RESUMO
Introdução: o conhecimento da morfologia interna da câmara pulpar e dos canais radiculares, bem como de sua diversidade, e de suma importância para o sucesso do tratamento endodôntico. Os molares inferiores são um grupo de dentes que possuem uma anatomia interna complexa, sendo fundamental seu conhecimento. Objetivo: o objetivo do presente estudo foi avaliar, por meio de quatro métodos (radiográfico, macroscópico, microscópico e anatômico) a quantidade e configuração dos canais presentes nos primeiros molares inferiores. Métodos: foi feito um estudo transversal ex vivo, observacional e descritivo, no qual foram selecionados 50 primeiros molares inferiores permanentes. Foram critérios de exclusão da amostra: dentes com a coroa totalmente destruída, rizogenese incompleta, reabsorções e/ou perfurações, incluindo dentes com coroa hígida e semi-hígida. Resultados: os resultados mostraram que 24% dos primeiros molares inferiores possuíam três canais radiculares, sendo a secção transversal achatada no sentido mesiodistal e alongada no sentido vestibulolingual, em toda a extensão dos canais mesiais (48,6%) e canais distais (52,2%), a mais prevalente. Porem, outras possibilidades de configurações, como a circular, tanto em canais mesiais (46,6%) quanto em distais (38,1%), e dentes com cinco canais radiculares (16%) puderam ser visualizados. Conclusão: por meio dos métodos empregados, foi possível verificar que, nos primeiros molares inferiores, houve prevalência de canais radiculares com a configuração "achatada" no sentido mesiolingual, e "alongada" no vestibulolingual, em toda sua extensão; em termos de quantidade, a que prevaleceu foi a com três canais radiculares; contudo, variações podem ocorrer na anatomia interna.
