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Acta Med Port ; 36(11): 698-705, 2023 Nov 02.
Artigo em Português | MEDLINE | ID: mdl-36929920

RESUMO

INTRODUCTION: Acute primary angle closure attack is an ophthalmological emergency. The aim of this study was to describe the cases diagnosed in the Emergency Department, by correlating the initial complaint with the Manchester triage level and ultimately the time needed until ophthalmological evaluation and iridotomy. MATERIAL AND METHODS: Retrospective analysis of the electronic medical records of patients with acute primary angle closure attack that attended the Ophthalmology Emergency Department of our tertiary center between January 2010 and December 2020. Overall, 2228 Emergency Department episodes coded with the diagnoses glaucoma or ocular hypertension were retrieved, followed by screening of each episode for correct identification of true acute primary angle closure attacks. Clinical data was gathered, including Manchester triage level, presenting complaint, intraocular pressure at presentation, first medical specialty that observed the patient, time until observation by Ophthalmology and time until laser iridotomy. RESULTS: Among the 120 patients identified, 84 (70%) were female and the mean age was 68 ± 12 years. Mean intraocular pressure at admission was 53.4 ± 12.4 mmHg, and 9.2% of patients presented only non-ocular complaints, while 9.2% presented mixed complaints (ocular and non-ocular). Most patients (68.1%) with only non-ocular or mixed complaints were triaged to a non-ophthalmologist (p < 0.001). Concerning the triage system, at admission, most patients (66.7%) were labelled yellow (urgent), while 9.2% and none were labelled as orange (very urgent) or red (emergent), respectively. Most patients (83.3%) were directly sent to Ophthalmology (properly triaged), while the remaining were incorrectly assigned to a non-ophthalmologist. Median time until observation by Ophthalmology was 49 minutes in the properly triaged group (min. 15, max. 404), while it was 288 minutes (min. 45, max. 871) in those who were incorrectly triaged (p < 0.001). Likewise, median time until treatment with laser iridotomy was 203 minutes in the properly triaged group (min. 22, max. 1440) and 353 minutes in the incorrectly triaged group (min.112, max. 947) (p < 0.001). CONCLUSION: Most patients with acute primary angle closure attack were not properly triaged according to the level of the Manchester triage system. There was a significant delay in the diagnosis and treatment of those patients who were first assigned to non-ophthalmologists. There is a need to raise awareness regarding the presenting signs and symptoms of an acute primary angle closure attack in order to avoid preventable vision loss.


Introdução: A crise de encerramento agudo primário do ângulo iridocorneano é uma emergência oftalmológica. O objetivo deste estudo foi descrever os casos admitidos no Serviço de Urgência do Centro Hospitalar Universitário São João, correlacionando a queixa inicial com o nível de triagem de Manchester atribuído e o tempo até observação por Oftalmologia e realização de iridotomia. Material e Métodos: Análise retrospetiva dos registos clínicos dos doentes com encerramento agudo primário do ângulo, admitidos no Serviço de Urgência entre janeiro de 2010 e dezembro de 2020. Foram revistos 2228 episódios com diagnóstico de glaucoma ou hipertensão ocular para identificação correta dos casos de crise de encerramento do ângulo. Foram extraídas variáveis, nomeadamente o nível de triagem de Manchester atribuído, queixa principal, pressão intraocular à admissão, especialidade responsável pelo primeiro contacto médico e tempos até observação por Oftalmologia e até iridotomia. Resultados: Foram identificados 120 doentes, 84 (70%) do sexo feminino, com idade média de 68 ± 12 (desvio padrão) anos. A pressão intraocular média à admissão foi de 53,4 ± 12,4 mmHg. Em 9,2% dos doentes a queixa principal foi não-ocular, enquanto 9,2% apresentavam queixas não-oculares e oculares associadas. A maioria (68,1%) dos doentes com queixas não-oculares ou mistas foi triada para um não-oftalmologista. Segundo o sistema de triagem, a maioria (66,7%) dos doentes foi triada com nível amarelo (urgente), 9,2% foram triados com laranja (muito urgente) e nenhum vermelho (emergente). O primeiro especialista a observar os doentes após a triagem foi um oftalmologista em 83,3% dos casos (corretamente triados), enquanto os restantes foram inicialmente observados por outra especialidade. O tempo mediano até observação por Oftalmologia foi de 288 minutos (min. 45, máx. 871) num doente incorretamente triado e 49 minutos (min. 15, máx. 404) (p < 0,001) em doentes corretamente triados. O tempo mediano até realização de iridotomia laser foi de 353 minutos (min. 112, máx. 947) nos doentes incorretamente triados e 203 minutos (min. 22, máx. 1440) nos corretamente triados (p < 0,001). Conclusão: A maioria dos doentes com crise de encerramento agudo primário do ângulo iridocorneano não foi triada de acordo com o grau de prioridade apropriado segundo o sistema de triagem de Manchester. Nos doentes que não foram imediatamente seguidos por Oftalmologia verificou-se um atraso significativo no diagnóstico e início do tratamento. Torna-se premente a consciencialização dos profissionais de saúde sobre esta condição clínica e a otimização do processo de triagem para minimizar a perda de visão.


Assuntos
Terapia a Laser , Triagem , Humanos , Feminino , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Masculino , Estudos Retrospectivos , Pressão Intraocular , Serviço Hospitalar de Emergência , Doença Aguda
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