RESUMO
O objetivo deste estudo foi avaliar o desempenho clínico de próteses parciais removíveis (PPR) com 2 a 4 anos de uso, desenvolvidas por estudantes de odontologia da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). As próteses foram avaliadas de acordo com critérios preestabelecidos pela California Dental Association (CDA), considerando 4 quesitos de avaliação: (1) indicação da PPR como tratamento reabilitador; (2) qualidade do material utilizado para fabricação; (3) características do desenho e; (4) função da prótese. Estes quesitos foram ranqueados dentro de 4 categorias de qualidade: (i) excelente; (ii) aceitável; (iii) necessita substituição e; (iv) necessita remoção. Os dados foram registrados em uma ficha clínica, assim como a satisfação com o tratamento protético, além das condições de saúde oral dos pacientes. Compareceram para a pesquisa 30 pacientes (n=37 PPR). A avaliação dos 4 quesitos considerados indicou que 91,9% (n=34) das próteses foram consideradas satisfatórias quanto sua indicação; 97,3% (n=36) das próteses mantinham seus materiais em adequada condição; 89,2% (n=31) apresentaram um desenho satisfatório e 78,4% (n=29) foram classificadas como adequadas quanto à sua função. A avaliação da performance clínica das próteses parciais removíveis demonstrou que 67,5% (n=25) apresentavam-se em condições apropriadas de uso, dentre as quais 22% (n=8) apresentavam problemas passíveis de ajuste. Contudo, 32,5% (n=12) dos aparelhos protéticos tiveram sua substituição ou remoção indicada. Pôde-se verificar que, após o tempo de utilização avaliado, um maior número de falhas estava relacionado com problemas no desenho e função das próteses
Ainda, o índice de necessidade de ajustes (22%) e, principalmente, o índice de "insucessos" dos aparelhos (32,5%), apesar de dentro dos padrões encontrados na literatura para próteses com 2 a 4 anos de uso, podem indicar a importância de um programa de controle posterior regular para os pacientes tratados com este tipo de aparelho protético
Assuntos
Prótese Dentária , Prótese Parcial Removível , Evolução ClínicaRESUMO
Existem, atualmente, no mercado, inúmeros sistemas modernos de cerâmicas odontológicas, que permitem restaurações altamente estéticas. O profissional deve conhecer as características e limitações de cada um desses sistemas, para fazer a seleção apropriada do material, de acordo com a situação clínica. Neste trabalho, os autores apresentam um caso clínico ilustrando o comportamento estético de dois sistemas cerâmicos diferentes, a cerâmica feldspática (D-sign) e a cerâmica aluminizada (In-Ceram). O desempenho desses dois sistemas é demonstrado na confecção de uma coroa total em cerâmica pura, em um incisivo lateral superior, cujo remanescente dental encontrava-se com coloração escurecida em razão de tratamentos anteriores. Na situação descrita, a cerâmica feldspática foi inicialmente indicada, porém, o resultado estético não foi satisfatório, permanecendo uma área de coloração acinzentada de aspecto artificial na região cervical. Esta área cervical de menor valor foi atribuída a maior translucidez das cerâmicas feldspáticas. A coroa feldspática foi, então, removida e substituída por uma coroa em In-Ceram, cuja opacidade da infra-estrutura em alumina resultou em aumento da luminosidade da região cervical e da gengiva marginal, e melhora visível do resultado estético final
