RESUMO
Objective To evaluate the safety and reproducibility of the surgery for unstable slipped capital femoral epiphysis (SCFE) through the modified Dunn technique in a single center cohort from Brazil. Methods We retrospectively analyzed a cohort of patients submitted to this procedure by a single surgeon who was a hip preservation specialist. Demographic data and radiographic angles were evaluated for the relative risk (RR) of avascular necrosis (AVN) using a log-binomial regression model with simple and random effects. Results Among the 30 patients (30 hips) with a mean age of 11.79 years at the time of the operation, there were 17 boys and 18 left hips, which were operated on in a mean of 11.5 days after the slip. The mean follow-up was of 38 months. The preoperative Southwick angle averaged 60.69° against 4.52° postoperatively ( p < 0.001). A larger preoperative slip angle was associated with the development of AVN (RR: 1.05; 95% confidence interval [95%CI]: 1.02-1.07; p < 0.01). The overall AVN rate was of 26.7%. Function was good or excellent in 86% of uncomplicated hips, and poor in 87.5% of the partients who developed AVN, as graded by the Harris Hip Score. There was no statistical relationship between epiphyseal bleeding and AVN development ( p = 0.82). Conclusion The modified Dunn technique is associated with restoration of the femoral alignment and function after unstable SCFE, when uncomplicated. Moreover, it was shown to be reproducible in our population, with a rate of 26% of femoral head necrosis.
RESUMO
Abstract Objective To evaluate the safety and reproducibility of the surgery for unstable slipped capital femoral epiphysis (SCFE) through the modified Dunn technique in a single center cohort from Brazil. Methods We retrospectively analyzed a cohort of patients submitted to this procedure by a single surgeon who was a hip preservation specialist. Demographic data and radiographic angles were evaluated for the relative risk (RR) of avascular necrosis (AVN) using a log-binomial regression model with simple and random effects. Results Among the 30 patients (30 hips) with a mean age of 11.79 years at the time of the operation, there were 17 boys and 18 left hips, which were operated on in a mean of 11.5 days after the slip. The mean follow-up was of 38 months. The preoperative Southwick angle averaged 60.69° against 4.52° postoperatively (p< 0.001). A larger preoperative slip angle was associated with the development of AVN (RR: 1.05; 95% confidence interval [95%CI]: 1.02-1.07; p< 0.01). The overall AVN rate was of 26.7%. Function was good or excellent in 86% of uncomplicated hips, and poor in 87.5% of the partients who developed AVN, as graded by the Harris Hip Score. There was no statistical relationship between epiphyseal bleeding and AVN development (p= 0.82). Conclusion The modified Dunn technique is associated with restoration of the femoral alignment and function after unstable SCFE, when uncomplicated. Moreover, it was shown to be reproducible in our population, with a rate of 26% of femoral head necrosis.
Resumo Objetivo Avaliar a segurança e a reprodutibilidade da cirurgia para escorregamento da epífise femoral proximal (EEPF) com instabilidade por meio da técnica de Dunn modificada em uma coorte unicêntrica no Brasil. Métodos Analisamos de forma retrospectiva uma coorte de pacientes submetidos a esse procedimento por um único cirurgião especialista em preservação do quadril. Avaliamos os dados demográficos e os ângulos radiográficos quanto ao risco relativo (RR) de necrose avascular (NAV) por meio do modelo de regressão log-binomial com efeitos simples e aleatórios. Resultados Entre os 30 pacientes (30 quadris) com idade média de 11,79 anos no momento da cirurgia, havia 17 meninos e 18 quadris esquerdos. O procedimento ocorreu em média 11,5 dias após o escorregamento. O tempo médio de acompanhamento foi de 38 meses. O ângulo de Southwick pré-operatório foi, em média, de 60,69° contra 4,52° após o procedimento (p< 0,001). O maior ângulo de escorregamento pré-operatório foi associado ao desenvolvimento de NAV (RR: 1,05; intervalo de confiança de 95% [IC95%]: 1,02-1,07; p< 0,01). A frequência geral de NAV foi de 26,7%. De acordo com a Escala de Quadril de Harris (Harris Hip Score), a função foi boa ou excelente em 86% dos quadris sem complicações, e ruim em 87,5% dos casos com NAV. Não houve relação estatística entre sangramento epifisário e desenvolvimento de NAV (p= 0,82). Conclusão A técnica de Dunn modificada restaura o alinhamento femoral e a função articular após o EEPF com instabilidade na ausência de complicações. Além disso, mostrou-se passível de reprodução em nossa população, com frequência de necrose da cabeça femoral de 26%.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Criança , Osteotomia , Necrose da Cabeça do Fêmur , Escorregamento das Epífises Proximais do Fêmur , Quadril/cirurgiaRESUMO
