), respectivamente. Em ambos os grupos, a pontuação do QAS-FA melhorou, mas a mediana da diferença em relação à linha de base foi menor no grupo alopurinol (10 [0 a 30] versus 20 [10 a 40]; p < 0,001), assim como a média da diferença na pontuação total do QAS (12,8 ± 17,8 versus 21,2 ± 15,9; p = 0,014). Conclusão Tanto o alopurinol quanto a trimetazidina melhoraram o controle dos sintomas de angina; no entanto, a trimetazidina apresentou um ganho maior em relação à linha de base. Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos - Número de Registro RBR-5kh98y


Abstract Background Recently, it was demonstrated that allopurinol, a xanthine oxidase inhibitor, has cardiovascular and anti-ischaemic properties and may be a metabolic antianginal agent option.Objective: The objective of this study was to evaluate the antianginal effect of allopurinol as a third drug for patients with stable coronary artery disease (CAD). Methods This was a randomized clinical trial between 2018 and 2020 including patients with CAD who maintained angina despite initial optimization with beta-blockers and calcium channel blockers. The individuals were randomized 1:1 to 300 mg of allopurinol twice daily or 35 mg of trimetazidine twice daily. The main outcome was the difference in the angina frequency domain of the Seattle Angina Questionnaire (SAQ-AF). A probability (p) value < 0.05 was considered statistically significant. Results A hundred and eight patients were included in the randomization phase, with 54 (50%) in the allopurinol group and 54 (50%) in the trimetazidine group. Six (5.6%) individuals, 3 from each group, were lost to follow-up for the primary outcome. In the allopurinol and trimetazidine groups, the median SAQ-AF scores were 50 (30.0 to 70.0) and 50 (21.3 to 78.3), respectively. In both groups, the SAQ-AF score improved, but the median of the difference compared to baseline was lower in the allopurinol group (10 [0 to 30] versus 20 [10 to 40]; p < 0.001), as was the mean of the difference in the total SAQ score (12.8 ± 17.8 versus 21.2 ± 15.9; p = 0.014). Conclusion Both allopurinol and trimetazidine improved the control of angina symptoms; however, trimetazidine presented a greater gain compared to baseline. Brazilian Registry of Clinical Trials - Registration Number RBR-5kh98y

10.
Vive (El Alto) ; 7(20)ago. 2024.
Artigo em Espanhol | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1570107

RESUMO

La gingivitis se ha definido como una inflamación de la encía caracterizada por edema, eritema, cambio de la morfología normal, exudado acuoso y hemorragia de interés mundial. El objetivo fue evaluar el efecto dos pastas dentales en pacientes jóvenes diagnosticados con gingivitis en la ciudad de Cusco-Perú en el año 2022. La investigación se realizó en alumnos de la Facultad de Economía de la Universidad Nacional San Antonio Abad del Cusco todos ellos diagnosticados con gingivitis en el mismo año. El estudio se desarrolló bajo un diseño experimental pre-test post-test con dos grupos experimentales cada uno con n=15. Evaluados con el índice de placa de Löe & Silness y el índice gingival de Löe & Silness (IG). Los participantes fueron orientados a cepillar los dientes con el dentífrico tres veces al día, por un periodo de 2 semanas. Se utilizó como instrumento de recolección de datos una matriz de registro para la medición antes y después de aplicado el tratamiento en la cual se plasmaron los índices de placa e índice gingival de Löe & Silness. Resultó que los sujetos del estudio en su gran mayoría presentaron gingivitis moderada y un estado de higiene oral regular. Con lo cual concluimos que la pasta dental aplicada en el Grupo I resultó más efectiva en la recuperación de pacientes con gingivitis. El dentífrico con contenido de Ratania fue bien tolerado por los participantes, no existiendo ningún tipo de alteración de tipo alérgica en los tejidos bucales, por lo tanto, no interrumpió el tratamiento.


Gingivitis has been defined as an inflammation of the gum characterized by edema, erythema, change in normal morphology, watery exudate, and bleeding of global interest. The aim was to evaluate the effect of two toothpastes on young patients diagnosed with gingivitis in the city of Cusco, Peru in 2022. The research was conducted on students from the Faculty of Economics at the National University of San Antonio Abad in Cusco, all diagnosed with gingivitis in the same year. The study was carried out under a pre-test post-test experimental design with two experimental groups, each with n=15. Evaluated using the Löe & Silness plaque index and the Löe & Silness gingival index (GI). Participants were instructed to brush their teeth with the toothpaste three times a day for a period of 2 weeks. A data collection instrument was used, a record matrix for measurement before and after treatment application, where the Löe & Silness plaque and gingival indices were recorded. The study subjects mostly presented moderate gingivitis and a regular oral hygiene status. Therefore, we conclude that the toothpaste applied in Group I was more effective in the recovery of patients with gingivitis. The toothpaste containing Ratania was well tolerated by the participants, with no allergic tissue alterations in the oral tissues, thus not interrupting the treatment.


