RESUMO
As fraturas de mandíbula constituem um segmento importante dos problemas de saúde pública, porque suas seqüelas podem conduzir a sérias inabilidades morfofuncionais. Uma análise qualitativa foi realizada em 195 prontuários entre 1996 e 1998 no serviço de cirurgia Buco-maxilo-facial do HSCSP. Foram observadas 299 fraturas mandibulares. Na correlação entre os parâmetros analisados, optou-se pela distribuição Qui-quadrada (x²), com os graus apropriados de liberdade entre as etiologias que apresentaram maior incidência. Os resultados indicaram 161H e 34M, com média de 30,1 anos para ambos os sexos. A idade de grupo predominante estava entre 20 e 29 anos, com 42,6 por cento dos indivíduos atendidos. As agressões físicas foram responsáveis por 29,8 por cento de tais fraturas, seguidas das quedas, com 25,1 por cento e acidentes de tráfego, com 23,2 por cento. Os ferimentos por arma de fogo constituíram 9,2 por cento da amostra, sendo o dobro dos casos de acidente motociclísticos. As fraturas de mandíbula mais prevalentes foram em corpo, com 32,1 por cento; de côndilos, com 24,1 por cento, e em parassíntese, com 18,7 por cento. As correlações significativas obtidas foram: fratura de sínfise e côndilo direito x² cal = 20.862 e P<0,000; corpo direito e côndilo esquerdo x²cal = 5,831 e P=0,009. Estes valores indicam grande correlação das fraturas por contragolpe e por traumas frontais e, principalmente laterais