ABSTRACT Objective: To evaluate the clinical and radiologic results of proximal femoral varus derotational and shortening osteotomy (OVRF) (Port., doesn't match name) with the use of a locked plate in patients with cerebral palsy, classified by the gross motor functional classification system as class IV or V. Methods: A retrospective study of 42 patients (61 hips) with cereFbral palsy, gross motor functional classification system class IV or V, submitted to OVRF. The minimal follow up was 24 months. This study evaluated clinical (age at surgery, gender, Gross Motor Functional Classification System class, anatomical cerebral palsy classification, and motor pattern), pre- and post-operative radiological (neck shaft angle, acetabular index, Reimers migration index and time until bone healing) characteristics, as well as post-operative complications. Results: Mean pre-operative cervicodiaphyseal angle, acetabular index, and Reimers migration index were respectively 121.6°, 22.7°, and 65.4% in uncomplicated cases, and 154.7°, 20.4°, and 81.1% in complicated ones. All parameters were statistically significant difference between pre- and postoperative values (p < 0.05). The patients with postoperative complications had a greater cervicodiaphyseal angle and Reimers migration index (p < 0.0001). There were no differences in clinical characteristics, time of immobilization, or bone healing. Fourteen patients had postoperative complications (33.3%), but only six required surgical treatment. Conclusion: The locked plate is a safe resource, with low complication rates and reproducible technique for OVRF in the cerebral palsy population classified as gross motor functional classification system IV and V. Greater cervicodiaphyseal angles and Reimers migration index are associated with greater chances of postoperative complications, as well as gross motor functional classification system V classification.
RESUMO Objetivo: Avaliar os resultados clínicos e radiológicos da osteotomia varizante, de rotação e encurtamento da extremidade proximal do fêmur (OVRF) com uso de placa bloqueada em pacientes com paralisia cerebral classificados pela escala Gross Motor Functional Classification System como IV e V. Métodos: Estudo retrospectivo de 42 pacientes (61 quadris) com paralisia cerebral, Gross Motor Functional Classification System IV e V, submetidos a OVRF. O seguimento mínimo pós-operatório foi de 24 meses. Foram avaliadas as características clínicas (idade na data da cirurgia, sexo, Gross Motor Functional Classification System, classificação geográfica da paralisia cerebral, padrão de acometimento motor), radiológicas pré e pós-operatórias (ângulo cérvico-diafisário, índice acetabular, índice de Reimers e tempo até a consolidação radiológica) e complicações pós-operatórias. Resultados: O ângulo cérvico-diafisário, índice acetabular e o índice de Reimers médios pré-operatórios foram respectivamente de 121,6 º, 22,7 º e 65,4% nos casos não complicados, vs. 154,7 º, 20,4 º e 81,1% nos que evoluíram com complicações pós-operatórias. Todos os parâmetros apresentaram diferença significativa entre os valores pré e pós-operatórios (p < 0,05). O ângulo cérvico-diafisário e o índice de Reimers foram maiores no grupo com complicações (p < 0,0001). Não houve diferenças nas características clínicas, no tempo de imobilização ou consolidação, exceto em relação ao grau Gross Motor Functional Classification System V (p < 0,0001). Foram observadas complicações pós-operatórias em 14 pacientes (33,3%). Desses, somente seis necessitaram reintervenção cirúrgica. Conclusão: A placa bloqueada é um recurso seguro, com baixa taxa de complicações cirúrgicas e de técnica reprodutível para a OVRF na paralisia cerebral Gross Motor Functional Classification System IV e V. Maiores ângulos cérvico-diafisário, índices de Reimers e graus de Gross Motor Functional Classification System V estão ligados a maiores chances de complicações pós-operatórias.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Pré-Escolar , Criança , Adolescente , Osteotomia , Paralisia Cerebral , Procedimentos de Cirurgia Plástica , Fêmur , Luxação do QuadrilRESUMO