A gengivite foi definida como uma inflamação da gengiva caracterizada por edema, eritema, alteração na morfologia normal, exsudato aquoso e sangramento de interesse mundial. O objetivo foi avaliar o efeito de duas pastas de dentes em pacientes jovens diagnosticados com gengivite na cidade de Cusco, Peru, em 2022. A pesquisa foi realizada em alunos da Faculdade de Economia da Universidade Nacional de San Antonio Abad em Cusco, todos diagnosticados com gengivite no mesmo ano. O estudo foi realizado sob um desenho experimental pré-teste pós-teste com dois grupos experimentais, cada um com n=15. Avaliados com o índice de placa de Löe & Silness e o índice gengival de Löe & Silness (IG). Os participantes foram orientados a escovar os dentes com a pasta de dentes três vezes ao dia, por um período de 2 semanas. Foi utilizado como instrumento de coleta de dados uma matriz de registro para medição antes e depois da aplicação do tratamento, na qual foram registrados os índices de placa e índice gengival de Löe & Silness. A maioria dos sujeitos do estudo apresentou gengivite moderada e um estado de higiene oral regular. Portanto, concluímos que a pasta de dentes aplicada no Grupo I foi mais eficaz na recuperação de pacientes com gengivite. A pasta de dentes com conteúdo de Ratania foi bem tolerada pelos participantes, não havendo nenhuma alteração alérgica nos tecidos bucais, portanto, não interrompendo o tratamento.

11.
Vive (El Alto) ; 7(20): 403-415, ago. 2024.
Artigo em Espanhol | LILACS | ID: biblio-1568367

RESUMO

La gingivitis se ha definido como una inflamación de la encía caracterizada por edema, eritema, cambio de la morfología normal, exudado acuoso y hemorragia de interés mundial. El objetivo fue evaluar el efecto dos pastas dentales en pacientes jóvenes diagnosticados con gingivitis en la ciudad de CuscoPerú en el año 2022. La investigación se realizó en alumnos de la Facultad de Economía de la Universidad Nacional San Antonio Abad del Cusco todos ellos diagnosticados con gingivitis en el mismo año. El estudio se desarrolló bajo un diseño experimental pre-test post-test con dos grupos experimentales cada uno con n=15. Evaluados con el índice de placa de Löe & Silness y el índice gingival de Löe & Silness (IG). Los participantes fueron orientados a cepillar los dientes con el dentífrico tres veces al día, por un periodo de 2 semanas. Se utilizó como instrumento de recolección de datos una matriz de registro para la medición antes y después de aplicado el tratamiento en la cual se plasmaron los índices de placa e índice gingival de Löe & Silness. Resultó que los sujetos del estudio en su gran mayoría presentaron gingivitis moderada y un estado de higiene oral regular. Con lo cual concluimos que la pasta dental aplicada en el Grupo I resultó más efectiva en la recuperación de pacientes con gingivitis. El dentífrico con contenido de Ratania fue bien tolerado por los participantes, no existiendo ningún tipo de alteración de tipo alérgica en los tejidos bucales, por lo tanto, no interrumpió el tratamiento.


Gingivitis has been defined as an inflammation of the gum characterized by edema, erythema, change in normal morphology, watery exudate, and bleeding of global interest. The aim was to evaluate the effect of two toothpastes on young patients diagnosed with gingivitis in the city of Cusco, Peru in 2022. The research was conducted on students from the Faculty of Economics at the National University of San Antonio Abad in Cusco, all diagnosed with gingivitis in the same year. The study was carried out under a pre-test post-test experimental design with two experimental groups, each with n=15. Evaluated using the Löe & Silness plaque index and the Löe & Silness gingival index (GI). Participants were instructed to brush their teeth with the toothpaste three times a day for a period of 2 weeks. A data collection instrument was used, a record matrix for measurement before and after treatment application, where the Löe & Silness plaque and gingival indices were recorded. The study subjects mostly presented moderate gingivitis and a regular oral hygiene status. Therefore, we conclude that the toothpaste applied in Group I was more effective in the recovery of patients with gingivitis. The toothpaste containing Ratania was well tolerated by the participants, with no allergic tissue alterations in the oral tissues, thus not interrupting the treatment.


