Distribuição espacial dos casos de transtornos mentais em Alfenas, Minas Gerais, Brasil / Distibución espacial de los casos de trastornos mentales en Alfenas, Minas Gerais, Brasil / Space distribution of mental disorder cases in Alfenas, Minas Gerais, Brazil

RESUMO

O artigo visa a descrever a distribuição espacial dos casos de Transtornos Mentais atendidos pelo Centro de AtençãoPsicossocial de Alfenas-MG. É um estudo seccional,caracterizado por levantamento dos dados de prontuários entre marçoe agosto de 2010, e análise espacial, para estimara densidade de casos pela área urbana. Observou-seque a maioria dosusuários teve atendimento não-intensivo, idade entre 30 e 39 anos, sexo feminino, acolhimento no ano de 2009,frequência ao serviço de dois a quatro anos e transtornos categorizados como Psicoses. Destacou-se umadistribuiçãoespacial de casos menor nos extremos das regiões sul e noroeste e evidente aglomeração na região centro-oeste da áreaurbana. Curiosamente, os bairros com maior densidade de usuários coincidiram com as áreas adstritas daEstratégia deSaúde da Família e os serviços de saúde mental do município não estão dispostos em locais com concentrações expressivasde casos. Conclui-se que as residências dos usuários apresentaram distribuição espacial heterogênea pelo município, commaior densidade de casos no bairro Aparecida. É provável que essas características estejam associadasàs desigualdadessocioeconômicas do território e também às diferenças na detecção/encaminhamento de casos entre as áreas cobertas e asnão assistidas pela Estratégia Saúde da Família.

ABSTRACT

The object of this article is to describe the spacedistribution of the Mental Disorder cases treatedat the PsychosocialCare Center in Alfenas (Minas Gerais). It’s a sectional study, characterized by collecting data from the records betweenMarch and August 2010, and spatial analysis to estimate the density of reports by the urban area. It has been observedthat the majority of users had a non-intensive care; age between 30 and 39 years old; female gender; reception year of2009; frequency of service 2 to 4 years; and disorders characterized as psychosis. At the extreme of south and north-eastareas a smaller distribution of cases stood out; and an evident agglomeration at the urban Midwest area. Surprisingly, theneighborhoods that had the biggest density of usersmatched with the marked areas from the Strategy ofFamily Health;and the city mental health services aren’t available in places that had an expressive number of cases.It’s ascertained thatthe users’ residences showed a heterogeneous spatial distribution over the city, and the biggest number of cases at aneighborhood called Aparecida. It’s probable that those characteristics are associated with the socioeconomic inequalitiesin the territory and also with the difference in detection/directing of cases between the assisted andnon-assisted areasby the Strategy of Family Health.

RESUMEN

El artículo visa describir la distribución espacialde Trastornos Mentales atendidos por el Centro deAtención Psicosocial deAlfenas (Minas Gerais). Es un estudio seccional, caracterizado por el levantamiento de datos de prontuarios en el períodode marzo a agosto del año 2010, y análisis espacial, para estimar la densidad de casos por el área urbana. Se observó quela mayoría de los usuarios recibió atención no intensiva; edad entre 30 y 39 años; sexo femenino; recibido en el año 2009;frecuencia al servicio de 2 a 4 años; y trastornoscategorizados como Psicosis. Se destacó una distribución espacial decasos menores en los extremos de las regiones sur ynoroeste; y evidente aglomeración en la región centro oeste del áreaurbana. Curiosamente, los barrios con mayor densidad de usuarios coincidieron con las áreas adscriptasde la Estrategia deSalud de la Familia; y los servicios de salud mental del municipio no están dispuestos en locales conconcentracionesexpresivas de casos. Se concluye que las residencias de los usuarios presentaron distribución espacialheterogénea por elmunicipio, con mayor densidad de casos en el barrioAparecida. Es probable que esas características estén asociadas a lasdesigualdades socioeconómicas del territorio y también a las diferencias en la detección/direccionamiento de casos entrelas áreas abarcadas y las no asistidas por la Estrategia de Salud de la Familia.