OBJECTIVE: To evaluate the clinical and radiologic results of proximal femoral varus derotational and shortening osteotomy (OVRF) (Port., doesn't match name) with the use of a locked plate in patients with cerebral palsy, classified by the gross motor functional classification system as class IV or V. METHODS: A retrospective study of 42 patients (61 hips) with cerebral palsy, gross motor functional classification system class IV or V, submitted to OVRF. The minimal follow up was 24 months. This study evaluated clinical (age at surgery, gender, Gross Motor Functional Classification System class, anatomical cerebral palsy classification, and motor pattern), pre- and post-operative radiological (neck shaft angle, acetabular index, Reimers migration index and time until bone healing) characteristics, as well as post-operative complications. RESULTS: Mean pre-operative cervicodiaphyseal angle, acetabular index, and Reimers migration index were respectively 121.6°, 22.7°, and 65.4% in uncomplicated cases, and 154.7°, 20.4°, and 81.1% in complicated ones. All parameters were statistically significant difference between pre- and postoperative values (p < 0.05). The patients with postoperative complications had a greater cervicodiaphyseal angle and Reimers migration index (p < 0.0001). There were no differences in clinical characteristics, time of immobilization, or bone healing. Fourteen patients had postoperative complications (33.3%), but only six required surgical treatment. CONCLUSION: The locked plate is a safe resource, with low complication rates and reproducible technique for OVRF in the cerebral palsy population classified as gross motor functional classification system IV and V. Greater cervicodiaphyseal angles and Reimers migration index are associated with greater chances of postoperative complications, as well as gross motor functional classification system V classification.
OBJETIVO: Avaliar os resultados clínicos e radiológicos da osteotomia varizante, de rotação e encurtamento da extremidade proximal do fêmur (OVRF) com uso de placa bloqueada em pacientes com paralisia cerebral classificados pela escala Gross Motor Functional Classification System como IV e V. MÉTODOS: Estudo retrospectivo de 42 pacientes (61 quadris) com paralisia cerebral, Gross Motor Functional Classification System IV e V, submetidos a OVRF. O seguimento mínimo pós-operatório foi de 24 meses. Foram avaliadas as características clínicas (idade na data da cirurgia, sexo, Gross Motor Functional Classification System, classificação geográfica da paralisia cerebral, padrão de acometimento motor), radiológicas pré e pós-operatórias (ângulo cérvico-diafisário [ACD], índice acetabular [IA], índice de Reimers [MP] e tempo até a consolidação radiológica) e complicações pós-operatórias. RESULTADOS: O ângulo cérvico-diafisário, índice acetabular e o índice de Reimers médios pré-operatórios foram respectivamente de 121,6 o, 22,7 o e 65,4% nos casos não complicados, vs. 154,7 o, 20,4 o e 81,1% nos que evoluíram com complicações pós-operatórias. Todos os parâmetros apresentaram diferença significativa entre os valores pré e pós-operatórios (p < 0,05). O ângulo cérvico-diafisário e o índice de Reimers foram maiores no grupo com complicações (p < 0,0001). Não houve diferenças nas características clínicas, no tempo de imobilização ou consolidação, exceto em relação ao grau Gross Motor Functional Classification System V (p < 0,0001). Foram observadas complicações pós-operatórias em 14 pacientes (33,3%). Desses, somente seis necessitaram reintervenção cirúrgica. CONCLUSÃO: A placa bloqueada é um recurso seguro, com baixa taxa de complicações cirúrgicas e de técnica reprodutível para a OVRF na paralisia cerebral Gross Motor Functional Classification System IV e V. Maiores ângulos cérvico-diafisário, índices de Reimers e graus de Gross Motor Functional Classification System V estão ligados a maiores chances de complicações pós-operatórias.