A gengivite foi definida como uma inflamação da gengiva caracterizada por edema, eritema, alteração na morfologia normal, exsudato aquoso e sangramento de interesse mundial. O objetivo foi avaliar o efeito de duas pastas de dentes em pacientes jovens diagnosticados com gengivite na cidade de Cusco, Peru, em 2022. A pesquisa foi realizada em alunos da Faculdade de Economia da Universidade Nacional de San Antonio Abad em Cusco, todos diagnosticados com gengivite no mesmo ano. O estudo foi realizado sob um desenho experimental pré-teste pós-teste com dois grupos experimentais, cada um com n=15. Avaliados com o índice de placa de Löe & Silness e o índice gengival de Löe & Silness (IG). Os participantes foram orientados a escovar os dentes com a pasta de dentes três vezes ao dia, por um período de 2 semanas. Foi utilizado como instrumento de coleta de dados uma matriz de registro para medição antes e depois da aplicação do tratamento, na qual foram registrados os índices de placa e índice gengival de Löe & Silness. A maioria dos sujeitos do estudo apresentou gengivite moderada e um estado de higiene oral regular. Portanto, concluímos que a pasta de dentes aplicada no Grupo I foi mais eficaz na recuperação de pacientes com gengivite. A pasta de dentes com conteúdo de Ratania foi bem tolerada pelos participantes, não havendo nenhuma alteração alérgica nos tecidos bucais, portanto, não interrompendo o tratamento.


Assuntos
Doenças Periodontais
12.
Rev. Baiana Saúde Pública (Online) ; 48(2): 238-242, 20240726.
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1566002

RESUMO

O diabetes mellitus tipo 2 (DM2) é uma doença que apresenta mecanismos fisiopatológicos multifatoriais e complexos, tendo como base a resistência insulínica (RI) e como consequências as doenças cardiovasculares (DCV). A hipomagnesemia tem sido implicada tanto na RI como em complicações micro e macrovasculares, incluindo-se as DCV que são consideradas a causa mais importante de morbimortalidade no DM2. Neste contexto, o presente estudo visa avaliar níveis séricos de magnésio (Mg) em pacientes diabéticos e sua possível associação com complicações crônicas e comorbidades, tendo como ênfase as doenças cardiovasculares; e identificar possível valor do nível sérico a ser considerado em nossa população a fim de rever sua verdadeira aplicabilidade clínica. Trata-se de estudo transversal, descritivo e analítico, envolvendo 99 pacientes com DM2 de ambos os sexos, atendidos em ambulatório público na cidade de Salvador (BA). Utilizou-se como instrumentos de pesquisa questionário de dados sociodemográficos e antropométricos; recordatório alimentar de 24 horas e análise bioquímica do magnésio sérico. Também foram registradas comorbidades e complicações crônicas dos pacientes, tais como hipertensão arterial, doença arterial coronariana, doença arterial obstrutiva periférica, arritmia cardíaca, acidente vascular cerebral, dislipidemia, neuropatia sensitiva periférica, retinopatia e nefropatia diabéticas. Os dados foram expressos por tabelas de forma descritiva e analítica. Os indivíduos foram divididos em dois grupos, magnésio baixo e normal/alto, e suas variáveis foram comparadas por meio de testes de hipóteses. Nossos achados evidenciaram nível sérico médio de magnésio de 1,97 mg% (IC 1,69 a 2,25 mg%) no total da amostra. Entre aqueles com magnésio baixo, níveis subclínicos estavam presentes em 29 sujeitos (29,3%), e níveis de hipomagnesemia em 34 indivíduos (34,3%). O nível médio do Mg no total da amostra diferiu significativamente (p<0,001) do valor normal ideal, mas não diferiu do considerado subclínico (p 0,311). No grupo com hipomagnesemia houve predomínio do sexo feminino e de pacientes com maior escolaridade. Glicemia de jejum foi mais elevada no grupo Mg baixo, e hemoglobina glicada no grupo Mg normal/alto, mas ambos sem diferença estatística. Níveis baixos de vitamina B12 foram encontrados em 12 pacientes (12,1%) e os níveis mais baixos de magnésio estavam presentes nos pacientes com deficiência de vitamina B12 (1,81±0,24 versus 2,01±0,29) com p=0,027. Antidiabéticos orais foram mais utilizados no grupo com Mg baixo. Não houve diferença entre magnésio sérico, ingestão calórica e magnésio e cálcio alimentares. Pacientes com DCV tiveram média de 2,01 mg% (IC 1,69-2,33 mg%) para o Mg. A doença cardiovascular esteve presente em 47,5% da amostra e pacientes com esta morbidade apresentaram 29,8% de prevalência de hipomagnesemia; infarto agudo do miocárdio (IAM) foi mais frequente no grupo com Mg normal/alto. Nossos dados apontam que hipomagnesemia em pacientes diabéticos deve ser considerada em níveis clínicos e subclínicos. Níveis baixos de Mg também estiveram associados à vitamina B12 baixa. Pacientes que apresentaram doenças cardiovasculares associadas também tiveram importante prevalência de hipomagnesemia incluindo níveis subclínicos, com exceção nos casos de IAM, em que níveis do magnésio sérico mantiveram-se no intervalo considerado normal ideal evidenciado por significativa diferença estatística (p<0,005).


