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Qualidade da assistência ao trabalho de parto pelo Sistema Único de Saúde, Rio de Janeiro (RJ), 1999-2001 / Calidad de asistencia en el trabajo de parto por el Sistema Único de Salud, Rio de Janeiro (RJ), 1999-2001 / Quality assessment of labor care provided in the Unified Health System in Rio de Janeiro, Southeastern Brazil, 1999-2001
Oliveira, Maria Inês Couto de; Dias, Marcos Augusto Bastos; Cunha, Cynthia B; Leal, Maria do Carmo.
Affiliation
  • Oliveira, Maria Inês Couto de; Universidade Federal Fluminense. Instituto de Saúde da Comunidade. Departamento de Epidemiologia e Bioestatística. Niterói. BR
  • Dias, Marcos Augusto Bastos; Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Fernandes Figueira. Rio de Janeiro. BR
  • Cunha, Cynthia B; Fiocruz. Centro de Informação Científica e Tecnológica. Departamento de Informações em Saúde. Rio de Janeiro. BR
  • Leal, Maria do Carmo; Fiocruz. Escola Nacional de Saúde Pública. Departamento de Epidemiologia e Métodos Quantitativos em Saúde. Rio de Janeiro. BR
Rev. saúde pública ; Rev. saúde pública;42(5): 895-902, out. 2008. tab
Article in Pt | LILACS | ID: lil-493837
Responsible library: BR67.1
RESUMO

OBJETIVO:

A qualidade da assistência ao trabalho de parto tem sido reconhecida na prevenção de complicações obstétricas que podem levar à morbi-mortalidade materna, perinatal e neonatal. O objetivo do estudo foi analisar a qualidade da assistência ao trabalho de parto segundo o risco gestacional e tipo de prestador.

MÉTODOS:

Estudo transversal de observação da assistência ao trabalho de parto de 574 mulheres, selecionadas por amostra estratificada em 20 maternidades do Sistema Único de Saúde do Rio de Janeiro (RJ), entre 1999 e 2001. A qualidade da assistência foi analisada segundo o risco gestacional e o tipo de prestador. Utilizaram-se procedimentos estatísticos de análise de variância e de diferença de proporções.

RESULTADOS:

Do total da amostra, 29,6 por cento das gestantes foram classificadas como de risco. Apesar da hipertensão ser a causa mais importante de morte materna no Brasil, a pressão arterial não foi aferida em 71,6 por cento das gestantes durante a observação no pré-parto. Em média foram feitas cinco aferições por parturiente, sendo o menor número nos hospitais conveniados privados (média de 2,9). Quanto à humanização da assistência, observou-se que apenas 21,4 por cento das parturientes tiveram a presença de acompanhante no pré-parto, 75,7 por cento foram submetidas à hidratação venosa e 24,3 por cento à amniotomia. O único tipo de cuidado que variou segundo o risco obstétrico foi a freqüência da aferição da pressão arterial, em que as gestantes de risco foram monitoradas o dobro de vezes em relação às demais (média de 0,36 x 0,18 aferições/h respectivamente, p=0,006).

CONCLUSÕES:

De modo geral, as gestantes de baixo risco são submetidas a intervenções desnecessárias e as de alto risco não recebem cuidado adequado. Como conseqüência, os resultados perinatais são desfavoráveis e as taxas de cesariana e de mortalidade materna são incompatíveis com os investimentos e a tecnologia disponível.
ABSTRACT

OBJECTIVE:

Quality of labor care has been recognized as a major factor for prevention of obstetric complications which can lead to maternal, perinatal and neonatal morbidity and mortality. The objective of the study was to assess quality of labor care by gestational risk and type of health provider.

METHODS:

Observational, cross-sectional study of labor care provided to 574 pregnant women. Stratified sampling in 20 Unified Health System maternity hospitals in Rio de Janeiro, Brazil, was carried out between 1999 and 2001. Quality of labor care was assessed by gestational risk and type of health provider. Statistical analyses consisted of variance analysis and the analysis of difference between proportions.

