Contribuição ao conhecimento da fauna de flebotomíneos do Estado do Acre, com ênfase em Lutzomyia (Nyssomyia) umbratilis Ward e Fraiha, 1977, importante transmissor de Leishmaniose Tegumentar Americana na Amazônia: biologia, morfometria e discussão da identidade taxonômica / Contribution to the knowledge of the sand fly fauna of the Stae of Acre, with emphasis on Lutzomyia (Nyssomyia) umbratilis Ward and Fraiha, 1977, important vector of American Cutaneous Leishmaniasis in the Amazonian: biology, morphometry and discussi

RESUMO

A hipótese de Lutzomyia (Nyssomyia) umbratilis, transmissor de LTA na Amazônica, ser complexo de espécies, por não transmitir Leishmania (Viannia) guyanensis, ao sul do rio Amazonas, onde apresentaria padrão comportamental diferenciado, é discutida no presente estudo. Realizaram-se capturas de flebotomíneos com armadilhas luminosas CDC no Estado do Acre, Municípios de Bujari, Xapuri e Rio Branco, para avaliar aspectos da biologia, morfologia e morfometria de L. (N.) umbratilis e da sua competência em transmitir L. (V.) guyanensis. Estimou-se a abundância da espécie (ISA/SISA) no solo e na copa das árvores, além da pesquisa de infecção natural. Resultados das análises morfológica e morfométrica da população do Estado do Acre foram comparados com dados de outras populações brasileiras (Amapá, Pará, Amazonas e Mato Grosso) e venezuelana (Bolívar). Aplicaram-se testes estatísticos (ANOVA e SNK) para verificar a homogeneidade entre as populações. Resulatdos do teste SNK foram representados pelos diagramas de Euler-Veen. A partir dos dados morfométricos foi construído um fenograma, baseado no coeficiente de Jaccards. Análises (ANOVA e SNK) compararam as populações de L. (N.) umbratilis separadas por barreiras geográficas no Brasil e no Continente Americano. Durante quatro anos capturaram-se 7.302 espécimes em 915 horas. Identificaram-se 52 espécies, destas L. (N.) antunesi, L. (N.) whitmani, L. (P.) davisi, L. migonei, L. (N.) umbratilis, L. (N.) flaviscutellata, L. (T.) ubiquitalis, L. (P.) hirsuta hirsuta, L. (P.) paraensis e L. (P.) ayrozai, transmissoras d LTA. L. (N.)umbratilis ocorreu nos três municípios trabalhados. Considerando coletas sistematizadas, em duas áreas, L. (N.) umbratilis foi a quinta espécie mais abundante; sendo mais freqüente no Parque Municipal Ambiental Chico Mendes, Rio Branco; a estratificação vertical registrou L. (N.) umbratilis nos dois estratos, predominando na copa das árvores. L. (N.) umbratilis do Acre apresentou...brasileiras.