Diabetes mellitus type 2 (DM2) is a multifactorial disease with complex physiopathological mechanisms, in which insulin resistance (IR) and its consequences, such as cardiovascular diseases (CVD), form its basis. Hypomagnesemia has been implicated in IR and micro and macrovascular complications, including CVD, which is considered the most important cause of morbidity and mortality in DM2. This study aims to evaluate serum magnesium (Mg) levels in diabetic patients and its possible association with chronic complications and comorbidities (especially cardiovascular diseases) and to find a possible serum level value to be considered in its population to review its true clinical applicability. This cross-sectional, descriptive, and analytical study involved 99 DM2 patients of all sexes who were served in a public outpatient clinic in Salvador-Ba. A sociodemographic and anthropometric data questionnaire, a 24-hour food recall, and serum magnesium analysis were used as research instruments. The comorbidities and chronic complications of patients, such as hypertension, coronary artery disease, peripheral arterial obstructive disease, cardiac arrhythmia, cerebrovascular accident, dyslipidemia, peripheral sensory neuropathy, diabetic retinopathy, and nephropathy, were also recorded. The data were expressed in descriptive and analytical tables. The individuals were divided into two groups, low and normal/high magnesium, and their variables were compared using hypothesis tests. Our findings showed an average serum magnesium level of 1.97 mg% (IC 1.69 to 2.25 mg%) in the whole sample. In those with low magnesium, subclinical levels occurred in 29 subjects (29.3%)and hypomagnesemia, in 34 individuals (34.3%). The median Mg level in the total sample significantly differed (p<0.001) from the ideal normal value, but failed to do in relation to the subclinical value (p=0.311). The hypomagnesemia group showed a predominance of women and patients with higher education. Fasting glucose was higher in the low Mg group and glycated hemoglobin in the normal/high Mg group, both without statistical differences. Low levels of vitamin B12 occurred in 12 patients (12.1%) and the lowest magnesium levels, in patients with vitamin B12 deficiency (1.81±0.24 versus 2.01±0.29) (p=0.027). Oral antidiabetics were more used in the group with low Mg. Serum magnesium, caloric intake, and dietetic magnesium and calcium showed no differences. Patients with CVD had an Mg average of 2.01 mg% (IC 1.69-2.33 mg%). Cardiovascular disease occurred in 47.5% of the sample. Patients with this morbidity had a 29.8% prevalence of hypomagnesemia. Moreover, myocardial infarction occurred more often in the normal/high Mg group. Data suggest that hypomagnesemia in diabetic patients should be considered at clinical and subclinical levels. Low Mg levels were also associated with low vitamin B12. Patients who showed cardiovascular diseases also had a high prevalence of hypomagnesemia, including subclinical levels, except in cases of myocardial infarction, in which serum magnesium levels remained within the normal ideal range, as evinced by its significant statistical difference (p<0.005).


La diabetes mellitus tipo 2 (DM2) es una enfermedad con mecanismos fisiopatológicos multifactoriales y complejos caracterizada por la resistencia a la insulina (RI) y sus consecuencias, como las enfermedades cardiovasculares (ECV). La hipomagnesemia está asociada con la RI y las complicaciones micro y macrovasculares, incluyendo las ECV, que se consideran la principal causa de morbimortalidad por la DM2. En este contexto, este estudio tiene como objetivo evaluar los niveles séricos de magnesio (Mg) en pacientes diabéticos y la posible asociación con complicaciones crónicas y comorbilidades, con énfasis en las enfermedades cardiovasculares; e identificar un posible valor de nivel sérico para considerar en esta población con el fin de revisar su verdadera aplicabilidad clínica. Se trata de un estudio transversal, descriptivo y analítico, en el cual participaron 99 pacientes con DM2 de ambos sexos, atendidos en un centro ambulatorio público en la ciudad de Salvador (Bahía, Brasil). Se utilizaron un cuestionario de datos sociodemográficos y antropométricos, un recordatorio alimentario de 24 horas y un análisis bioquímico del magnesio sérico. También se registraron las comorbilidades y complicaciones crónicas de los pacientes, como hipertensión arterial, enfermedad arterial coronaria, enfermedad arterial obstructiva periférica, arritmia cardíaca, accidente cerebrovascular, dislipidemia, neuropatía sensorial periférica, retinopatía y nefropatía diabética. Los datos se dispusieron en tablas para su análisis y descripción. Los individuos se separaron en dos grupos: bajo magnesio y normal/alto magnesio, y se compararon sus variables mediante pruebas de hipótesis. Los hallazgos evidenciaron un nivel sérico medio de magnesio de 1,97 mg% (IC 1,69 a 2,25 mg%) en el total de la muestra. Los bajos niveles subclínicos de magnesio estaban presentes en 29 sujetos (29,3%), y la hipomagnesemia en 34 individuos (34,3%). El nivel medio de Mg en el total de la muestra tuvo una diferencia significativa (p<0,001) del valor normal ideal, pero no difirió del valor subclínico (p=0,311). En el grupo con hipomagnesemia hubo predominio del sexo femenino y de pacientes con mayor nivel de estudios. La glucemia en ayunas fue más alta en el grupo de bajo Mg, y la hemoglobina glucosilada en el grupo de normal/alto Mg, pero en ninguno de los dos se encontró diferencia estadística. Los bajos niveles de vitamina B12 se encontraron en 12 pacientes (12,1%), y los niveles más bajos de magnesio estaban presentes en los pacientes con deficiencia de vitamina B12 (1,81±0,24 versus 2,01±0,29) con p=0,027. Los antidiabéticos orales se utilizaron más en el grupo con bajo Mg. No hubo diferencia entre el magnesio sérico, la ingesta calórica, el magnesio y el calcio en la dieta. Los pacientes con ECV tuvieron una media de 2,01 mg% (IC 1,69-2,33 mg%) para Mg. La enfermedad cardiovascular estuvo presente en el 47,5% de la muestra, y los pacientes con esta morbilidad tuvieron una prevalencia del 29,8% de hipomagnesemia; el infarto agudo de miocardio (IAM) fue más frecuente en el grupo con normal/alto Mg. Los resultados demuestran que la hipomagnesemia en los pacientes diabéticos debe considerarse en los niveles clínicos y subclínicos. Los bajos niveles de Mg también estuvieron asociados a bajos niveles de vitamina B12. Los pacientes que presentaron enfermedades cardiovasculares asociadas también tuvieron una alta prevalencia de hipomagnesemia, incluidos los niveles subclínicos, con excepción de los casos de IAM en los que los niveles séricos de magnesio se mantuvieron dentro del intervalo considerado normal ideal, evidenciado por una diferencia estadísticamente significativa (p<0,005).

