Assuntos
Humanos , Medicina de Família e Comunidade , Saúde da Família , Sistema Único de Saúde , Alcoolismo , Atenção Primária Ambiental , Centros de Saúde , Educação em Saúde , Estilo de Vida , Comportamento Alimentar , Legislação como Assunto , Saúde Mental , Monitoramento Epidemiológico , Vigilância Sanitária , Violência , Visita DomiciliarRESUMO
A metodologia utilizada, que visava uma fotografia ampla da realidade, foi impotente para atingir o objetivo proposto porque o conteúdo básico da realidade observada é maior que números e palavras. O retrato que se impoe é o do homem como sujeito, debatendo-se dentro de uma estrutura cujo controle lhe foge. Este homem tem as várias faces dos pacientes atendidos e entrevistados. Sua verdade é, contudo, universal: a face do oprimido de todos os tempos. Acima de tudo, o conteúdo desse trabalho é constituído de suas vidas e suas mortes que, talvez indevidamente expostos. Discute aspectos biológicos e sociais do tratamento de tuberculose entre os excluídos, as características da abordagem terapêutica atual, as peculiaridades da populaçao de rua e os conflitos que despontam nesta relaçao. O primeiro capítulo aborda a açao estatal no controle da doença conforme a visao de vários autores. O segundo capítulo se constitui do material empírico que embasa nossas reflexoes. Desse material, no capítulo seguinte, delineiam-se cortes do real que foi possível apreender dentro de um olhar que se quer crítico. Como resultado dessas reflexoes, é possível concluir que o conceito de cuidado em saúde para com os excluídos deve transcender uma abordagem meramente biologicista para que possa ter uma açao transformadora.