Marine zooplankton studies in Brazil: a brief evaluation and perspectives

ABSTRACT

Marine zooplankton research in Brazil has been primarily descriptive, with most studies focusing on community structure analysis and related issues. The composition and spatial distribution of several taxonomic groups are currently well known, although less-abundant and small-sized taxa as well as initial stages of almost all species have received little attention. Some numerically important taxa such as heterotrophic protists, ctenophores, acoel turbellarians and ostracods remain virtually unstudied. Large sectors of the continental shelf have not been sampled in detail, particularly those areas influenced by the North Brazil Current (5°N-15°S). Zooplankton abundance and biomass in offshore waters have seldom been quantified, and information on the distribution and vertical migration of meso- and bathypelagic species are lacking. Additional faunistic assessments must target those less-studied taxa and geographical locations. However, priority in ecological studies should be given to process-oriented investigations aimed at understanding the mechanisms controlling zooplankton distribution, trophic interactions within pelagic food webs and production cycles in relation to the physical environment. An effort should be made to incorporate state-of-the-art sampling technology and analytical methods into future research projects.

RESUMO

As pesquisas sobre o zooplâncton marinho no Brasil têm sido primariamente descritivas, com a maioria dos estudos enfocando a análise da estrutura da comunidade e assuntos relacionados. A composição e a distribuição espacial de muitos grupos taxonômicos encontram-se bem estudadas, embora os táxons menos abundantes e de menores dimensões, assimcomo os estágios iniciais do ciclo de vida da maioria das espécies, tenham recebido pouca atenção. Alguns táxons numericamenteimportantes encontram-se pouco estudados, como no caso dos protistas heterotróficos, ctenóforos, turbelários acelos e ostrácodes. Amplos setores da plataforma continental não têm sido suficientemente amostrados, em particular nas áreas influenciadas pela Corrente Norte do Brasil (5°N-15°S). As áreas oceânicas têm sido também pouco estudadas e praticamente inexistem dados sobre a distribuição espacial e vertical das espécies meso- e batipelágicas. Levantamentos faunísticos adicionais devem focalizar os táxons e locais menos conhecidos. No entanto, sob o ponto de vista ecológico é necessário darprioridade a estudos de processos voltados ao entendimentodos mecanismos que governam a distribuição, as interações tróficas nas teias alimentares pelágicas e os ciclos de produção do zooplâncton em relação ao ambiente físico. Deve ser feito um esforço para incorporar novas tecnologias de amostragem e métodos analíticos em futuros projetos de pesquisa.