13.
J. bras. nefrol ; 46(2): e20230119, Apr.-June 2024. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1550500

RESUMO

Abstract Introduction: Renal osteodystrophy (ROD) refers to a group of bone morphological patterns that derive from distinct pathophysiological mechanisms. Whether the ROD subtypes influence long-term outcomes is unknown. Our objective was to explore the relationship between ROD and clinical outcomes. Methods: This study is a subanalysis of the Brazilian Registry of Bone Biopsies (REBRABO). Samples from individual patients were classified as having osteitis fibrosa (OF), mixed uremic osteodystrophy (MUO), adynamic bone disease (ABD), osteomalacia (OM), normal/minor alterations, and according to turnover/mineralization/volume (TMV) system. Patients were followed for 3.4 yrs. Clinical outcomes were: bone fractures, hospitalization, major adverse cardiovascular events (MACE), and death. Results: We enrolled 275 participants, of which 248 (90%) were on dialysis. At follow-up, 28 bone fractures, 97 hospitalizations, 44 MACE, and 70 deaths were recorded. ROD subtypes were not related to outcomes. Conclusion: The incidence of clinical outcomes did not differ between the types of ROD.


Resumo Introdução: Osteodistrofia renal (OR) refere-se a um grupo de padrões morfológicos ósseos que decorrem de mecanismos fisiopatológicos distintos. É desconhecido se os subtipos de OR influenciam desfechos em longo prazo. Nosso objetivo foi explorar as relações entre OR e desfechos. Métodos: Este estudo é uma subanálise do Registro Brasileiro de Biópsias Ósseas (REBRABO). As amostras de cada paciente foram classificadas em osteíte fibrosa (OF), osteodistrofia urêmica mista (MUO), doença óssea adinâmica (ABD), osteomalácia (OM), alterações normais/menores, e pelo sistema Remodelação / Mineralização / Volume (RMV). Os pacientes foram acompanhados por 3,4 anos. Os eventos clínicos foram: fraturas ósseas, hospitalizações, eventos cardiovasculares adversos maiores (MACE), e óbito. Resultados: Analisamos 275 indivíduos, 248 (90%) deles estavam em diálise. No acompanhamento, 28 fraturas ósseas, 97 hospitalizações, 44 MACE e 70 óbitos foram registrados. Os subtipos de OR não foram relacionados aos desfechos clínicos. Conclusão: A incidência de desfechos clínicos não diferiu entre os tipos de OR.

14.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 29(6): e07992023, Jun. 2024.
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1557528

RESUMO

Resumo O artigo discute questões sobre o futuro da humanidade ante as ameaças que rondam a saúde das populações, cujo impacto vem se exacerbando no curso das desigualdades em todas as partes do mundo, pari passu o desenvolvimento global no modelo hegemonizado a partir do século passado. A pandemia de COVID-19 foi tomada como um caso que bem ilustra essa dessintonia entre desenvolvimento e desigualdades. Formulam-se perguntas a serem postas em debate sobre a construção do futuro da sociedade mundial, com base na acepção sobre o caráter evolucional da vida no planeta vis-à-vis os males que acometem grandes contingentes populacionais e representam poderosos riscos para esse processo evolutivo. São indagações que apontam para a discussão em torno da participação social na definição e no controle das políticas públicas, em contrapartida à hegemonia dos interesses privados na formulação e execução dessas políticas, tanto nos cenários de cada país como no contexto internacional.


