ABSTRACT
Escolher uma política que ainda caminha no processo de implementação é profundamente desafiador, uma vez que os contornos ainda são bastante fluídos, ainda mais quando se trata de uma iniciativa estrutural que abarca diversas frentes e apresenta um enorme escopo de atuação. Neste sentido, a avaliação do Projeto Mais Médicos para o Brasil no âmbito do estado do Rio Grande do Norte, utilizando-se de vivências capilares protagonizada por municípios de diferentes porte populacional, econômico e até mesmo com distintas estruturas organizacionais, procurou romper o vácuo de estudos e análises que demonstrem a conexão entre a implementação de projeto e aprendizagem incorporada pela organização pós-execução. A partir da imersão neste contexto, pode-se elencar como apontamentos inerentes a aprendizagem organizacional do projeto Mais Médicos, o processo de colaboração entre os conselhos de nível estadual e nacional na resolução de problemas e busca de alternativas, que acabou por produzir situações benéficas para a sociedade e para a gestão pública.Observou-se que a sistemática de reuniões locorregionais entre os médicos, gestores e usuários culminaram na mudança no clima organizacional, na redefinição de novos processos interno (tanto dentro das unidades de saúde, com a própria equipe de saúde, modelo de atenção profissional, relacionamento médico-paciente e na aproximação a equipe de atenção a saúde). A mudança da postura do médico brasileiro para com a sociedade força uma nova perspectiva na formação e atuação dos médicos, muito mais conectadas com a comunidade. Sem dúvida, até o estágio atual do projeto, a participação e aceitação popular como indução de um novo modelo de cobrança e acompanhamento da gestão e atendimento na saúde, são os principais fatores de sucesso do projeto...
