Hiperpotassemia na vigência de espironolactona em pacientes com insuficiência cardíaca descompensada / Hyperkalemia during spironolactone use in patients with decompensated heart failure
Arq. bras. cardiol
; Arq. bras. cardiol;91(3): 194-199, set. 2008. graf, tab
Article
in En, Pt
| LILACS
| ID: lil-494315
Responsible library:
BR1.1
RESUMO
FUNDAMENTO A incidência de hiperpotassemia relacionada à espironolactona é baixa na insuficiência cardíaca estável, entretanto não foi estudada durante a descompensação. OBJETIVO:
Avaliar a influência da espironolactona na insuficiência cardíaca descompensada sobre o potássio sérico.MÉTODOS:
Em um estudo de coorte, selecionamos pacientes hospitalizados por descompensação da insuficiência cardíaca, FEVE < 0,45 e potássio sérico entre 3,5 e 5,5 mEq/l. Os pacientes foram divididos segundo o uso da espironolactona (grupo E) ou não (grupo C). O desfecho foi aumento do potássio (> 6,0 mEq/l) e uso de poliestireno de cálcio. Realizou-se a análise multivariada pela regressão logística, e p < 0,05 foi considerado significante.RESULTADOS:
Foram estudados 186 pacientes (grupo E 56; grupo C 130), FEVE 0,25, idade 55,5 anos e 65,2 por cento de homens. A incidência de hiperpotassemia foi de 10,7 por cento no grupo E e de 5,4 por cento no grupo C (p = 0,862). A análise multivariada mostrou que a uréia sérica > 60,5 mg/dl, durante a internação, apresenta risco relativo de 9,6 (IC 95 por cento 8,03 - 11,20; p = 0,005) para a ocorrência de hiperpotassemia.CONCLUSÃO:
A incidência de hiperpotassemia foi duas vezes maior com espironolactona, mas não estatisticamente significante. Elevação da uréia foi associada à hiperpotassemia. Estudos randomizados são necessários para esclarecer o assunto.ABSTRACT
BACKGROUND:
The incidence of hyperkalemia related to spironolactone use is low in stable heart failure; however, it has not been studied during decompensation.OBJECTIVE:
To evaluate the influence of spironolactone on serum potassium in decompensated heart failure (HF).METHODS:
In a cohort study, patients that had been hospitalized due to decompensated HF, with left ventricular ejection fraction (LVEF) < 0.45 and serum potassium between 3.5 and 5.5 mEq/l were selected. The patients were divided according to spironolactone use (Group S) or no use (Group C). The outcome was potassium increase (> 6.0 mEq/l) and the use of calcium polystyrene. A multivariate analysis through logistic regression was carried out and values of p < 0.05 were considered significant.RESULTS:
A total of 186 patients (group S 56; group C 130) were studied; LVEF of 0.25, aged 55.5 years and 65.2 percent of them males. The incidence of hyperkalemia was 10.7 percent in group S and 5.4 percent in group C (p = 0.862). The multivariate analysis showed that serum urea > 60.5 mg/dl during the hospitalization presents a relative risk of 9.6 (95 percentCI 8.03 - 11.20; p = 0.005) for the occurrence of hyperkalemia.CONCLUSION:
The incidence of hyperkalemia was two-fold higher with spironolactone use, but it was not statistically significant. The increase in urea levels was associated to the hyperkalemia. Randomized studies are necessary to clarify this issue.Key words
Full text:
1
Index:
LILACS
Main subject:
Spironolactone
/
Mineralocorticoid Receptor Antagonists
/
Heart Failure
/
Hyperkalemia
Type of study:
Clinical_trials
/
Etiology_studies
/
Observational_studies
/
Risk_factors_studies
Limits:
Female
/
Humans
/
Male
Country/Region as subject:
America do sul
/
Brasil
Language:
En
/
Pt
Journal:
Arq. bras. cardiol
Journal subject:
CARDIOLOGIA
Year:
2008
Type:
Article