Abstract This article discusses questions concerning the future of humanity in the face of threats to the health of populations, whose impact has been exacerbated in the course of inequalities in all parts of the world, pari passu with global development in the hegemonized model since last century. The COVID-19 pandemic is a good example that illustrates this dissonance between development and inequalities. Questions were formulated to be debated about the construction of the future of world society, based on the understanding of the evolutionary character of life on the planet vis-à-vis the evils that affect large contingents of the population and represent powerful risks for this evolutionary process. These questions call attention to the discussion around social participation in the definition and control of public policies, as opposed to the hegemony of private interests in the formulation and execution of these policies, both in the scenarios of each country and in the international context.

15.
Rio de Janeiro; Universidade Federal do Rio de Janeiro;PPG-MPCO;Hemorio; 19.jun.2024. 2 p. ilus.
Não convencional em Português | LILACS, SES-RJ | ID: biblio-1556310

RESUMO

Um material educativo sobre Saúde Bucal e Doença Falciforme em celebração ao dia 19 de Junho, Dia Mundial da Conscientização da Doença Falciforme.


Assuntos
População Negra
16.
Rev. Flum. Odontol. (Online) ; 2(64): 183-203, mai-ago.2024. ilus, tab
Artigo em Português | LILACS, BBO | ID: biblio-1567383

RESUMO

A cavidade oral é afetada pelo caráter multissistêmico das consequências da Doença Renal Crônica (DRC) e estima-se que cerca de 90% destes pacientes têm sintomas orais. Alterações laboratoriais sanguíneas e salivares são frequentemente observadas e por isso, investigações sobre correlações clínico-laboratoriais são fundamentais para o manejo e tratamento dos pacientes. Neste estudo foi realizada uma revisão sistemática para identificar e avaliar as principais alterações laboratoriais no sangue e na saliva de pacientes portadores de DRC que apresentam manifestações orais. A busca bibliográfica incluiu artigos das bases de dados eletrônicas PubMed, Scopus, Biblioteca Virtual em Saúde, Web of Science, Embase e literatura cinzenta, incluindo estudos caso-controle, transversais e de coorte. A análise do risco de viés seguiu a abordagem QUADAS-2. PROSPERO CRD42022250533 é o registro dessa revisão. As principais alterações laboratoriais encontradas foram o aumento das concentrações sanguíneas e salivares de ureia, creatinina, fosfato e diminuição das concentrações de cálcio e da taxa de fluxo salivar. As concentrações dessas substâncias no sangue e na saliva e a TGF estavam diretamente correlacionadas. Foi observada existência da correlação entre o aparecimento das manifestações orais e as alterações laboratoriais, principalmente xerostomia, disgeusia e hálito urêmico. Em conclusão, a literatura tem revelado que as principais alterações laboratoriais encontradas são aquelas descritas comumente na rotina laboratorial, que as concentrações dessas substâncias no sangue e na saliva estão diretamente correlacionadas com a TFG, e existe correlação entre o aparecimento das manifestações orais e as alterações laboratoriais. Grandes oportunidades estão abertas para a investigação sobre de novos marcadores.


The oral cavity is affected by the multisystemic nature of the consequences of Chronic Kidney Disease (CKD) and it is estimated that around 90% of these patients present oral symptoms. Blood and salivary laboratory changes are frequently observed and, therefore, investigations of clinical-laboratory correlations are essential for the management and treatment of these patients. This study was carried out as a systematic review to identify and evaluate the main laboratory changes in the blood and saliva of patients with CKD who present oral manifestations. The bibliographic search included articles from the electronic databases PubMed, Scopus, Virtual Health Library, Web of Science, Embase and gray literature, including case-control, cross-sectional and cohort studies. The risk of bias analysis advanced the QUADAS-2 approach. PROSPERO CRD42022250533 is the record of this review. The main laboratory changes found were an increase in blood and salivary concentrations of urea, creatinine, phosphate and a decrease in calcium concentrations and salivary flow. The concentrations of substances in blood and saliva and TGF were directly correlated. The existence of the manifestation was observed between the appearance of oral manifestations and laboratory changes, mainly xerostomia, dysgeusia and uremic breath. In conclusion, the literature revealed that the main laboratory changes found are those commonly described in laboratory routine, that the concentrations of these problems in blood and saliva are directly correlated with GFR, and there is a manifestation between the appearance of oral manifestations and laboratory changes. . Great opportunities are open for the investigation of new markers.


