RESUMO
Objetivo: descrever o perfil epidemiológico e clínico da hanseníase em capital hiperendêmica. Método: estudo quantitativo, descritivo, realizado em instituições de saúde que operacionalizam o PCH. Adaptou-se o instrumento para a coleta de dados com base nas informações contidas na ficha do Sistema de Informação de Agrafos de Notificação. O processamento e a análise dos dados foram realizados no programa Epi-Info, versão 7, e os resultados, apresentados em tabelas. Resultados: foram notificados 1.055 casos, dos quais 51,2% eram do sexo masculino, na faixa etária entre 21 a 40 anos (35,4%). Do total, 79,1% foram classificados como casos novos e 52,0%, detectados por demanda espontânea. A forma clínica predominante foi a dimorfa (58,8%) e, quanto à classificação operacional, 74,1% eram multibacilares. Conclusão: a ocorrência de hanseníase ainda é elevada, indica falha na qualidade das ações realizadas pelos profissionais de saúde, resulta no aumento da transmissibilidade da doença, na detecção tardia dos casos e no surgimento de incapacidades físicas. Várias medidas devem ser tomadas para o tratamento adequado. Essas contribuirão para o diagnóstico precoce, o tratamento adequado e a prevenção da doença.(AU)