RESULTS:

Of all women studied, 29.6 percent were classified at obstetric risk. Although hypertension is the main cause of maternal death in Brazil, 71.6 percent did not have their prelabor blood pressure measured. Five measures were taken on average per parturient and the lowest rate was found in privately insured hospitals (average of 2.9). As to humanized health care, only 21.4 percent of the parturients had an accompanying person on their side during labor, 75.7 percent were submitted to intravenous hydration and 24.3 percent to amniotomy. The single care-related factor that varied by obstetric risk was frequency of blood pressure

measures:

high-risk parturients had their blood pressure measured twice as much as those low-risk women (mean 0.36 vs. 0.18 measures/h, p=0.006).

CONCLUSIONS:

In general, low-risk parturients were submitted to unnecessary interventions while high-risk women did not receive adequate care. As a result, there are poor perinatal outcomes, high cesarean rates and high maternal mortality rates, which do not reflect health care investments and technology available.
RESUMEN

OBJETIVO:

La calidad de asistencia en el trabajo de parto ha sido reconocida en la prevención de complicaciones obstétricas que pueden llevar a la morbi-mortalidad maternal, perinatal y neonatal. El objetivo del estudio fue analizar la calidad de la asistencia en el trabajo de parto de acuerdo con el riesgo gestacional y tipo de asistencia médica.

MÉTODOS:

Se realizó estudio transversal de observación de la asistencia en el trabajo de parto de 574 mujeres, seleccionadas por muestra estratificada en 20 maternidades del Sistema Único de Salud de Rio de Janerio (Sureste de Brasil), entre 1999 y 2001. La calidad de asistencia fue analizada de acuerdo con el riesgo gestacional y tipo de asistencia médica. Se utilizaron procedimientos estadísticos de análisis de varianza y de diferencia de proporciones.

RESULTADOS:

Del total de la muestra, 29,6 por ciento de las gestantes fueron clasificadas como de riesgo. A pesar de la hipertensión ser una de las causas más importantes de la muerte materna en Brasil, la presión arterial no fue evaluada en 71,6 por ciento de las gestantes durante la observación en pre-parto. En promedio se realizaron cinco estimaciones por parturienta, siendo el menor número en los hospitales con convenios privados (promedio 2,9). Con relación a la humanización de la asistencia, se observó que apenas 21,4 por ciento de las parturientas tuvieron la presencia de acompañante en el pre-parto, 75,7 por ciento fueron sometidas a hidratación venosa y 24,3 por ciento a amniotomía. El único tipo de cuidado que varió según el riesgo obstétrico fue la frecuencia de estimación de la presión arterial, en el que las gestantes de riesgo fueron monitoreadas doblemente con relación a las demás (promedio de 0,36 x 0,18 estimaciones/h respectivamente, p=0,006).

CONCLUSIONES:

De modo general, las gestantes de bajo riesgo son sometidas a intervenciones innecesarias y las de alto riesgo no reciben el cuidado adecuado. En consecuencia, los resultados ...
Subject(s)
Key words
Full text: 1 Index: LILACS Main subject: Quality of Health Care / Maternal Mortality / Perinatal Care / Delivery, Obstetric Type of study: Etiology_studies / Evaluation_studies / Observational_studies / Prevalence_studies / Risk_factors_studies Limits: Female / Humans / Pregnancy Country/Region as subject: America do sul / Brasil Language: Pt Journal: Rev. saúde pública Journal subject: SAUDE PUBLICA Year: 2008 Type: Article
Full text: 1 Index: LILACS Main subject: Quality of Health Care / Maternal Mortality / Perinatal Care / Delivery, Obstetric Type of study: Etiology_studies / Evaluation_studies / Observational_studies / Prevalence_studies / Risk_factors_studies Limits: Female / Humans / Pregnancy Country/Region as subject: America do sul / Brasil Language: Pt Journal: Rev. saúde pública Journal subject: SAUDE PUBLICA Year: 2008 Type: Article