Assuntos
Manifestações Bucais , Pesquisa , Saliva , Sangue , Insuficiência Renal Crônica , Laboratórios
17.
Rev. Flum. Odontol. (Online) ; 2(64): 8-18, mai-ago.2024.
Artigo em Português | LILACS, BBO | ID: biblio-1567256

RESUMO

O objetivo do presente estudo foi revisar a literatura para buscar evidências na associação entre a doença de Alzheimer e a Periodontite. A metodologia usada resultou numa busca às bases de dados PubMed/MEDLINE, Cochrane Library e Web of Science, através dos artigos publicados entre o período de maio de 2000 a maio de 2022. A doença de Alzheimer (DA) é classificada como uma condição neurodegenerativa, um grupo heterogêneo de doenças caracterizadas pela perda lenta e progressiva de uma ou mais funções do sistema nervoso. A doença periodontal (DP) é uma doença infecciosa e inflamatória que causa principalmente destruição óssea alveolar e perda dentária e estima-se que entre 20 e 50% da população geral possa sofrer de DP, dos quais 15-20% apresentam formas graves. A inflamação desempenha um papel crítico no aparecimento e progressão de ambas as doenças. A conclusão desta revisão é que a literatura estudada mostra que os patógenos periodontais e as citocinas pró-inflamatórias contribuíram para a progressão do processo neurodegenerativo da doença de Alzheimer. Porém, são necessários mais estudos clínicos controlados randomizados para a confirmação da relação causal desta associação.


The aim of this study was to review the literature to look for evidence in the association between Alzheimer's disease and Periodontitis. The methodology used resulted in a search of the PubMed/MEDLINE, Cochrane Library and Web of Science databases, through the articles published between May 2000 and May 2022. Alzheimer's disease (AD) is classified as a neurodegenerative condition, a heterogeneous group of diseases characterized by the slow and progressive loss of one or more functions of the nervous system. Periodontal disease (PD) is an infectious and inflammatory disease that mainly causes alveolar bone destruction and tooth loss and it is estimated that between 20 and 50% of the general population may suffer from PD, of which 15-20% present severe forms. Inflammation plays a critical role in the onset and progression of both diseases. The conclusion of this review is that the literature studied shows that periodontal pathogens and pro-inflammatory cytokines contributed to the progression of the neurodegenerative process of Alzheimer's disease. However, more randomized controlled clinical trials are needed to confirm the causal relationship of this association.


Assuntos
Doenças Periodontais , Periodontite , Doença de Alzheimer , Inflamação
18.
Rev. Flum. Odontol. (Online) ; 2(64): 91-110, mai-ago.2024. tab
Artigo em Inglês | BBO, LILACS | ID: biblio-1567318

RESUMO

Periodontal disease is a highly prevalent chronic inflammatory disease that affects the tissues that support the teeth, while leukemia is a type of malignous cancer that affects the production of blood cells. Recent studies suggest that immune response and microbial disbiosis related to periodontal disease may be associated with an increased risk of developing leukemia and may affect its prognosis, as well as leukemia type and treatment may also have effects on the periodontium, demanding a interdiscipinary approach of these patients. The aim of this study was to conduct a literature review to assess the association between periodontal disease and leukemia in adult patients. An electronic database serch using the descriptors was performed. Clinical studies with periodontal examination in adult individuals with leukemia were selected. After literature search, 9 studies were reviewed. Gingival bleeding and periodontal pockets were frequent findings. Periodontitis prevalence varied among studies, ranging from 29% to 82,4% in patients diagnosed with leukemia. The relationship between periodontal disease and leukemia is complex and multifaceted and there are few studies available in adults, with heterogeneous exam protocols. Still, the high prevalence of gingivitis and periodontitis found in the studies suggest that periodontal diagnosis and treatment could be a helpful tool to prevent further complications in leukemia treatment.


A doença periodontal é uma doença inflamatória crônica altamente prevalente e que afeta os tecidos que sustentam os dentes, enquanto a leucemia é um tipo de câncer maligno que afeta a produção de células sanguíneas. Estudos recentes sugerem que a resposta imune e a disbiose microbiana relacionada a doença periodontal podem estar associadas a um risco aumentado de desenvolver leucemia e pode afetar o prognóstico da doença, assim como o tipo de leucemia e o tratamento também podem ter efeitos no periodonto, exigindo uma abordagem interdisciplinar desses pacientes. O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão de literatura para avaliar a associação entre doença periodontal e leucemia em pacientes adultos. Foi realizada uma busca eletrônica em bancos de dados utilizando os descritores. Foram selecionados estudos clínicos com exame periodontal em indivíduos adultos com leucemia. Após busca na literatura, 9 estudos foram revisados. Sangramento gengival e bolsas periodontais foram achados frequentes. A prevalência da periodontite variou entre os estudos, sendo de 29% a 82,4% em pacientes diagnosticados com leucemia. A relação entre doença periodontal e leucemia é complexa e multifacetada e existem poucos estudos disponíveis em adultos, com protocolos de exames heterogêneos. Ainda assim, a alta prevalência de gengivite e periodontite encontrada nos estudos sugere que o diagnóstico e o tratamento periodontal podem ser uma ferramenta útil para prevenir maiores complicações no tratamento da leucemia.


Assuntos
Doenças Periodontais , Periodontite/epidemiologia , Leucemia , Adulto , Gengivite/epidemiologia
19.
Arq. bras. cardiol ; 121(4): e20230578, abr.2024. tab, graf
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1557039

RESUMO

Resumo Fundamento: Atualmente, o excesso de ventilação tem sido fundamentado na relação entre ventilação-minuto/produção de dióxido de carbono ( V ˙ E − V ˙ CO 2). Alternativamente, uma nova abordagem para eficiência ventilatória ( η E V ˙) tem sido publicada. Objetivo: Nossa hipótese principal é que níveis comparativamente baixos de η E V ˙ entre insuficiência cardíaca crônica (ICC) e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) são atingíveis para um nível semelhante de desempenho aeróbico máximo e submáximo, inversamente aos métodos estabelecidos há muito tempo (inclinação V ˙ E − V ˙ CO 2 e intercepto). Métodos: Ambos os grupos realizaram testes de função pulmonar, ecocardiografia e teste de exercício cardiopulmonar. O nível de significância adotada na análise estatística foi 5%. Assim, dezenove indivíduos elegíveis para DPOC e dezenove indivíduos elegíveis para ICC completaram o estudo. Com o objetivo de contrastar valores completos de V ˙ E − V ˙ CO 2 e η E V ˙ para o período de exercício (100%), correlações foram feitas com frações menores, como 90% e 75% dos valores máximos. Resultados: Os dois grupos tiveram características correspondentes para a idade (62±6 vs 59±9 anos, p>.05), sexo (10/9 vs 14/5, p>0,05), IMC (26±4 vs 27±3 Kg m2, p>0,05), e pico V ˙ O 2 (72±19 vs 74±20 % pred, p>0,05), respectivamente. A inclinação V ˙ E − V ˙ CO 2 e intercepto foram significativamente diferentes para DPOC e ICC (207,2±1,4 vs 33,1±5,7 e 5,3±1,9 vs 1,7±3,6, p<0,05 para ambas), mas os valores médios da η E V ˙ foram semelhantes entre os grupos (10,2±3,4 vs 10,9±2,3%, p=0,462). As correlações entre 100% do período do exercício com 90% e 75% dele foram mais fortes para η E V ˙ (r>0,850 para ambos). Conclusão: A η E V ˙ é um método valioso para comparação entre doenças cardiopulmonares, com mecanismos fisiopatológicos até agora distintos, incluindo restrições ventilatórias na DPOC.


Abstract Background: Currently, excess ventilation has been grounded under the relationship between minute-ventilation/carbon dioxide output ( V ˙ E − V ˙ CO 2). Alternatively, a new approach for ventilatory efficiency ( η E V ˙) has been published. Objective: Our main hypothesis is that comparatively low levels of η E V ˙ between chronic heart failure (CHF) and chronic obstructive pulmonary disease (COPD) are attainable for a similar level of maximum and submaximal aerobic performance, conversely to long-established methods ( V ˙ E − V ˙ CO 2 slope and intercept). Methods: Both groups performed lung function tests, echocardiography, and cardiopulmonary exercise testing. The significance level adopted in the statistical analysis was 5%. Thus, nineteen COPD and nineteen CHF-eligible subjects completed the study. With the aim of contrasting full values of V ˙ E − V ˙ CO 2 and η V ˙ E for the exercise period (100%), correlations were made with smaller fractions, such as 90% and 75% of the maximum values. Results: The two groups attained matched characteristics for age (62±6 vs. 59±9 yrs, p>.05), sex (10/9 vs. 14/5, p>0.05), BMI (26±4 vs. 27±3 Kg m2, p>0.05), and peak V ˙ O 2 (72±19 vs. 74±20 %pred, p>0.05), respectively. The V ˙ E − V ˙ CO 2 slope and intercept were significantly different for COPD and CHF (27.2±1.4 vs. 33.1±5.7 and 5.3±1.9 vs. 1.7±3.6, p<0.05 for both), but η V ˙ E average values were similar between-groups (10.2±3.4 vs. 10.9±2.3%, p=0.462). The correlations between 100% of the exercise period with 90% and 75% of it were stronger for η V ˙ E (r>0.850 for both). Conclusion: The η V ˙ E is a valuable method for comparison between cardiopulmonary diseases, with so far distinct physiopathological mechanisms, including ventilatory constraints in COPD.

SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA